Faculdade Mario Schenberg

quarta-feira, 5 de março de 2014

Cientistas apresentam mão biônica sensível ao tato

Cientistas europeus apresentaram em 06/Fev/2014, na Itália, uma mão biônica que permite a sensação do tato. Sensores nas pontas dos dedos são ligados por eletrodos aos nervos no braço, e assim transmitem as sensações ao cérebro. E isso permite ao paciente manejar objetos delicados.
O paciente é um dinamarquês que perdeu a mão esquerda. Nos testes, ele conseguiu identificar a forma e a textura dos objetos que segurava.
 


O teste em laboratório durou um mês. Os pesquisadores afirmam que o equipamento ainda precisa ser aperfeiçoado e reduzido para que possa ser usado em casa.

A mão biônica permite ao usuário que sinta e reconheça os objetos que toca, voltando a ter o sentido do tato.

O projeto foi coordenado pelo médico italiano Silvestro Micera, do Politécnico de Losanna e foi desenvolvido em grande parte na Itália pela Escola Superior Sant'Anna de Pisa. A ministra italiana da Educação, Universidade e da Pesquisa, Maria Chiara Carrozza comemorou o resultado do projeto testado na Itália.
"O importante é a determinação e o trabalho em equipe, este é o fruto do trabalho de muitas pessoas, de muitos jovens doutorandos é um projeto interdisciplinar. O objetivo final é ajudar as pessoas amputadas", afirmou Carrozza.

A primeira mão biônica permite a um amputado sentir pelo tato o que está tocando e será transplantada, em breve neste ano, em uma operação pioneira que permitirá introduzir uma nova geração de membros artificiais com percepções sensoriais.

A fiação da nova mão biônica será conectada ao sistema nervoso do paciente com a esperança de que o homem seja capaz de controlar os movimentos da mão e também receber os sinais do toque através da "pele" sensorial da mão.

Dr. Micera disse que a mão será ligada diretamente ao sistema nervoso do paciente via eletrodos anexados em dois dos nervos principais do braço, o nervo mediano e o ulnar.

Isto deverá permitir ao homem controlar sua mão por seus pensamentos, e também enviar sinais sensoriais para o cérebro através dos sensores da mão. Isto irá efetivamente providenciar um rápido, fluxo bidirecional de informações entre o sistema nervoso do homem e a prótese.

"Isto é progresso real, esperança real para os amputados. Esta será a primeira prótese que irá prover uma resposta sensorial em tempo real através do toque." Afirma Dr. Micera.

"Fica claro que quanto mais 'tato' o amputado tiver, será mais provável que receba aceitação total do membro," relata à Associação Americana para o Avanço da Ciência em uma reunião em Boston.

"Nós podemos estar próximos de fornecer novas e mais efetivas soluções clínicas aos amputados no ano que vem," afirma.

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