32. Paciente com
diagnóstico de hérnia discal relata parestesia na face lateral do
pé. Diante deste quadro, pode-se suspeitar de que sua hérnia está
entre
(A) L4 – L5.
(B) L5 – S1.
(C) S1 – S2.
(D) L2 – L3.
(E) L3 – L4.
Questão sobre
dermátomos. Elaborei o texto abaixo e inseri as melhores imagens que
encontrei.
Vamos fazer um voo
panorâmico.para reconhecer os dermátomos. Essa palavra vem do grego
“pele” e “corte”. No sentido figurado do uso desse último
termo, entendemos “tomo” como “porção que contém algo”.
Nesse sentido, dermátomo deve ser interpretado como a porção da
pele que contém a área inervada por um nervo, desde a sua raiz até
sua porção final.
Inicio sobre os
dermátomos dos MMII. A imagem abaixo, que versa sobre os sinais
clínicos de irradiação por compressão nas vértebras lombares, é
autoexplicativa:
Prosseguindo, vamos ver
duas imagens sobre os dermátomos na posição de referência
anatômica:
Nem sempre é fácil de
se assimilar os níveis dos dermátomos por essas imagens. Se
colocarmos a figura na posição a partir da qual nossos ancestrais
evoluíram, temos uma nova visualização dos dermátomos:
Agora, algumas
palavrinhas sobre a disfunção e o nível da lesão.
A medula espinhal é
uma estrutura cilíndrica, comprida, envolta pelas meninges, que se
estende do crânio até a borda inferior da primeira vértebra
lombar.
Possui dois
espessamentos, cervical e lombar, associados à saída das raízes de
nervos espinhais. Os 31 pares de nervos produzem uma segmentação
externa. Assim, se considera a medula composta por 31 segmentos, cada
qual fornece pares de filamentos radiculares ventrais e dorsais.
A área da pele
inervada por axônios sensitivos de cada raiz nervosa, que
corresponde a um segmento medular é chamada de dermátomo.
O conjunto de fibras
musculares inervadas por axônios motores de cada raiz nervosa, de
cada segmento medular, é chamada de miótomo.
A melhor forma de se
avaliar eventuais lesões em nervos espinhais é a escala ASIA. No
site sobre a escala ASIA, é possível se realizar um curso
excelente, mas que está em inglês e cuja versão com certificado é
paga.
Aqui o site:
http://www.asia-spinalinjury.org/
Andei vasculhando o
site, e deixo o link de dois exames muito bem explicados e da ficha
de avaliação.
Ficha de avaliação
ASIA:
http://www.asia-spinalinjury.org/elearning/ASIA_ISCOS_high.pdf
Exame motor:
http://lms3.learnshare.com/Images/Brand/120/ASIA/Motor%20Exam%20Guide.pdf
Exame sensitivo:
http://lms3.learnshare.com/Images/Brand/120/ASIA/Key%20Sensory%20Points.pdf
Miótomos e seus
segmentos motores conforme definidos pela ASIA e modo sugerido de
exame neurológico:
• C5 (bíceps) -
repouse a mão do paciente sobre o abdômen e peça para mover a mão
para o nariz, para eliminar a gravidade. À seguir solicitar ao
paciente para flexionar contra a gravidade e manter o movimento. Caso
o paciente consiga realizar o movimento, apoie o ombro e aplique
resistência.
• C6 (extensor do
punho) – pedir ao paciente mover o punho para cima. À seguir peça
para o paciente mover o punho para cima e manter. Após, empurre o
punho para baixo.
• C7 (tríceps) -
repouse a mão do paciente sobre o abdômen e peça para esticar o
braço. Agora peça ao paciente para dobrar o braço e segurar a mão
perto da orelha; Se houver movimentação normal, apoie o cotovelo e
empurre o braço para baixo, testando contra resistência (não deixe
o paciente usar ação escapular).
• C8 - separe o dedo
do meio, imobilize a articulação interfalangeana proximal e segure
a articulação metacarpofalangeana. Peça ao paciente para dobrar o
dedo para os lados. Agora peça para dobrar para cima e segurá-lo.
Agora tentar endireitar o dedo e diga ao paciente para resistir a sua
ação de resistência.
• T1 (abdutor digiti
minimi) – Segurar a mão do paciente e pedir que ele tente mover o
dedo mindinho para fora. Sinta a presença de movimentação. Agora
peça ao paciente para tentar mover o dedo para fora e manter lá. À
seguir teste a resistência contra a resistência, opondo-se ao
movimento do V dedo.
• L2 (iliopsoas) –
Com o paciente em decúbito dorsal, dobre a coxa do paciente para a
barriga. Peça ao paciente para refazer o moviemtno e sinta a
movimentação. Levante a coxa da cama para evitar a fricção e em
posição neutra peça ao paciente para dobrar as coxas até 90 graus
e segurar lá. Se possível, estabilize a outra coxa e pressione o
lado a ser testado para avaliar a força contra resistência.
• L3 (quadríceps) –
levante a perna da cama para evitar atrito e em peça ao paciente
para estender o joelho e segurar lá. Agora tente empurrar o joelho
para baixo,e avalie a movimentação contra resistência.
• L4 (dorsiflexores
do tornozelo) - pedir ao paciente para pôr o pé em direção ao
joelho.pedir ao paciente para repetir o movimento e segurar o pé na
posição. agora empurre para baixo o tornozelo para avaliação do
movimento contra resistência.
• L5 (extensor longo
do Hálux) – Peça para o paciente trazer Hálux em direção ao
joelho. Agora peça que o segure lá, e, em seguida empurre para
baixo o dedo do pé, apoiando o tornozelo e testando contra
resistência.
• S1 (flexores
plantares) – pedir ao paciente para pressionar o pé em direção
ao chão, como num acelerador. Agora fletir a coxa para o abdome e
fletir a perna sobre a coxa para descansar o pé sobre a cama. Pedir
ao paciente para levantar o calcanhar para fora da cama. Por último
pedir ao paciente para pressionar para baixo em sua mão como um
acelerador.
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: B
Alternativa que indico
após analisar: B.
Nenhum comentário:
Postar um comentário