Paciente R.B.S, 32 anos de idade, P.O de LCA ha 7 semanas, praticante de MMA atleta profissional, chega ao atendimento e logo é observado a sua marcha que esta comprometida (devido a limitação de extesao do joelho), instabilidade pélvica e devido ao trauma obteve suas atividades diárias interrompidas. O mesmo relata que tratamentos anteriores com eletroterapia não obtiveram melhoras no quadro. SUGESTÃO DE TRATAMENTO?
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Teste Adam's de inclinação anterior
Descrição
O objetivo deste teste é identificar indivíduos com escoliose torácica.
Técnica
O paciente deve estar em pé e curvar-se para a frente o mais possível. O fisioterapeuta deve observar a curvatura torácica resultante. O lado mais alto corresponde ao lado com a convexidade torácica.
http://www.youtube.com/watch?v=n__zHzbdsEI
Côté P, Kreitz BG, Cassidy JD, Dzus AK, Martel J. "A Study of the Diagnostic Accuracy and Reliability of the Scoliometer and Adam's Forward Bend Test." Spine (Phila Pa 1976). 1998 Apr 1;23(7):796-802. Web. 09/19/2012.
Neumann, Donald. Kinesiology of the Musculoskeletal System: Foundations for Rehabilitation. 2nd edition. St. Louis, MO: Mosby Elsevier, 2010. 341-342.
Teste de flexão passiva da cervical
Descrição
O objetivo deste teste é avaliar a contribuição da tensão neural para os sintomas na coluna torácica do paciente.
Técnica
Primeiro o paciente realiza ativamente a flexão da cervical superior. Depois o fisioterapeuta flexiona passivamente a coluna cervical inferior. Reprodução de dor ou outros sintomas neurais na coluna vertebral torácica é um teste positivo. A sensação de alongamento é normal.
Técnica
Primeiro o paciente realiza ativamente a flexão da cervical superior. Depois o fisioterapeuta flexiona passivamente a coluna cervical inferior. Reprodução de dor ou outros sintomas neurais na coluna vertebral torácica é um teste positivo. A sensação de alongamento é normal.
Teste de compressão/descompressão torácica
Descrição
O objetivo deste teste é avaliar a influência da compressão e descompressão torácica nos sintomas do paciente.
Técnica
Compressão: Com o paciente sentado, aplicar pressão inferiormente através de ambos os ombros. Uma resposta positiva é uma indicação de dor.
Descompressão: Com o paciente sentado, o fisioterapeuta pede-lhe para cruzar os braços. De pé atrás do paciente, o fisioterapeuta deve deslizar as mãos por baixo das axilas do paciente para alcançar os antebraços. Deve depois inclinar-se para trás, levantando o paciente para fora da mesa. É importante fazer o esforço com as pernas e não com as costas. Uma resposta positiva é uma indicação de dor.
Teste de compressão foramidal
Descrição
O objetivo deste teste é avaliar o impacto da diminuição do espaço foraminal intervertebral sobre os sintomas do paciente.
Técnica
O paciente deve estar sentado e flexionar lateralmente a coluna vertebral para o lado não sintomático. O fisioterapeuta deve aplicar uma força de compressão axial através de ambos os ombros. Depois repetir no lado afetado. Reprodução de dor/sintomas indica um teste positivo.
Medicação para o Aparelho locomotor
Durante a prática clínica o fisioterapeuta interage várias vezes com pacientes que estão a tomar medicação, muitas vezes destinada ao aparelho locomotor. É necessário compreender alguns conceitos básicos da farmacologia para sabermos adaptar a nossa abordagem terapêutica.
A maioria das doenças articulares e musculo-esqueléticas necessita de tratamento sintomático para o alívio da dor. Para este efeito, o paracetamol pode ser uma primeira escolha com resultados satisfatórios na patologia articular degenerativa e nas lesões dos tecidos moles; se houver componente articular inflamatório, então há necessidade de recorrer a anti-inflamatórios não esteróides (AINEs).
Estudos têm verificado diversidade, não previsível, nas respostas individuais quanto à eficácia e tolerância aos diferentes AINEs. Contudo, o ibuprofeno é dos AINEs melhor tolerado, embora com menor potência anti-inflamatória.
Anti-inflamatórios não esteróides
- Derivados do ácido antranílico (p.ex. reumon ou nifluril)
- Derivados do ácido acético (p.ex. airtal, diclofenac – princípio activo do voltaren, flameril, cataflam)
- Derivados do ácido propiónico (p.ex. profenid, seractil,ibuprofeno – princípio activo do nurofen, brufen, trifene e onaproxeno)
- Derivados do indol e do indeno (p.ex. rantundil, indocid, protaxil)
- Oxicans (p.ex. meloxicam, piroxicam)
- Derivados sulfanilamídicos (p.ex. nimesulida – princípio activo donimed, aulin, donulide)
- Inibidores selectivos da Cox 2 (p.ex. celebrex, arcoxia, turox,exxiv)
Medicamentos usados para o tratamento da gota
Medicamentos para tratamento da artrose
Pode ser necessário o uso sequencial (nunca em simultâneo) de vários AINEs, até encontrar o mais adequado, para cada doente num determinado momento, quer em eficácia terapêutica, quer em tolerabilidade.
É previsível que no termo de 1 a 2 semanas de terapêutica, com doses correctas de um anti-inflamatório, se possa concluir da adequação da escolha. Pode ser necessário ensaiar 3 a 4 fármacos até completar esta selecção. Esta deve ter em conta a experiência prévia do doente com o uso de anti-inflamatórios.
Os AINEs têm múltiplos mecanismos de acção, sendo o principal o que resulta da inibição da síntese das prostaglandinas, nomeadamente as cicloxigenases (conhecidas por COX).
No entanto, como estas proteínas também têm função fisiológica esta inibição é também muitas vezes responsável por efeitos indesejáveis, fundamentalmente gastrintestinais e renais.
Alguns dos AINEs mais utilizados no nosso país incluem:
Alguns fármacos, como penicilamina, hidroxicloroquina, sulfassalazina, imunossupressores (leflunomida, metotrexato, ciclofosfamida, azatioprina,ciclosporina), são úteis na terapêutica de doenças reumatismais inflamatórias crónicas, suprimindo a actividade da doença.
A sua prescrição requer ponderação cuidada da relação risco-benefício, devendo ser reservada a quem tenha formação específica.
Mais recentemente foram introduzidos fármacos que interferem com o factor de necrose tumoral (o infliximab, o adalimumab e o golimumab, anticorpos monoclonais e o etanercept com acção sobre os receptores). Estes medicamentos implicam a adesão a protocolos estritos de avaliação.
O infliximab determina aumento do risco de infecções graves, particularmente de formas de tuberculose disseminada. Descreveu-se ainda o aumento da morbilidade e mortalidade em doentes com IC. O etanerceptpode causar síndromes de desmielinização.
As crises agudas de gota tratam-se eficazmente com anti-inflamatórios não esteróides em doses altas. A colquicina é uma alternativa terapêutica válida mas a sua utilização é limitada pela toxicidade da posologia necessária ao controlo do acesso agudo. É útil em doentes com ICC e hipocoagulados.
A recorrência frequente de crises legitima o uso do alopurinol, inibidor da xantinoxidase, ou de uricosúricos. O início do tratamento pode precipitar a ocorrência de crises. Estas podem ser prevenidas administrando colquicina ou anti-inflamatórios não esteróides.
Há fármacos utilizados como "condroprotectores" para os quais está documentado efeito analgésico que determina benefício sintomático idêntico ao dos AINEs, no termo de tratamentos efectuados por 2 a 4 semanas (embora não exerçam efeito analgésico e anti-inflamatório em tomas isoladas).
Há agora evidência de que podem modificar a história natural da doença, particularmente os medicamentos contendo glucosamina (p.ex. viartril), em situações de gonartrose e após tratamento de longa duração (até 3 anos). Mas ainda são necessários ensaios clínicos demonstrativos de eficácia em tratamentos a longo prazo nas várias formas de artrose.
A artrose tem fases evolutivas em que se pode justificar o emprego de AINEs. Fora desses períodos o tratamento médico deve privilegiar os analgésicos simples (paracetamol). A dor e a disfunção resultam frequentemente do envolvimento de estruturas periarticulares (cápsulas articulares, bainhas de tendões, bolsas serosas) que podem beneficiar com terapêutica tópica (infiltrações, medidas fisiátricas, etc.).
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FUNRIO – SESDEC/RJ 2008 – Questão 27
27. A rotação da
cabeça para o lado esquerdo tem como agonista a ação do:
A) escaleno direito
B)
esternocleideomastóideo direito.
C) escaleno esquerdo
D)
esternocleideomastóideo esquerdo.
E) escaleno esquerdo e
esternocleidomastoideo direito.
Vamos analisar a função
destes dois músculos, ECM e escalenos.
ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO
Região Lateral do
Pescoço
Inserção Superior:
Processo mastóide e linha nucal superior
Inserção Inferior:
Face anterior do manúbrio do esterno junto à face superior e borda
anterior do 1/3 medial da clavícula
nervação: C2, C3 e
parte espinhal do nervo Acessório (11º par craniano)
Ação:
* Fixo Superiormente:
Ação inspiratória
* Fixo Inferiormente:
Contração Unilateral:
Flexão, inclinação homolateral e rotação com a face virada para
o lado oposto
Contração Bilateral:
Flexão da cabeça
ESCALENO ANTERIOR
Região Lateral do
Pescoço
Inserção Superior:
Tubérculos anteriores dos processos transversos da 3ª à 6ª
vértebras cervicais
Inserção Inferior:
Face superior da 1º costela (tubérculo do escaleno anterior)
Inervação: Ramos dos
nervos cervicais inferiores
Ação: Elevação da
primeira costela e inclinação homolateral do pescoço. Ação
inspiratória
ESCALENO MÉDIO
Região Lateral do
Pescoço
Inserção Superior:
Tubérculos anteriores dos processos transversos da 2ª à 7ª
vértebras cervicais
Inserção Inferior:
Face superior da 1ª costela
Inervação: Ramos dos
nervos cervicais inferiores
Ação: Elevação da
primeira costela e inclinação homolateral do pescoço – Ação
inspiratória
ESCALENO POSTERIOR
Região Lateral do
Pescoço
Inserção Superior:
Tubérculos posteriores dos processos transversos da 5ª à 7ª
vértebras cervicais
Inserção Inferior:
Borda superior da 2ª costela
Inervação: Ramos
anteriores dos 3 últimos nervos cervicais
Ação: Elevação da
segunda costela e inclinação homolateral do pescoço – Ação
inspiratória
Assim fica fácil. O
ECM realiza a rotação com a face virada para o lado oposto, e
nenhum dos escalenos tem função principal na rotação, portanto
alternativa “B”.
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: B
Alternativa que indico
após analisar: B
SESDEC/RJ 2008 – Questão 26
26.Na tentativa de
explicar o fenômeno da plasticidade neural surgem as teorias da:
A) Redundância –
Hipertrofia Estrutural – Substituição Funcional.
B) Redundância –
Vicariância – Substituição Funcional
C) Redundância –
Hipertrofia Estrutural – Vicariância
D) Somente Redundância
– Vicariância
E) Somente Redundância
– Substituição Funcional
Por eliminação fica
fácil responder essa questão. Hipertrofia estrutural nada tem a ver
com as teorias da plasticidade neuronal. Podemos eliminar as
alternativas “A” e “C”.
Com as demais, só nos
resta a “B”.
Carr e Shepherd
descrevem algumas teorias e alguns mecanismos propostos no processo
de reorganização neural após a lesão do SNC:
Teoria da diásquise de
von Monakow: Ocorreria uma interrupção temporária da integração
neural como se fosse um “choque funcional” e os efeitos de
processos como edema, por exemplo, provocariam uma supressão da
atividade em áreas distantes do local da lesão. Ocorreriam
alterações reversíveis em sinapses íntegras que resultariam em
disfunção temporária do processamento neural seguida da
recuperação de algumas funções nos estágios iniciais após a
lesão.
Hiper-sensitividade de
denervação: Os axônios e os terminais sinápticos degeneram-se
após a lesão. As regiões denervadas das células-alvo
desenvolveriam uma responsividade pós-sináptica aumentada às
substâncias neurotransmissoras e se tornariam excessivamente
sensíveis aos impulsos aferentes.
Teoria da redundância:
Algumas regiões do SNC poderiam desempenhar a mesma função motora,
de forma que uma região do sistema poderia mediar adequadamente a
função comprometida. Essa premissa assemelha-se ao
equipotencialismo, proposta de que uma função específica poderia
ser mediada por todos os tecidos de uma determinada região.
Ocorrendo lesão em parte da região, o tecido íntegro remanescente
continuaria a mediar a mesma função e o efeito da lesão seria mais
dependente da quantidade de tecido poupado do que da recuperação da
lesão.
Função vicariante: As
regiões íntegras do SNC estariam latentes em um estado de prontidão
para serem “ativadas” e assumirem as funções comprometidas.
Reorganização
funcional: O sistema neural poderia mudar qualitativamente suas
funções, pois haveria uma via neural que assumiria o controle motor
de funções que em situações normais não fariam parte de seu
repertório.
Brotamento neural: Duas
formas de brotamento neural são propostas: (1) regeneração dos
axônios dos neurônios lesados que fariam o processo de reinervação
das áreas denervadas; (2) brotamento colateral ou de neurônios
íntegros adjacentes ao tecido neural lesado, resultando em aumento
da efetividade sináptica e substituição das sinapses não
efetivas. A emergência de novas conexões sinápticas poderia estar
associada à sinaptogênese dinâmica que ocorreria continuamente sob
circunstâncias normais, capacitando o organismo a ajustar-se às
necessidades ambientais.
Alteração da
estratégia comportamental motora: Seria a substituição da
estratégia utilizada para o alcance da meta motora, podendo envolver
o uso de informações sensoriais diferentes para orientação do
movimento ou, ainda, substituições funcionais nas quais os
movimentos recuperados teriam sido realizados de maneira diferente
dos movimentos comprometidos. O problema na pesquisa desse mecanismo
seria a dificuldade para a identificação da origem da recuperação:
alterações anatômicas e fisiológicas ou uso de estratégias
alternativas individuais.
O efeito da
plasticidade decorrente da lesão no SNC pode depender da natureza
dos circuitos neuronais individuais e dos níveis de especificidade
desses circuitos. As respostas “plásticas” representam
tentativas de reorganização neural que podem resultar na
recuperação da função específica ou desencadear resultados
indesejados como a formação de conexões inadequadas para a
execução das atividades funcionais, incluindo complicações como
as sinergias patológicas e a espasticidade. Quanto mais precisa for
a reorganização das conexões restauradas, mais eficiente será a
recuperação da função.
Segundo Pascual-Leone e
colaboradores, a plasticidade é uma propriedade intrínseca do SNC
durante todo o curso da vida. Para esses pesquisadores, “não
deveríamos pensar no cérebro como uma estrutura estática que seria
capaz de ativar uma cascata de mudanças que chamamos de
plasticidade, nem como uma sequência ordenada de eventos decorrentes
da plasticidade”. O sistema nervoso modifica-se continuamente,
sendo a plasticidade uma consequência obrigatória de cada
“input”(entrada) sensorial e de cada atividade motora.
Estudos de estimulação
magnética transcraniana em indivíduos saudáveis indicam que as
alterações transitórias das áreas de representação cortical são
comuns no dia a dia durante a aprendizagem de tarefas. O desempenho
frequente de uma atividade motora que requer habilidade aumenta a
representação cortical para os músculos envolvidos na atividade
específica, princípio demonstrado pela representação cortical
aumentada dos dedos da mão esquerda de músicos que executam
instrumentos de corda. Em indivíduos com deficiência visual, a
representação sensorio-motora cortical dos dedos usados para
leitura em Braille é aumentada, variando a ampliação dessas áreas
conforme o padrão de atividade de leitura.
Não há, entretanto,
um mapeamento de correspondência exata entre a plasticidade neural e
as modificações comportamentais. Para Pascual-Leone, comportamento
motor é a manifestação motora das atividades coordenadas do
sistema nervoso como um todo e, desde que uma via eferente esteja
preservada para manifestar o comportamento motor, as mudanças nas
atividades ao longo de uma rede neural distribuída podem estabelecer
novos padrões de ativação cerebral e sustentar a função.
Dependendo das circunstâncias, a reorganização neural pode
provocar mudanças cujas manifestações poderiam ser classificadas
de três formas: (1) não percebidas no ”output”(saída)
motor-comportamental; (2) demonstradas somente em condições
especiais de avaliações; (3) identificadas como comportamento motor
patológico. A nível neural, a plasticidade não implicaria
necessariamente recuperação, pois uma lesão pode provocar uma
reorganização neural não funcional.
O vocabulário dos
ganhos pós-lesão é amplo porém específico: a Recuperação
ocorre quando há o retorno completo de funções idênticas às que
foram perdidas ou prejudicadas; a Substituição é a adaptação
funcional de uma rede neural defeituosa mas parcialmente restaurada
que depende de estimulação externa; Sparing é a função adequada
de vias neurais residuais e Compensação é a adaptação funcional
para uma atividade.
Os mecanismos
relacionados a neuroplasticidade ainda não estão totalmente
definidos. Muita coisa é discutida a respeito de recrutamento de
vias paralelas, atividade em vias parcialmente poupadas, brotamento
sináptico, regeneração axonal ou dendrítica, remielinização e
recuperação da excitabilidade neuronal.
Embora ainda não
esteja confirmado, parece que as respostas em relação a
neuroplasticidade nos processos o córtex são maiores no início do
processo de reabilitação e vão decrescendo com o tempo. Em
contrapartida, lesões parciais da medula tendem a apresentar uma
recuperação melhor em termos plásticos, depois de passado certo
tempo da lesão. Atividades como o Biofeedback são mais efetivas
após um ano de lesão.
Uma vez avariados, os
neurônios não podem ser trocados mas podem ser substituídos
funcionalmente por circuitos ou trajetos nervosos alternativos, como
decorrência de brotamento massivo e sinaptogênese reativa nos
axônios intactos e não lesados. O neurônio tem uma capacidade de
se adaptar funcionalmente frente a um estímulo, e as sinapses, por
sua vez, são altamente modificáveis quanto a sua eficiência.
Chega de teorias!
Divirtam-se com a neuroplasticidade das massinhas:
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: B
Alternativa que indico
após analisar: B
FUNRIO– SESDEC/RJ 2008 – Questão 25
25. As fibras
musculares que se caracterizam por terem: contração mais lenta;
alta resistência à fadiga, e coloração mais escura, são
classificadas como as do tipo:
A) I.
B) II A.
C) II B.
D) I e II A.
E) II A e II B.
Vou dar um dos macetes
que eu desenvolvi com o tempo pra matar essas questões. Ressalto que
é melhor sempre internalizar o conhecimento, realmente entender o
assunto, mas algumas vezes precisamos saber de tantas áreas
diferentes, ortopedia, cardiorrespiratória, neurologia, anatomia,
biomecânica, que sempre é bem-vindo alguma forma de decorar.
Para os tipos de fibras
musculares e a correlação com contração muscular e tudo mais,
minha associação básica é lembrar que a relação é contrária,
ou seja, as fibras do tipo I são de contração lenta e as fibras do
tipo II são de contração rápida.
Essa questão é uma
prova de que meu método funciona, já que só fazendo essa
associação chegamos à resposta correta, a alternativa “A”.
Mas vamos a uma revisão
rápida:
Tipos de fibras
musculares
A classificação das
fibras musculares ocorre de acordo com o metabolismo energético
dominante, da velocidade de contração e da sua coloração
histoquímica, a qual depende das actividades enzimáticas.
A coloração pelo PAS
(Periodic Acid Schift) não determina o tipo de fibra, pois trata-se
de uma coloração para o glicogênio, e é útil para avaliar a
quantidade de glicogênio muscular, quer antes quer depois da
actividade física.
As fibras musculares
dividem-se em:
Tipo I, de contração
lenta ou vermelhas, e isto devido à densidade capilar e ao conteúdo
em mioglobina.
Tipo II, de contração
rápida ou fibras brancas, as quais se subdividem na lIa, IIb, e IIc.
a) Fibras tipo I, de
contração lenta, vermelhas ou ST(slow twitch), são fibras com
menor diâmetro, com um maior fornecimento sanguíneo, quando
expresso em capilares por fibra, possuem muitas e grandes
mitocôndrias e muitas enzimas oxidativas. São por isso fibras com
um metabolismo energético de predomínio aeróbico, resultando uma
grande produção de ATP, permitindo esforços duradouros. Estas
fibras predominam nos músculos dos atletas de endurance ou
resistência.
A enzima desidrogenase
do succinato, que é uma enzima típica do metabolismo aeróbico,
encontra-se em quantidades elevadas e constitui um marcador deste
tipo de fibras. Tem uma grande atividade da NAD desidrogenase e da
citocromo oxídase.
b) Fibras tipo II, de
contração rápida, brancas ou FT(fast twitch), são fibras brancas,
de maior diâmetro, com predomínio de metabolismo energético de
tipo anaeróbico. Possuem grandes quantidades de enzimas ligadas a
este tipo de metabolismo, como por exemplo a CPK
(creatinofosfoquínase), necessária à regeneração rápida de ATP
a partir da fosfocreatina (CP). As quantidades das enzirnas
desidrogenase láctica (LDH) e fosfofrutoquínase (PFK) são também
elevadas. O músculo constituído por este tipo de fibras tem uma
velocidade de contração, uma velocidade de condução na membrana e
uma tensão máxima maior do que nas fibras do tipo I. Têm elevados
níveis de actividade da ATPase miofibrilar, o que revela grande
velocidade na elaboração das interações actina-miosina.
Fibras
subtipo IIb: constituem o subtipo mais característico. São
fibras de contração rápida (fast twitch), nas quais o metabolismo
anaeróbico é dominante, o que origina uma grande acumulação de
lactato no final do exercício. O componente aeróbico é reduzido.
São fibras com um mau
rendimento energético, que acumulam muito lactato e H +, são de
contração rápida e facilmente fatigáveis. Quando sujeitas a um
treino de endurance, de características aeróbicas, tendem a
apresentar características mais semelhantes às do subtipo lIa.
Fibras do subtipo lIa:
são também fibras brancas, com predomínio do metabolismo
anaeróbico, mas já com uma capacidade oxidativa superior, o que as
toma ligeiramente mais resistentes à fadiga do que as anteriores.
Fibras do subtipo IIc:
são fibras que se encontram no músculo em quantidades muito
pequenas, cerca de 1% do total. Possuem predomínio do metabolismo
anaeróbico e uma capacidade oxidativa bastante superior à
encontrada nos subtipos anteriores, o que as coloca entre estas e as
fibras tipo I, no que se refere à resistência à fadiga.
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: A
Alternativa que indico
após analisar: A
FUNRIO – SESDEC/RJ 2008 – Questão 24
24. O sinal de
Trendelemburg é observado na marcha do hemiparético em conseqüência
de:
A) padrão espástico
extensor nos membros inferiores.
B) padrão espástico
flexor nos membros inferiores
C) dissociação
incompleta das cinturas.
D) impotência
funcional dos adutores da coxa ipsolateral ao sinal mencionado no
enunciado.
E) impotência
funcional dos abdutores da coxa contralateral ao sinal mencionado no
enunciado.
A alteração mais
frequente no hemiparético é a dorsiflexão insuficiente. levando ao
pé equinovaro. Na hemiparesia, durante a fase de apoio o joelho
apresenta-se recurvatum, a extensão do quadril é limitada e ocorre
a queda da pelve contralateral.
Essa questão pode
gerar muitas dúvidas, principalmente ao mencionar a espasticidade.
Mas devemos nos ater estritamente ao que procura o enunciado, para
evitar cair nas famosas pegadinhas das bancas. A hemiparesia é um
sintoma comum a diversos acometimentos do sistema nervoso central,
então, caros colegas e graduandos, evitem fazer associações com
Acidente Vascular Encefálico e se preocupem com o sintoma e com o
sinal de Trendelemburg apenas.
Lembrem também que
esse sinal é característico de disfunção do glúteo médio(mas
não só desse músculo), que tem entre suas funções o papel de
abduzir a articulação coxofemoral. Portanto, alternativa “E”,
impotência funcional dos abdutores da coxa contralateral ao sinal
mencionado no enunciado.
Rápida revisão do
glúteo médio:
Inserção Superior:
Face externa do íleo entre a crista ilíaca, linha glútea posterior
e anterior
Inserção Inferior:
Trocânter maior
Inervação: Nervo
Glúteo Superior (L4 – S1)
Ação: Abdução e
rotação medial da coxa
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: E
Alternativa que indico
após analisar: E
FUNRIO – SESDEC/RJ 2008 – Questão 23
23. Denomina-se
“hipercapnia” à concentração excessiva, nos líquidos
corporais de:
A) cálcio.
B) oxigênio.
C) dióxido de carbono.
D) ácido lático.
E) dióxido de potássio
Do grego “Kapnós”,
que significa vapor ou fumo, esse termo faz referência ao excesso de
dióxido de carbono.
Simples e fácil de
responder, lembrem de CO² ou gás carbônico.
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: C
Alternativa que indico
após analisar: C
FUNRIO – SESDEC/RJ 2008 – Questão 22
22. Para que um músculo
responda a um estímulo motor, espera-se que o seu antagonista reaja
com:
A) contração
concêntrica.
B) contração
excêntrica.
C) contração reflexa.
D) inibição
recíproca.
E) facilitação
recíproca
Questãozinha
maliciosa.
Aqui, não se fala de
movimento concêntrico ou excêntrico, então eliminamos as
alternatIvas “A” e “B”.
Sobre a “C”, a
contração reflexa é uma atividade involuntária de músculos
somáticos voluntários. Não tem a ver com a relação
agonista/antagonista em questão.
A “D” é nossa
escolhida. Apenas para diferenciar inibição recíproca de inervação
recíproca, a inibição recíproca conta com a excitação de um
grupo muscular com inibição dos seus antagonistas. Já inervação
recíproca conta com circuitos neuronais que causam a inibição
recíproca. Reparem que se antagonista e agonista contrairem ao mesmo
tempo, o movimeno articular não é possível. Aliás, é isso o que
ocorre na isometria.
Na “E”, desconheço
o termo facilitação recíproca, me parece uma mistura dos termos
facilitação medular com inibição recíproca.
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: D
Alternativa que indico
após analisar: D
FUNRIO – SESDEC/RJ 2008 – Questão 21
21. Podemos atribuir ao
tronco cerebral o controle de várias funções, exceto:
A) crescimento.
B) equilíbrio.
C) respiração.
D) cardiovascular
E) gastrointestinal
O hormônio do
crescimento, ou GH (growth hormone), também chamado de somatotrofina
ou somatotropina (ST), é sintetizado e secretado pela hipófise, ou
seja, está fora do tronco encefálico, e não há nenhuma estrutura
com função parecida no tronco encefálico. Essa alternativa já
responde a questão, mas vejamos as demais.
Na alternativa “B”,
quanto ao equilíbrio, pode gerar confusão, pois lembramos
imediatamente da influência do cerebelo, que também atua na
manutenção do equilíbrio, mas não se pode esquecer do
vestíbulo-coclear. Alm desse nervo, localizados no tronco encefálco,
os núcleos reticulares–pontinos excitam e os bulbares inibem os
músculos antigravitários da coluna vertebral.
Na alternaiva “C”,
o bulbo controla a frequência e a amplitude da respiração, e
também os batimentos cardíacos, alternativa “D”. O tronco
encefálico exerce ação parcial sobre o cotrole gastrointestinal.,
alternativa “E”.
NEUROANATOMIA –
TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico é
formado pelo bulbo, ponte e pelo mesencéfalo, seguindo o sentido
ínfero-superior respectivamente. Estas estruturas, parte fundamental
para a sobrevivência (cérebro primitivo), estão situadas na fossa
posterior do crânio, conectando a medula espinhal com o cérebro
anterior propriamente dito.
Funcionalmente o tronco
encefálico serve para conduzir tratos do cérebro para periferia
como também da periferia para a porção central do sistema nervoso
central; o tronco possui diversos núcleos (acúmulos de neurônios)
sendo responsáveis por controles sofisticados ditos reflexos, como
respiração, freqüência cardíaca, tônus vascular, tônus
intestinal e vesical, dentre outros. Por fim, o tronco encefálico
possui os núcleos dos pares de nervos cranianos III ao XII,
excetuando-se o I e II (olfatório e óptico respectivamente).
1. Bulbo
O bulbo é o elo de
ligação entre a porção final do tronco encefálico com a porção
inicial da medula espinhal. Muitos autores fazem a separação entre
bulbo e medula oblonga, sendo esta última uma porção terminal do
bulbo propriamente dito e uma porção inicial da medula cervical.
Topograficamente, a junção ocorre ao nível do forame magno (origem
da raiz nervosa anterior e posterior do primeiro nervo espinhal
cervical).
O bulbo assume um
aspecto macroscópico cônico, com sua base maior ficando
superiormente, onde haverá expansão para formação do espaço que
será denominado IV ventrículo. O canal medular seguira no sentido
descendente. Como componentes anteriores do bulbo devemos localizar a
fissura mediana anterior, continuando-se com a fissura mediana
anterior da medula (já citada no capítulo anterior). Bilateralmente
a essa fissura mediana anterior, encontramos as pirâmides bulbares
(contendo os feixes do trato córtico-espinhal), as pirâmides
tornam-se mais finas inferiormente dando origem as decussações das
pirâmides (local onde os feixes nervosos cruzam para o lado oposto).
Posteriormente às pirâmides encontramos, também bilateralmente, as
olivas (elevações ovais) – núcleos olivares. No sulco situado
entre as olivas (contém o trato córtico-nuclear e córtico-espinhal)
e as pirâmides encontramos as radículas do nervo hipoglosso (XII
par craniano). Ainda posteriores às olivas encontramos os pedúnculos
cerebelares inferiores, observados na tomografia computadorizada
(TC). Ainda com relação à topografia, devemos notar que entre as
olivas e os pedúnculos cerebelares inferiores emergem as radículas
dos nervos cranianos glossofaríngeo e vago (IX e X par,
respectivamente).
IMPORTANTE: As
radículas do nervo hipoglosso são as únicas a originarem-se da
porção mais anterior do bulbo!! As demais raízes emergem
posteriormente ao bulbo (IX, X e XI pares cranianos).
A superfície posterior
do bulbo, em sua porção superior, formará o assoalho do IV
ventrículo, já sua porção mais inferior se continuará com a
medula espinhal: essa porção apresentará, como já visto no
capítulo sobre medula espinhal, o sulco mediano posterior dividindo
a medula espinhal posterior em fascículo grácil (medialmente) e
cuneiforme (lateralmente).
Na região da
decussação das pirâmides, vale destacar que ¾ das fibras motoras
do trato córticoespinhal sofrem essa inversão de fibras para o lado
contralateral, agora, como trato cortiço-espinhal lateral. Os
núcleos grácil e cuneiforme são expansões arredondadas situadas
na porção póstero-superior do bulbo. Um corte transverso da metade
inferior do bulbo, acima da decussação das pirâmides, encontramos
a decussação dos lemniscos, maior decussação sensorial, formada
pelas fibras arqueadas internas. Os tratos espino-talâmicos lateral
e anterior como também o trato espinotectal passam lateralmente à
decussação do lemnisco. Já os tratos espinocerebelar,
vestíbulo-espinhal e rubro-espinhal passam ânterolateralmente ao
bulbo.
Nível das Olivas: num
corte transverso observamos aumento na quantidade de substância
cinzenta, correspondendo aos núcleos dos nervos VIII, IX, X, XI, XII
e arqueados.
Núcleos Ambíguos: são
grandes neurônios motores, situados profundamente à formação
reticular, as fibras nervosas emergem deste núcleo juntando-se aos
nervos glossofaríngeo e vago e porção craniana no nervo acessório
(inervam os músculos esqueléticos – voluntários).
Algumas estruturas
deverão ser reconhecidas nesse momento: observando-se o tronco da
porção medial para porção lateral encontraremos o núcleo do
hipoglosso, núcleo dorsal do vago, núcleo do tracto solitário
(NTS) e núcleos vestibulares mediais e inferiores. As estrias
medulares também poderão ser visualizadas na porção posterior do
bulbo, separando as chamadas áreas vestibulares. O trígono do nervo
hipoglosso esta superiormente ao trígono do nervo vago, ambos,
superiormente ao óbex (triângulo terminal). Em íntimo contato com
o óbex, em seu assoalho, também encontramos região relacionada ao
reflexo do vômito, sendo ela a área posterior(postrema) do assoalho
do IV ventrículo (funículo separans).Vale ainda destacar que a
formação reticular constitui-se em misturas difusas de fibras
nervosas com pequenos grupos de células que representa apenas uma
parte de um sistema “on-off cerebral” situados também na ponte e
no mesencéfalo.
2. Ponte –
A ponte situa-se
anteriormente ao cerebelo, conectando-se com o bulbo (inferiormente)
e com o mesencéfalo (superiormente). Observamos em sua superfície
fibras ligando um hemisfério cerebelar ao outro (por isso a
denominação ponte). Sua maior dilatação, visualizada
posteriormente, é denominada pedúnculo cerebelar médio.
Anteriormente visualizamos um sulco, relativamente profundo,
denominado sulco da artéria basilar já que conterá a própria
artéria basilar, ramo da anastomose das duas artérias vertebrais.
Lateralmente à porção anterior da ponte visualizamos as raízes
motoras (menor) e sensoriais (maior) do nervo trigêmio. Entre a
ponte e o bulbo, há um sulco denominado sulco bulbo-pontino contendo
os nervos abducente (medial) e nervo facial (lateral) além do nervo
vestíbulo-coclear situado mais lateralmente ainda em relação ao
nervo facial. A porção posterior da ponte forma a porção superior
do assoalho do IV ventrículo sendo formada por: pedúnculos
cerebelares superiores (porção superior), sulco mediano (divide a
ponte em duas metades simétricas). Há uma elevação lateral ao
sulco mediano denominada eminência medial, limitada lateralmente
pelo sulco limitante. A porção inferior da eminência medial é
dilatada formando o colículo facial (raiz do nervo facial). Ainda,
lateral ao sulco limitante encontramos o locus ceruleos e a área
vestibular.
A ponte é dividida
internamente por uma porção anterior, corpo trapezóide e uma
porção posterior, o tegmento. O corpo trapezóide (lemnisco medial
e fibras de conexão para o cerebelo) é formado por fibras derivadas
dos núcleos cocleares e dos núcleos do corpo trapezóide. Essas
fibras cruzam transversalmente pela porção anterior ao tegmento. A
porção basilar desta porção da ponte contém pequenos núcleos
(núcleos pontinos) que mais tarde unirão o cérebro ao cerebelo
(via principal de conexão). Já a porção mais cranial da ponte
contém além das formações citadas anteriormente os núcleos
(motor e sensorial) dos nervos trigêmio, pedúnculos cerebelares
inferiores, lemnisco espinhal e lateral.
3. Mesencéfalo –
O mesencéfalo conecta
a ponte ao cérebro anterior. O mesencéfalo é atravessado pelo
aqueduto do mesencéfalo ou aqueduto de Sylvius ou ainda, aqueduto
cerebral, sendo uma via de passagem para o líquido cefalorraquidiano
do III para o IV ventrículo. Em sua porção posterior encontram-se
os 4 colículos: dois colículos superiores (relacionados à visão)
e dois colículos inferiores (relacionados à audição), ambos
formando a lâmina quadrigeminal. Abaixo dos colículos emergem os
nervos trocleares (IV par), enrolando-se em torno do mesencéfalo.
Braços emergem no sentido ântero-lateral ao mesencéfalo
correlacionando o colículo superior ao corpo geniculado lateral do
tálamo (tracto óptico), enquanto que o braço inferior interliga o
colículo inferior ao corpo geniculado medial do tálamo (tracto
auditivo). Na porção anterior do mesencéfalo há uma depressão
profunda denominada cisterna interpeduncular, limitada bilateralmente
pela cruz do cérebro. Muitos vasos sanguíneos perfuram o assoalho
da cisterna interpeduncular formando a substância perfurada
anterior. O nervo oculomotor emerge da porção medial dos pedúnculos
cerebrais.
O mesencéfalo possui
dois pedúnculos cerebrais (porção anterior) e o tegmento
(posterior) separados por uma faixa de substância cinzenta,
denominada substância negra. O tecto do mesencéfalo é a porção
do mesencéfalo posterior ao aqueduto cerebral, compreendendo o
núcleo dos colículos. Ao redor do aqueduto do mesencéfalo
encontramos uma área de sustância cinzenta denominada substância
cinzenta periaquedutal.
O nervo troclear sai do
núcleo troclear, circundando a substância cinzenta periaquedutal e
decussando ao nível do véu medular superior. A formação reticular
do mesencéfalo é menor do que a da ponte.
A substância negra é
uma grande quantidade de núcleos de neurônios multipolares
relacionando-se com os núcleos da base, medula espinhal e com o
hipotálamo. O pedúnculo cerebral contém fibras como as
córtico-espinhais e as córtico-nucleares.
Os colículos
superiores conectam-se com os corpos geniculados laterais do tálamo
sendo responsáveis pelos reflexos luminosos (miose). A via aferente
termina do núcleo pré-tectal que ativam os núcleos parassimpáticos
no nervo oculomotor (núcleo de Edinger-Westphal), seguindo a
ativação para o núcleo oculomotor. O III nervo, então passa por
cima do núcleo rubro para emergir na face medial dos pedúnculos
cerebrais (fossa interpeduncular).
O núcleo rubro é uma
massa de células (neurônios) situadas entre a substância negra e o
aqueduto cerebral. Trata-se de um núcleo de cor avermelhada já que
possui extensa vascularização e abundância em ferro. Fazem
conexões com as fibras córtico-espinhais, com os pedúnculos
cerebelares superiores, com o núcleo lentiforme, subtalâmico,
hipotalâmico, da substância negra e da medula espinhal. Suas
eferências incluem o trato rubro-espinhal, rubro-reticular,
rubro-talâmico e rubro-nigral.
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=1&materia_id=358&materiaver=1
http://www.auladeanatomia.com/neurologia/troncoencefalico.htm
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: A
Alternativa que indico
após analisar: A
SESDEC/RJ 2008 – Questão 20
20. Os exercícios
isométricos, indicados nos quadros de hipotrofia muscular, em
pacientes sem descompensação cardiovascular cuja dose prevê o uso
de 40 à 50% da força máxima com duração de 5 segundos ao menos
uma vez por dia, foram protocolados por:
A) DeLorme.
B) Hetting e Muller.
C) Oxford.
D) Fenckel.
E) Williams.
Na “A”, DeLorme
ficou famoso pelo método de resistência progressiva, resumidamente
com repetições com 50% da resistência máxima, depois 75% e por
último repetições com 100% da força máxima.
A “B”, alternativa
correta, embora o nome esteja incorreto. O treinamento isomérico foi
inicialmente descrito em 1928, por Sandow e Charles Atlas. Os
exercícios isométricos começaram a chamar a atenção do público
quando em 1953 dois fisiologistas alemães, Hettinger e Muller,
demonstraram ganhos de força isométrica de 5% por semana com um
treino realizado com ação isométrica diária de 66% da força
máxima com 6 segundos de duração.
Na “C”, Oxford é
também conhecido como DeLorme reverso, e estabelece um treino
muscular regressivo, com 100%, 75% e 50%.
Na “D”, o método
de Frenkel para disfunções cerebeares foi propositalmente escrito
de maneira incorreta.
Na “E”, Williams é
o nome dado à famosa série utilizada para dor lombar.
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: B
Alternativa que indico
após analisar: B
FUNRIO – SESDEC/RJ 2008 – Questão 19
19. Considera-se
“espaço morto” as estruturas do sistema ventilo-respiratório,
que:
A) contém volume de ar
após uma expiração.
B) contém volume de ar
após uma expiração forçada.
C) possibilitam trocas
gasosas.
D) situam-se no
complexo alveolar.
E) não possibilitam
trocas gasosas.
Inicialmente, vamos às
definições:
Espaço Morto Anatômico
– compreende as regiões do trato respiratório onde não ocorrem
as trocas gasosas, a saber, cavidade oral e nasal, faringe, laringe,
traqueia, brônquios e bronquíolos, menos os bronquíolos
respiratórios, onde já se percebe alguma troca gasosa. Consiste em
aproximadamente 150ml do volume corrente que fica na via condutora
sem fazer hematose, que é troca gasosa (O2-CO2) que ocorre nos
capilares dos alvéolos.
Espaço Morto
Fisiológico – é o espaço que anteriormente realizava trocas
gasosas e que agora não o permite mais, quer seja por espessamento
das paredes alveolares, por ausência de ventilação alveolar ou por
ausência de perfusão sanguínea, quer seja por aumento das paredes
alveolares, por aumento dos espaços aéreos ou ainda por obstrução
e bloqueio respiratório. Em resumo, é o volume de gás nos pulmões
que não participa das trocas gasosas.
Portanto, em qualquer
umas das condições, só nos resta a alternativa “E”. Não se
trata de uma região que retém ar ou que ventile, é apenas uma
região do aparelho respiratório onde as trocas gasosas não
ocorrem.
Alternativa assinalada
no gabarito da banca organizadora: E
Alternativa que indico
após analisar: E
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