28. A “Graduação de
Maitland para os Movimentos” propõe procedimentos
cinesioterapêuticos, em 5 graus sucessivos. O procedimento do 5º
grau corresponde
A) ao movimento de
grande amplitude, sem alcançar os 2 extremos do movimento principal.
B) ao movimento de
grande amplitude iniciando e terminando nos extremos dos movimentos
acessórios.
C) ao movimento de
pequena amplitude para os movimentos acessórios.
D) ao movimento de
pequena amplitude para o movimento principal.
E) à manipulação
(Golpe em Alta Velocidade).
O conceito Maitland tem
sido um dos pilares da fisioterapia moderna. Maitland apresenta uma
abordagem detalhada e cuidadosa do exame físico através da
avaliação criteriosa de conceitos como a dor e dos efeitos dos
movimentos no paciente. Vem empregando como técnica de reabilitação
impulsos repetitivos de menor frequência, porém com mais força por
trás deles, estas mobilizações oferecem claramente ao
fisioterapeuta um adicional útil na reabilitação, sua técnica se
altera ou se mantém de acordo com a mudança ou com a ausência de
mudança nos sintomas relatados pelo paciente, descreve que dentro da
fisioterapia manipulativa o profissional deve ter mente aberta para
alterar sua abordagem clínica.
Há duas maneiras de
manipular o paciente consciente:
• Mobilização:
oscilações rítmicas e passivas;
• Manipulação: alta
velocidade a partir do limite da amplitude.
Pilares do “Conceito”:
• Avaliação;
• Resposta
movimento/dor e sua adaptação no tratamento até o episódio atual
do paciente;
• Modo específico de
pensar quando se lida com certo diagnóstico.
Princípios da
Avaliação e Tratamento segundo a Abordagem de Maitland.
Itens da Avaliação:
A importância da
Comunicação:
A habilidade em
comunicação é necessária para que possamos transmitir instruções
a um paciente, de forma que se evite qualquer possibilidade de ser
mal – entendimento.
As palavras, frases,
entonação devem ser cuidadosamente escolhidas para que as perguntas
não apresentem ambiguidades, e os pacientes sejam cautelosamente
ouvidos para que suas palavras não sejam mal interpretadas.
Sequência da Avaliação
Analítica:
1. Área da dor
2. Comportamento da dor
3. Contraindicações
4. História
5. Exame Objetivo
6. Planejamento do
tratamento
7. Registro do
tratamento
Conceito de Tratamento:
1. Relacionar o
tratamento a história, sinais e sintomas
2. Relação entre
técnica e tratamento;
3. Diagnóstico;
4. Teoria;
5. As palavras certas;
6. Exame;
7. A capacidade de
escutar;
8. Avaliação e
reavaliação analítica;
9. As capacidades
inerentes ao corpo.
Mobilização:
Existem dois tipos de
mobilização:
1. Movimentos com o
objetivo de aliviar a dor e restabelecer o movimentos funcionais
livres de dor.
a) Movimentos passivos
e oscilatórios;
b) Movimentos passivos
de estiramento.
2. Movimentos passivos
executados com o propósito de manter um percurso funcional do
movimento articular em pacientes que estão inconsciente ou que
possuem uma doença articular ativa como a artrite reumatoide.
Indicações a
Mobilização:
• Dor
• Hipomobilidade
• Espasmo
• Inflamação
Contraindicações à
mobilização:
1. Fraturas recentes
2. Compressão da
medula espinal
3. Compressão da cauda
equina
4. Doença ativa das
vértebras
5. Tonturas posicionais
quando há rotações (específicos para coluna cervical)
6. Dor intensa nas
raízes dos nervos (realizar somente tração)
7. Osteoporose (não
aparece até que 30% dos sais tenham acabado), quando faz uso de
esteroides por mais de três semanas.
Precauções e
contraindicações à manipulação:
1. Dor não
diagnosticada, não explicada e não proveniente de incidentes.
2. Grande sobrecarga
psicológica
3. Suspeita de
osteoporose (fisiológica em idosos)
4. Espondilite
anquilosante ativa
5. Espondilolistese se
produzir os sinais e sintomas (S e S)
6. Instabilidade (não
fazer grau V naquele nível)
7. Últimos um ou dois
meses de gestação e após o um mês
8. Invasão
interforaminal (pode-se usar método de abertura)
9. Irritação aguda da
raiz nervosa
10. Compressão aguda
de raiz nervosa
11. Adolescentes e
crianças (quadros crônicos)
12. Síndrome do
chicote aguda
13. Artrite reumatoide
ativa
Princípios das
técnicas de Maitland:
Graus de Mobilização;
Sentido/Direção;
Ritmo;
Ritmo/Reação
Sintomática;
Duração.
• Graus de
Mobilização:
Grau I: Movimento
minúsculo no início do arco
Grau II: Movimento
grande sem dor e no meio do movimento
Grau III: Movimento
grande no final do arco
Grau IV: Movimento
minúsculo no final do movimento (e um pouco além)
Grau V: Movimento
minúsculo de alta velocidade no ½ do arco até o fim do arco.
• Efeitos dos graus
de mobilização:
Grau I: Entrada de
informações neurológicas através de mecanoreceptores –
(ativação das comportas medulares).
Grau II. Entrada de
informações neurológicas através de mecanoreceptores e
estimulação do retorno venoso e linfático (diminuição do edema e
respostas inflamatórias locais através do bombeamento de fluidos).
Corpos livres interpostos se movimentam.
Grau III. (o mesmo do
grau II) + Estresses nos tecidos encurtados por aderências. Há,
geralmente, grande facilitação neuromuscular.
Grau IV. Estresses
teciduais que movimentam estruturas para posições discretamente
diferentes (corpos livres, núcleo excêntrico, cápsula
“redundante”, pinçamentos).
Grau V. Quebra de
aderências que impedem o movimento, atividades do “OTG” em
cápsulas para inibição de músculos nas imediações da
articulação, que podem alterar drasticamente a posição do tecido.
Grau I e II:
Estes dois graus são
primariamente usados para alívio da dor inflamatória. No caso do
seu objetivo ser simplesmente aliviar a dor do paciente, utilize
estes graus. Por outro lado, frequentemente, existe uma causa
mecânica oculta para o ciclo inflamação/dor. Faça 3 séries de 30
segundos cada, a menos que provoque irritação.
Grau III, IV e V:
Estes graus são usados
para problemas de rigidez. Na verdade, eles são usados para o alívio
de problemas mecânicos na articulação. Estes problemas podem
variar desde aderências grosseiras capsulares até corpos livres de
menisco provocando bloqueio.
Nota: O grau III é uma
técnica de combinação. Ela é utilizada mais frequentemente quando
a rigidez é um problema primário, porém o movimento amplo
característico do grau III pode também inibir a produção de dor.
Fazer 3 séries. Cada série deve ter 1 minuto de movimento
acessório, seguido de 1 minuto de fisiológico, exceto na coluna
onde geralmente somente movimentos acessórios são realizados. O
grau V jamais é usado na direção que produz o sinal doloroso.
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: E
Alternativa que indico
após analisar: E
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