Faculdade Mario Schenberg

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

FUNRIO – SESDEC/RJ 2008 – Questão 24

24. O sinal de Trendelemburg é observado na marcha do hemiparético em conseqüência de:

A) padrão espástico extensor nos membros inferiores.

B) padrão espástico flexor nos membros inferiores

C) dissociação incompleta das cinturas.

D) impotência funcional dos adutores da coxa ipsolateral ao sinal mencionado no enunciado.
E) impotência funcional dos abdutores da coxa contralateral ao sinal mencionado no enunciado.

hemiparesiaAVE
A alteração mais frequente no hemiparético é a dorsiflexão insuficiente. levando ao pé equinovaro. Na hemiparesia, durante a fase de apoio o joelho apresenta-se recurvatum, a extensão do quadril é limitada e ocorre a queda da pelve contralateral.

Essa questão pode gerar muitas dúvidas, principalmente ao mencionar a espasticidade. Mas devemos nos ater estritamente ao que procura o enunciado, para evitar cair nas famosas pegadinhas das bancas. A hemiparesia é um sintoma comum a diversos acometimentos do sistema nervoso central, então, caros colegas e graduandos, evitem fazer associações com Acidente Vascular Encefálico e se preocupem com o sintoma e com o sinal de Trendelemburg apenas.

Lembrem também que esse sinal é característico de disfunção do glúteo médio(mas não só desse músculo), que tem entre suas funções o papel de abduzir a articulação coxofemoral. Portanto, alternativa “E”, impotência funcional dos abdutores da coxa contralateral ao sinal mencionado no enunciado.

Rápida revisão do glúteo médio:

gluteomedio
Inserção Superior: Face externa do íleo entre a crista ilíaca, linha glútea posterior e anterior

Inserção Inferior: Trocânter maior

Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 – S1)

Ação: Abdução e rotação medial da coxa

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: E

Alternativa que indico após analisar: E

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