Faculdade Mario Schenberg

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Treino de Marcha nas artroplastias de Joelho e Quadril

Alguns pacientes, por motivo de dor no membro inferior (Entorse, Fratura, Pós-Operatório, etc...), ou por motivo de alteração motoras (paraparesia, hemiplegia) são obrigados a utilizar dispositivos auxiliares da marcha. Um dos dispositivos auxiliares mais usado é a muleta. O post de hoje vai ser focado no uso de muletas nas artroplastias de Membros Inferiores. No entanto, vou aproveitar o tema e comentarei também outras indicações das muletas.

Vou começar sendo bastante direto: Basicamente uma muleta deve ser capaz de fazer duas coisas pelos nossos pacientes que passaram por uma artroplastia de joelho ou quadril:

(1) Reduzir a descarga de peso sobre um dos membros inferiores.
(2) Ampliar a base de apoio para aumentar o equilíbrio e oferecer estabilidade ao paciente.

É importante notar que uma base de apoio alargada também auxilia no deslocamento e fornece informações sensoriais através das mãos. De modo geral, o uso de muletas se faz necessário para pessoas com dores na perna ou no pé, lesão, fraqueza muscular ou marcha instável. Além destas indicações óbvias, o usos de muletas possibilita assumir a posição ortostática, auxiliando na circulação, na função renal e pulmonar, ajuda na prevenção da osteoporose por fornecer estímulo mecânico (compressivo) aos ossos. Em crianças, a descarga de peso também estimula a epífise de crescimento.

Existem basicamente 2 modelos de muletas: A axilar e a canadense.
Muleta Axilar: Os modelos em geral possibilitam o ajuste do comprimento total e também par ao apoio da mão. Em ortostatismo estático, o ponto mais alto da muleta, deve situar-se 2 a 3 dedos abaixo da axila até um ponto cerca de 15-20cm afastado lateralmente do seu pé. As mãos devem estar posicionadas de tal forma que permitam uma flexão de cotovelo de cerca de 30º. È importante frisar que não se deve apoiar as axilas na muleta durante a marcha, a força toda deve acontecer no cotovelo e punho, sob o risco do paciente compreender de onde vem o adágio popular “sofre mais do que suvaco de aleijado”
Muleta Canadense: Mais uma vez, o posicionamento deve permitir uma flexão de cerca de 30o a muleta deve tocar no solo cerca de 5-10 cm para fora e cerca de 15cm a frente do pé
Estudos mostram que o punho recebe de 1 a 3 vezes o peso do corpo durante a fase de balanço da marcha com muletas.

Para o uso seguro de muletas, algumas regras de vem ser seguidas:
  • Nunca apóie o peso nas axilas, use os punhos
  • Quando parado, posicione as muletas à frente
  • Quando andar, não tente andar rápido demais ou dar passos muito compridos
  • Quando descer escadas, posicione as muletas no degrau abaixo, então desça o degrau com a perna não afetada.
  • Quando subir escadas, suba com a perna boa primeiro, só então traga as muletas e a perna afetada para cima.
  • Converse com o cirurgião ortopedista a respeito da qulidade do osso, sobre intercorrências durante a cirurgia, se a prótese foi cimentad a ou não (próteses não cimentadas exigem descarga parcial de peso enqunato as não cimentadas o paciente pode descarregar o peso conforme tolerância)
Tipos de marcha => (Clique no título e assista ao vídeo do padrão de marcha)

Marcha de 3 pontos

Indicação:
Incapacidade de descarregar peso em uma das pernas (fratura, dor, amputação ou pós-operatório)
Seqüência de movimentos:
Primeiro leve ambas as muletas e o membro afetado à frente. Então descarrege o peso do corpo sobre as muletas e mova o membro não afetado à frente. Repita a seqüência
Vantagens: 
Elimina a descarga de peso sobre o membro afetado
Desvantagem:
È preciso que o paciente tenha um bom equilíbrio


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Marcha de 4 pontos

Indicação:
Fraqueza em ambas as pernas ou coordenação insuficiente
Seqüência de movimentos:
Muleta esquerda, pé direito, muleta direita, pé esquerdo. Repita a seqüência
Vantagens: 
Garante estabilidade uma vez que sempre há 3 pontos de apoio no solo
Desvantagem:
Baixa velocidade


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Marcha de dois pontos 
Indicação:
Fraqueza em ambas as pernas ou coordenação deficiente
Seqüência de movimentos
Muleta esquerda, e pé direito juntos, então muleta direita e pé esquerdo juntos. Repita a seqüência
Vantagens:
Mais rápido do que a marcha de quatro apoios
Desvantagens:
Pode ser difícil aprender esta seqüência de movimentos

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Marcha tipo mergulho
Indicações:
Incapacidade de descarregar completamente o peso em ambas as pernas (fraturas, dor e amputações)
Sequência de movimentos:
Avance com ambas as muletas à frente, então enquanto descarrega o peso todo nos braços, leve ambas as pernas à frente, ao mesmo tempo por entre as muletas
Vantagens:
È o padrão de marcha mais rápido
Desvantagem:
O gasto energético é alto e exige bastante força nos membros superiores

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Marcha tipo Semi-Mergulho (acho que posso traduzir assim)
Indicações
Pacientes com fraqueza em ambos os membros inferiores
Seqüência de movimentos 
Avance com ambas as muletas à frente, então enquanto descarrega o peso todo nos braços, leve ambas as pernas à frente ao mesmo tempo porém não ultrapasse as muletas
Vantagens:
Fácil de aprender
Desvantagem:
Exige força nos membros superiores

CONHEÇA AS VARIAÇÕES DO PILATES

Pilates solo e com aparelhos são as duas melhores técnicas dos exercícios, que deve ser praticado em estúdios específicos para se conquistar um bom resultado em menos tempo

Ainda que o método carregue inúmeras qualidades no currículo, variações que incorporam novas técnicas ao método têm surgido para complementar a modalidade e suprir as necessidades individuais

A criação do alemão Joseph Huberts Pilates traz diversos benefícios: melhora a consciência corporal, o controle respiratório, alivia as dores crônicas, reduz o stress e a fadiga e desenvolve a força muscular. Mas, ainda que o método carregue inúmeras qualidades no currículo, variações que incorporam novas técnicas ao método têm surgido para complementar a modalidade e suprir as necessidades individuais. Conheça as combinações e experimente a sua aula preferida:

Mat pilates: o mais comum em academias é realizado no solo, com movimentos lentos e usa o peso do próprio corpo para executar os exercícios. "Trabalha o controle dos músculos mais profundos e a estabilidade do corpo", diz a personal trainer Juliana Xavier Votta, de São Paulo.

Pilates studio: o genuíno, conta com diversos aparelhos e camas com molas que facilitam a execução de alguns movimentos. Indicado para iniciantes, pessoas idosas ou em recuperação, também possibilita um treino mais pesado para os experientes.

Aeropilates: combina exercícios aeróbios, como caminhada, corrida ou bike, com o mat pilates. "A modalidade melhora o condicionamento cardiovascular, o equilíbrio postural, a coordenação e a flexibilidade", conta Guilherme Veiga Guimarães, especializado em fisiologia do exercício pelo Incor-HCFMUSP, de São Paulo.

Pilates no tecido: usa os princípios do Pilates com elementos de acrobacia circenses. "A combinação de exercícios de mat e studio ajuda a realinhar o corpo e os movimentos corporais antigravitacionais aumentam os espaços intervertebrais", diz Guilherme. Os movimentos são mais desafiadores, melhoram a consciência corporal, a força muscular, capacidade física, flexibilidade e mobilidade articular.

Xtend Barre: perder peso, ganhar formas e postura de bailarina são alguns dos benefícios da atividade, que permite a queima de até 450 calorias em 55 minutos. "Os resultados aparecem rapidamente, em dez aulas. A força, concentração e o equilíbrio do pilates são mesclados aos exercícios do balé clássico, só que de maneira adaptada, mais anatômica", diz a professora de educação física Audrea Regina Ferro Lara, detentora da marca no país.

Power plate pilates: "Na plataforma vibratória, abdominal, elevação pélvica, prancha e outros exercícios do pilates ficam mais intensos e aceleram o ganho de tônus muscular", fala a fisioterapeuta Andréia Ribeiro, do estúdio Equilibrium Pilates, em São Paulo.

Garuda: inventado por um professor indiano que já deu aula para a Madonna, combina movimentos do pilates, da ioga e do gyrotonic em um treino feito com um aparelho próprio ou no solo. "As posições reproduzem o que você realiza no reformer, barril e cadillac, mas são únicas e desafiam também a capacidade aeróbica", descreve a professora Maria Ceiça Diniz, do Personal Studium, em São Paulo.

Pilates + jazz + boxe: a academia Runner adicionou dança e luta ao método e criou uma aula de 45 minutos que trabalha força, resistência aeróbica, flexibilidade e equilíbrio e queima pelo menos 400 calorias. "Na aula Runner Trio, você repete saltos, socos, chutes e exercícios dinâmicos e isométricos em blocos coreografados", fala Saymon Lopes, um dos idealizadores da aula.

Pilates Walker: a ideia da técnica criada pela fisioterapeuta Barbara Reginato, de Rio Claro (SP), reproduz os exercícios do pilates somados à caminhada. "Do umbigo para baixo, você caminha; para cima, exercita os braços e o tronco usando toning ball, faixa elástica e fitness circle, sempre com o abdômen ativado e as escápulas contraídas, regras no pilates", diz. O desafio compensa: Barbara fez o cálculo e concluiu que o gasto calórico é 35% mais alto do que na caminhada.

Pilates Funcional: elementos do RPG e ioga, entre outras técnicas de conscientização corporal, somam-se aos do pilates para reforçar a fixação da postura correta. "A adaptação respeita a individualidade biológica de cada um, exigindo o uso da força muscular, flexibilidade e concentração", explica Everton Batista, personal trainer do Espaço Beleza Social - Estética e Mat Pilates.

Yogapilates: exercícios que trabalham a respiração da ioga (o aluno inspira esvaziando totalmente a caixa torácica e a região abdominal) e do pilates (o abdômen é contraído o tempo todo junto com os movimentos corporais). "A execução é precisa e bem calculada, com sequências dinâmicas e sincronizadas com a respiração", diz Everton.


Standing pilates: criado com o objetivo de controlar os altos índices de osteoporose nos EUA, o método aperfeiçoa a postura ortostática (em pé). "Ele desenvolve e trabalha intensamente o desequilíbrio do corpo, estimulando a recuperação durante a execução dos movimentos. Esse trabalho melhora o metabolismo ósseo do praticante", esclarece Elaine de Markondes, médica, fisioterapeuta e Master Trainer em Pilates do Núcleo do Corpo.

DIFERENÇAS ANATÔMICAS ENTRE O SISTEMA RESPIRATÓRIO DO ADULTO E DA CRIANÇA

Esta postagem é alvo de constantes atualizações!!!!.
Hoje publico um resumo rápido sobre as diferenças anatômicas entre as vias aéreas da criança e o adulto. Resolvi abordar diferenças que costumam não ser valorizadas. Geralmente se dá mais atenção ao formato do gradil costal e ao fato do diafragma tender a ser mais horizontal, por isso resolvi falar somente das vias aéreas. fico devendo outro post sobre o diafragma. De fato existem muitas diferenças anatômicas e fisiológicas entre neonatos, crianças e adultos. O conhecimento dessas diferenças é essencial para o fisioterapeuta que pretende se especializar em pediatria.

Cabeça e Vias Aéreas Superiores.




Comparada ao resto do corpo, a cabeça da criança é proporcionalmente maior do que a do adulto (Figura ao lado) O peso da cabeça pode causar uma flexão aguda da coluna cervical em crianças com baixo tônus, e esta flexão tende a obstruir a passagem de ar. Neste sentido, é interessante saber que a hiperextensão cervical facilita a passagem de ar. Por isso que bebês com esforço respiratório tendem a hiperextender a cervical e algumas vezes até o tronco. (fiquem alertas para não confundir isto com um opistótono!) Apesar da cabeça ser maior, a passagem nasal é proporcionalmente menor do que a de um adulto. Isto torna a entubação nasal em crianças mais difícil e arriscada.
A laringe encontra-se anatomicamente mais superior no pescoço do que nos anos seguintes, a glote localiza-se entre C3 e C4 e é mais afunilada do que a de um adulto. A epiglote infantil é mais longa, menos flexível e mais horizontal. Desta forma, durante a deglutição a laringe provê uma conecção direta com a nasofaringe. Isto cria duas passagens praticamente separadas, uma para a respiração e outra para alimentação, permitindo a criança que respire e alimente-se ao mesmo tempo. É importante enfatizar que a mucosa da via aérea superior da criança é fina e facilmente traumatizável. Aspirações freqüentes e contínuas podem causar edema e obstrução destas áreas. Além disto, a estimulação mecânica da laringe na criança pode resultar em estimulação vagal e bradicardia.




Vias Aéreas de Condução
As vias aéreas de condução são aquelas que contém epitélio ciliado. Estendendo-se da traquéia aos Bronquíolos respiratórios. O conhecimento da propriedades estruturais e funcionais da via aérea é de grande importância clínica pelo simples fato de que patologias da via aérea periférica representam uma fonte comum de problemas respiratórios na infância.
As vias aéreas de condução na criança são menores e mais estreitas do que as do adulto. A traquéia do recém-nascido tem aproximadamente 5 a 6 cm de comprimento e 4mm de diâmetro, enquanto em pretermos pequenos, ela pode medir apenas 2cm de comprimento e 2-3mm de diâmetro. As vias aéreas aumentam de largura e comprimento com a idade. No entanto, parece haver evidências de que as vias aéreas distais têm um ritmo de crescimento mais lento do que as durante os primeiros 5 anos de vida. Estas vias relativamente mais estreitas até a idade de 5 anos é presumivelmente responsável pela alta resistência periférica ao fluxo aéreo neste grupo. A lei de Poiseuille estabelece que a resistência ao fluxo de ar em um tubo é inversamente proporcional à quarta potência do raio (r) do tubo. Portanto, uma pequena redução no calibre da via aérea doa criança devido à inflamação ou edema pode levar à um aumento muito grande na resistência da via aérea periférica. Este fenômeno explica porquê infecções virais das vias aéreas inferiores (periféricas) representa uma grande ameaça à recém-nascidos e crianças pequenas.
O suporte cartilaginoso é essencial para a estabilidade das vias aéreas de condução, desde a traquéia até o nível dos bronquíolos segmentares. A fraqueza relativa da estabilidade cartilaginosa em crianças comparada à de adultos leva ao fenômeno de compressão dinâmica da trquéia em situações associadas à altos fluxos expiratórios e aumento da resistência à passagem de ar, tais como ocorrem na bronquilite, asma ou mesmo durante o choro. A árvore traqueobrônquica de um recém nascido é mais complascente, e até a idade de 5 anos, a estrutura bronquiolar tem poucas fibras elásticas. Portanto, a via aérea da criança é mais propensa ao colapso.

Parede torácica e musculatura
O gradil costal do recém nascido é composto principalmente por cartilagem e tem alta complascência. Durante períodos de esforço respiratório, a parede torácica da criança é facilmente tracionada para dentro. Esta retração da parede torácica pode ser observada acima do esterno (retração de fúrcula esternal), abaixo do esterno (retração sub ou infra esternal) e também entre as costelas (retração intercostal). Ao contrário do adulto, a musculatura torácica da criança é imaturae não garantem um bom suporte estrutural e nem ventilatório. Além disto, as costelas da criança são horizontalizadas. Desta foram, o diâmetro A-P do tórax modifica-se pouco durante a inspiração, isto sobrecarrega o diafragma, o qual move-se principalmente para cima e para baixo, sendo que este movimento tem pouco efeito no aumento das dimensões laterais do tórax. Além disto, vísceras abdominais proporcionalmente maiores limitam a excursão vertical.

FISIOLOGIA DO DESENVOLOVIMENTODO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Ventilação alveolar.
Fisiologia do desenvolvimento
As vias aéreas de condução possuem epitélio ciliado em toda a sua extensão. Em última análise, estendem-se da traquéia ao bronquíolo respiratório. Análise das propriedades estruturais e funcionais da via aérea é de gtrande importância clínica pelo fato de que a afecção das vias aéreas periféricas representam uma causa comum de doenças respiratórias na infância. A formação das vias aéreas de condução acontece entre a 4a e a 16a semanas de gestação, durante o estágio pseudoglandular do desenvolvimento pulmonar. (Bucher U, Reid L. Development of the intra-segmental tree: the pattern of brnaching development of cartilage at various stages of intra-uterine life. Thorax 1961:16:207) O crescimento intra uterino das vias aéreas de condução pode ser inibido por uma hérnia diafragmática, lresultando em hipoplasia pulmonar e grande sofrimento respiratório ao recém-nato (Kitagawa M, et al. Lung Hypoplasia in congenital diaphragmatic hernia. A quantitatiuva study of airway, artery and alveolar development. Br J Surg 1971:58:342) . mesmo após a correção da hérnia diafragmática ao nascimento, o porgnóstico de sobrevivência permanece grave, pois o crescimento vias aéreas de condução já não ocorre após o nascimento, assim, a hipoplasia pulmonar permanece irreversível.

Com a idade, as vias aéreas aumentam seu comprimento e diâmetro. No entanto, o crescimento das vias aéreas distais é mais lento do que o das vias aéreeas proximais durante os primeiros 5 anos de vida (Hogg JC. Age as a factor in the distribution of lower-airway condutance and in the pathologic anatomy of obstructive lung disease. N Engl J Med 1970: 282:1283) Este estreitamento relativo das vias aéreas até a idade dos 5 anos, é possivelmente responsável pela alta resistência periférica nesta faixa etária. A resistência ao fluxo de ar é inversamente proporcional à quarta potência do raio de um tubo (Lei de Poiseuille): Portanto, uma pequena redução no calbre da via aérea da criança cusado, por exemplo por inflamação ou edema, pode levar à uma umnto significativo na resistência à passagem de ar. Este fenômeno explica porque infecções virais das vias aéreas inferiores é uma grande ameaça aos lactentes e crianças pequenas. (Hogg JC. Age as a factor in the distribution of lower-airway condutance and in the pathologic anatomy of obstructive lung disease. N Engl J Med 1970: 282:1283)

O suporte cartilaginoso é essencial para a estabilidade das vias aéreas de condução desdee a traquéia até o nível do bronquíolo segmentar. Após o nascimento, as cartilagens aumentam em número até os 2 meses de idadee então passam a cresscer em ralação à área total pelo restante da infância. A relativa fraqueza do suporte cartilaginoso em crianças, comparado com o de adultos pode levar à compressãoi dinâmica da traquéia em situações associadas a altos fluxos expiratórios e aumento da resistência aérea , como na bronquiolite, asma ou mesmo durante o choro. A pressão transmural da traquéia intratorácica diminui durante a expiração forçada e é a principal causa da compressão dinâmica (Wittenborg MH et al. Tracheal dynamics in infants with respiratory distress, stridor , and collapsing trachea. Radiology1967:88:653 )

Após o nascimento, ocorre um aumento dramático no número de alvéolos (Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329) dos 20 milhões de sacos alveolares presentes ao nascimento (20), para cerca de 300 milhões de alvéolos na idade de 8 anos(Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329).

Embora a multiplicação alveolar seja o mecanismo predominante de crescimento pulmonar, o aumento de tamanho dos alvéolos individuais é também um fator a ser levado em consideração. O diâmetro médio de um alvéolo é 150-180 m aos 2 meses de idade. Em adultos, o diâmetro aumenta para 250-300 m (Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329) O menor tamanho alveolar em crianças é responsável pela maior predisposição ao colapso alveolar de crianças.

Esta tremenda expansão no número e nas dimensões resulta em um consequente aumento da área de superfície alveolar durante a infância. Ao nascimento, a área de superfície alveolar é de 2.8 metros quadrados (Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329). Aos 8 anos de idade, a criança tem uma superfície alveolar de 32 metros quadrados, e no adulto esta superfície alcança os 75 metros quadrados (Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329). embora a área de superfície seja apenas um dos muitos fatores determinantes da capacidade de difusão de O2 é digno de nota que a capacidade de difusão da criança varia entre 1/3 a 1/2 do que a do adulto, mesmo quando esta proporção é normalizada em relação à superfície corpórea (14).

O pulmão adulto possui canais anatômicos que permitem a ventilação à áreas distais a um uma via aérea obstruída ou "ventilação colateral". Três estruturas forma descritas: (a) interalveolar (poros de Kohn), (b) bronquíolo-alveolar (cnais de Lambert) e (c) interbronquilar. Embora a presença de ventilação colateral em recém nascidos tenah sido defendida baseada em radiografias (15), Não foram identificadas estruturas responsáveis por ventilação colateral em estudos histológicos. Portanto, assume-se que a ventilação colateral não se desenvolve até o final da infância. Os poros de Kohn surgem em algum momento entre o pormeiro e o segundo ano de vida (16)O canais de Lambert surgem com cerca de 6 anos (17). Os canais interbronquiolares não foram encontrados em pulmões humanos normais; no entanto, eles podem se desenvolver na presença de doenças (16). Sem a ventilação colateral, presume-se que as crianças tenham mais risco de desenvolver atelectasias ou mudanças enfisematosas, e poretanto alterações na realção ventilação perfusão.

Durante o período de desenvolvimento das vias aéreas e dos alvéolos, o sistema respiratório infantil é deficiente em diversas formas; todavia, existe uma distinta vantagem no desenvolvimento alveolar contínuo. uma vez que um porcesso de doença resulta em destruição de uma porção do pulmão infantil, sua área de superfície irá se expandir com o tempo para a troca gasosa. Uma destruição pulmonar semelhante no adulto é improvável de conseguir levar ao crescimento compensatório como observado na infância.

Efeitos da pressão pleural sobre a distribuição de gases
Entre os fatores que governam a distribuição do gás inspirado, a variação na pressão pleural é de especial importânica. Durante a respiração espontânea, a maior parte do gás é direcinado para regiões dependentes dos pulmões. Embora o mecanismo exato ainda não esteja desvendado, assume-se que a força gravitacional gera áreas de pressão intrapleural (Ppl.) menores (mais negativas) nas bases do que nos ápices pulmonares. A Pressão alveolar P.alv permanece constante em todas as regiões do pulmão. Entretanto as pressões de distenção transpulmonares (Palv - Ppl) é reduzida em regiões dependentes. Uma Pressão de distenção transpulmonar reduzida implica em um volume pulmonar reduzido nestas regiões do pulmão. Se traçarmos um gráfico relacionando a pressão transpulmonar com o volume pulmonar veremos que estes alvéolos menores, localizados nas regões dependentes do pulmão, estarão em uma parte ingreme da curva. Assim, uma pequena mudança na pressão transpulmonar implica em grande mudança no volume alveolar (FIG abaixo). Consequentemente uma grande porção do volume corrente é direcionada para alvéolos em regiões dependentes durante a respiração, com a inspiração se iniciando ao nível da Capacidade Residual Funcional (CRF). Este direcionamento é positivo, uma vez que grande parte do fluxo sanguíneo pulmonar também é direcionado para regiões dependentes do pulmão, deixando assim, a relação entre a ventilação e a perfusão mais próxima.
Efeitos das mudanças na pressão pleural do ápice até a base do pulmão. A pressão pleural aumenta do ápice para a base. Com o aumento da pressão pleural, os alvéolos se tornam menores nas bases. Alvéolos menores estão localizados na parte mais ingreme da curva pressão-volume (complacência), e portanto uma dada variação na pressão transpulmonar produz um grande aumento de volume nos alvéolos menores.
Entretanto, é possível que os volumes pulmonares estejam tão reduzidos abaixo da CRF que pequenos alvéolos e vias aéreas localizados em regiões dependentes do pulmão estejam "fechados". O volume pulmonar em que este fenômeno acontece é denominado "capacidade de fechamento". A relação entre a CRF e a capacidade de fechamento determinam, em grande extensão, a relação ventilação X perfusão e, portanto, a PaO2 (CRAIG DB et al. Closing volume and its relationship to ga exchange in seated and supine positions. J Appl Physiol 1971:31:717) Este fato é extremamente relevante para aprática clínica, uma vez que muitas das doenças respiratórias pediátricas podem ser vistas como alterações da CRF, da Capacidade de Fechamento, ou de ambos.

PILATES: SAIBA TUDO SOBRE OS DIFERENTES MÉTODOS DO EXERCÍCIO E VEJA O MAIS EFICAZ

Pilates solo e com aparelhos são as duas melhores técnicas dos exercícios, que deve ser praticado em estúdios específicos para se conquistar um bom resultado em menos tempo
O pilates se transformou em um dos exercícios físicos mais amados do Brasil. Por ano, mais de 200 estúdios especializados são abertos no país, conquistando adeptos e fãs desta técnica desenvolvida pelo alemão Joseph Pilates na década de 1920.

Com o seu sucesso, diversas vertentes foram desenvolvidas, mas nem sempre são tão eficazes como a tradicional. Pensando nisso, entrevistamos uma fisioterapeuta e instrutora de pilates que tirou todas as dúvidas sobre as diferenças técnicas que existem da prática. Confira a seguir!

1- Quantos tipos de Pilates existem?

“Na verdade existem apenas duas formas. O Mat pliates (somente solo) e pilates completo (solo e aparelhos). Agora, fala-se muito sobre o pilates power, mas é na verdade um nome comercial, uma vez que o método é um só. É um nome que determinados lugares dão para terem um diferencial”, afirma a fisioterapeuta e instrutora de pilates Thais Lopes de Faria.

2- Qual é a diferença entre eles? Quais são os benefícios e os riscos de cada um?

“O pilates de maneira geral torna o corpo mais flexível, alongado e forte. Melhora a postura, a consciência corporal e a concentração. Isso é comum nos dois tipos. Nos aparelhos a pessoa conta com as molas, que podem facilitar ou dificultar determinado movimento, e existe a própria estrutura do equipamento que ajuda na manutenção da postura durante os exercícios. Já o pilates solo depende da força do próprio corpo para realizá-lo e a manutenção da postura e equilíbrio também são apenas com o esforço físico. Além disso, como não há nenhum tipo de auxílio, o risco de lesões aumenta”.

3- Há diferenças entre praticar pilates em estúdios específicos, clubes ou academias?

“Quando o pilates é feito em um estúdio especializado, a quantidade de alunos não passam de 4 por aula. Em academias ou clubes geralmente não há limites para o número de alunos, o que dificulta a supervisão da prática, o que pode interferir na segurança e eficácia do pilates”.

4- Dá para praticar pilates na academia de um prédio, por exemplo?

“Sim, somente a modalidade de pilates solo. Como os acessórios são facilmente carregados para qualquer local, e não é necessário um grande espaço. É possível praticar até mesmo num quarto de hotel durante uma viagem.”

5-Existe Pilates na água?

Sim. No entanto, na água não há a ação da gravidade, o que torna a prática menos eficaz. Ela é indicada em casos onde o aluno apresenta muita dor e ainda não possui força muscular para executar determinados movimentos contra a ação da gravidade.

6-Qual é o tipo de prática mais recomendada para alguém que não pratica atividade física há algum tempo?

Com a orientação adequada, qualquer modalidade pode ser realizada por um aluno iniciante, já que no solo e com aparelhos existem exercícios de nível básico, intermediário e avançado. Como o pilates solo é mais difícil para ser executado, julgo imprescindível o acompanhamento individual.

SAIBA POR QUE O PILATES É UM GRANDE ALIADO NO COMBATE A HÉRNIA DE DISCO

A dor lombar é um dos problemas mais comuns da sociedade moderna. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a incidência de lesões no tronco é muito alta no país e, em geral, de 60% a 80% da população já sofre ou sofrerá de dores na coluna em algum momento da vida.

Mas os sintomas, como dores no braços e nas pernas e diminuição de força e atrofia de musculatura, podem ser minimizados com exercícios físicos que buscam fortalecer, equilibrar e alongar a musculatura da coluna vertebral, como o Pilates.

Dos cerca de 5,5 milhões de brasileiros que possuem hérnia de disco — doença degenerativa da coluna vertebral — muitos têm recorrido ao método como auxílio na reabilitação. Bastante eficaz no tratamento, tanto a longo como em curto prazo, o Pilates atua em todas as fases da hérnia de disco, proporcionando a melhora dos sintomas e evitando a reincidência da doença.

Segundo o fisioterapeuta e professor de pilates Vinicius Zacarias, durante as aulas, são realizados exercícios que seguem os princípios básicos do método, como a contração dos músculos abdominais associado à respiração, que proporcionam a estabilização da coluna lombar e, consequentemente, a diminuição da dor.

Não é à toa que a técnica cada vez mais cresce no Brasil e vem sendo utilizada não só como condicionamento físico, mas também como terapêutico.

— O Pilates é um condicionamento tanto físico quanto mental e, por ser completo, abrange o corpo de maneira uniforme. Isso acaba por fortalecer, equilibrar e alongar a musculatura da coluna vertebral, trazendo um maior alinhamento e, em determinados casos, uma diminuição das tensões existentes. Isso gera um alívio de pinçamentos e compressões dos discos, o que estimula a circulação na região — explica o professor.

E não há nenhuma restrição quanto à prática regular dos exercícios por quem sofre com a hérnia de disco, seja na fase aguda, subaguda ou crônica, desde que sejam orientados por um profissional qualificado. Na fase inicial da doença, ele é geralmente associado a outras técnicas fisioterapêuticas como, por exemplo, a osteopatia e a reeducação postural global (RPG).

Na fase subaguda são feitos exercícios com a coluna lombar apoiada no chão ou nos aparelhos, como o reformer e o cadillac, e, progressivamente, incluem-se os exercícios que evitam as rotações de tronco e o esforço da musculatura tônica.

Já na fase crônica, o método Pilates é de grande importância para tratar as compensações, os encurtamentos musculares, as hipomobilidades, trabalhar a postura e o equilíbrio.

— Inicialmente, o aluno passa por uma avaliação postural e por uma anamnese, onde são detectados os desvios posturais, desequilíbrios musculares e as dores relatadas pelo próprio aluno. A partir daí é que será montado um programa de treinamento específico, com objetivos pré-determinados e sempre respeitando as restrições ou limitações de cada um — ressalta Zacarias.

Mente e corpo em equilíbrio

O Pilates enfatiza muito o controle da mente sobre o corpo, bem como a suavidade, precisão e harmonia com que os movimentos devem ser realizados. Ele é baseado em seis princípios: respiração, centro de força (power house), concentração, controle, precisão e fluidez.

Respiração

A respiração deve ser sempre coordenada com o movimento e, se adequada, favorece a organização do tronco, a sustentação lombo-pélvica e o relaxamento da musculatura inspiratória dos ombros e do pescoço.

Centro de Força (Power House)

É um conjunto de músculos responsáveis pela sustentação da coluna e dos órgãos internos. O fortalecimento desta musculatura proporciona a estabilização do tronco e um alinhamento biomecânico com menor gasto energético.

Concentração

Deve-se dar atenção e importância a todas as partes do corpo para que o movimento seja realizado com a maior eficiência possível. É a transformação de um pensamento em movimento.

Controle

É o melhor recrutamento da musculatura desejada. Visa um padrão suave e harmônico de movimento. O aprendizado motor também faz parte dos objetivos e benefícios do Pilates e está diretamente relacionado com o princípio da concentração.

Precisão

Diz respeito ao refinamento do controle e equilíbrio dos diferentes músculos envolvidos num movimento, sem gasto desnecessário de energia a partir de contrações inadequadas, sejam elas exageradas ou deficientes.

Fluidez


A fluidez e leveza dos movimentos permitem a utilização apenas da energia necessária para o movimento, sem desperdício. Os movimentos não têm início, meio ou fim. Desta forma, o organismo aproveita a fase concêntrica e excêntrica dos exercícios, resultando num treino equilibrado e funcional e protegendo os tecidos de possíveis desgastes prematuros. 

Mitos e Lendas da Fisioterapia - Dor articular e Mudanças no tempo, existe relação?

“- Minha artrose sempre dói quando o tempo vira”.
Provavelmente você conhece alguém que jura ser capaz de fazer previsões meteorológicas a partir da dor no joelho ou em alguma outra parte do corpo. Mas será que existe alguma explicação científica plausível para justificar este fenômeno?
  

Apesar de parecer um assunto banal, estamos na verdade diante de uma questão bastante complexa pois se trata de investigar uma relação de causa e efeito. Diga-se de passagem, uma das mais difíceis de se comprovar.
A pergunta primordial “Mudanças no tempo geram dor em pessoas com problemas articulares?” (daqui em diante chamarei de alterações meteorológicas) esconde uma série de vieses e armadilhas, como por exemplo: o que entendemos por mudanças meteorológicas? devemos considerar apenas a relação da dor com a presença de chuva ou também a mudança de temperatura (tanto para frio quanto para calor)? mudanças da pressão atmosférica? acúmulo de cargas elétricas na atmosfera? fases da lua? raios cósmicos? flutuações do campo magnético da Terra? Ou será que devemos ver tudo isso e mais o horóscopo chinês do dia? Além disso, de quais problemas articulares estamos falando? traumas, doenças reumatológicas ou doenças degenerativas?
Uma outra armadilha bem mais sutil envolve a percepção seletiva: Será que as pessoas associam dor e mudança meteorológica simplesmente por estarem mais atentas a dor quando o tempo vira, muito embora também sintam dor mesmo com o tempo estável? Ficou meio confunso, né? Vou tentar explicar melhor com um outro exemplo: É um fenômeno relativamente bem conhecido o fato que mulheres grávidas relatam perceber outras mulheres grávidas em todos os lugares. Isso acontece por causa da percepção seletiva. Grávidas ficam mais atentas a outras mulheres na mesma condição.

Hipóteses e explicações:
Existem algumas hipóteses que tentam explicar fisiologicamente o porquê pessoas com problemas articulares sentem dor com a mudança do tempo. Vamos ver algumas:
#1- A mais tradicional refere-se a pressão atmosférica. Se temos uma articulação propícia ao edema (como no caso de trauma recente, doenças reumatológicas ou artrose), uma queda na pressão atmosférica teria um efeito sobre a articulação, permitindo um extravasamento de líquidos (efeito contrário da hidroterapia, quando o aumento da pressão externa ao corpo, preveniria os edemas). Como existem terminações nervosas nos tecidos, ao edemaciar, estes nervos seriam estimulados gerando dor.
#2 – Queda na temperatura também pode causar dor, pelo fenômeno de Raynaud. O frio geraria uma vasoconstricção, mais uma vez afetando as terminações nervosas e gerando dor.
#3 – Uma explicação mais holística e mais elegante diz que pessoas idosas ou com restrição ao movimento tendem a evitar sair de casa (algumas vezes evitam sair da cama também) quando chove ou quando está frio. Sedentarismo é um fator reconhecidamente relacionado a piora das dores de pacientes com doenças reumatológicas.
#4 - Uma quarta explicação faz referência a dor nos ossos fraturados. Diz que o foco de fratura sofre dilatação e constricção com as mudanças da temperatura ambiente (igualzinho uma viga de construção civil). Na minha opinião (posso até estar errado, mas neste momento me permito uma certa arrogância) esta explicação é muito viajante, pelo simples fato do interior do corpo manter sua temperatura interna relativamente constante.



O que a literatura científica diz
Fiz uma busca simples no Google com os seguintes termos: Wheather+Pain+Osteoarthritis+pdf e uma segunda busca com os termos: Dor+Artrose+”mudança de tempo”+pdf.
Encontrei vários artigos, mas para não alongar muito esta postagem, vou comentar apenas os dois artigos recentes. Um sobre artrite e outro sobre fibromialgia. Mas no final da postagem tem um link para os outros trabalhos pesquisados.



Influência de elementos meteorológicos na dor de pacientes com osteoartrite: revisão da literatura
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v51n6/v51n6a08.pdf
Neste artigo os autores analisaram 8 artigos envolvendo osteoartrose e artrite reumatóide, mas não foi possível observar um consenso com relação ao efeito das alterações meteorológicas. Um trecho interessante da discussão vale a pena ser destacada: “Na literatura visitada, o maior erro no desenho do estudo, além do tamanho amostral, foi a impossibilidade de manter os indivíduos participantes desinformados sobre as variações meteorológicas do período em que deveriam responder ao questionário. Presume-se que os indivíduos, em algum momento, tenham tomado conhecimento das condições e previsões do tempo pelos meios de comunicação. Essa informação poderia ter se refletido inconscientemente na propensão a relatar a dor da osteoartrose”
Os autores relatam também que apesar dos resultados conflitantes, as pesquisas mais recentes apontam para a existência de relação entre mudanças climática e dor.

Influence of Weather on Daily Symptoms of Pain and Fatigue in Female Patients With Fibromyalgia: A Multilevel Regression Analysis (somente abstract)
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/acr.22008/full

Este trabalho conclui que existem mais evidências contra do que a favor da influência de mudanças meteorológicas na dor e fadiga de mulheres com fibromialgia, muito embora algumas das pesquisadas pareçam ser mais sensíveis a alterações climáticas, esta não parece ser uma característica comum a toda a amostra de pacientes pesquisadas.


Conclusão
As pesquisas não são conclusivas. Mas permitam-me algumas observações:
#1- Se o seu, ou sua paciente diz que sente dor quando o tempo muda, ACREDITE ! Faz parte da relação terapeuta-paciente estabelecer confiança e empatia. Além disso, se ela está convicta que sente dor quando o tempo muda, você realmente acredita que é capaz de fazê-la mudar de idéia?
#2 – Eu tenho o ligamento cruzado parcialmente rompido e de fato sinto dor quando o tempo muda. Só que não é sempre. Muitas vezes o tempo vira e não sinto nada, e muitas vezes também sinto dor com o tempo estável. Então posso dizer que ao menos no meu caso não é possível estabelecer uma relação entre dor e meteorologia.


Referências:

http://rheumatology.oxfordjournals.org/content/42/8/955.full.pdf

http://ard.bmj.com/content/61/3/247.full.pdf+html

http://www.pnas.org/content/93/7/2895.full.pdf

http://www.mobilityfit.ca/Weather-and-Joint-Pain.pdf

http://www.painphysicianjournal.com/2007/march/2007;10;387-388.pdf

A Fisioterapia e o atraso no desenvolvimento


O desenvolvimento motor é considerado como um processo sequencial, contínuo e relacionado à idade cronológica, pelo qual o ser humano adquire uma enorme quantidade de habilidades motoras, as quais progridem de movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente organizadas e complexas.

O atraso global no desenvolvimento neuropsicomotor é definido como um atraso significativo em várias partes do nosso desenvolvimento, podendo afetar a motricidade fina, motricidade grossa, linguagem, cognição, interação social e ainda as atividades de vida diária.

Ela nasce sem a integração dos sistemas que ainda estão se formando, a partir da maturação do SNC é que ela começa adquirir novas habilidades. Os primeiros anos de vida são considerados críticos para o desenvolvimento infantil, já que há maior plasticidade cerebral, o que favorece o desenvolvimento de todas as potencialidades da criança.

Sabe-se que o processo de desenvolvimento ocorre de maneira dinâmica e é suscetível a ser moldado a partir de inúmeros estímulos externos. A interação entre aspectos relativos ao indivíduo, como suas características físicas e estruturais, ao ambiente em que está inserido e à tarefa a ser aprendida são determinantes na aquisição e refinamento das diferentes habilidades motoras.

O desenvolvimento motor atípico não se vincula, obrigatoriamente, à presença de alterações neurológicas ou estruturais. Mesmo crianças que não apresentam sequelas graves podem apresentar comprometimento em algumas áreas de seu desenvolvimento neuropsicomotor. Estudos descrevem prejuízos mais comumente ligados à memória, à coordenação visuomotora e à linguagem.

Neste sentido, crianças com desenvolvimento motor atípico, ou que se apresentam com risco de atrasos, merecem atenção e ações específicas, já que os problemas de coordenação e controle do movimento poderão se prolongar até a fase adulta. Além disso, atrasos motores frequentemente associam-se a prejuízos secundários de ordem psicológica e social, como baixa autoestima, isolamento, hiperatividade, entre outros, que dificultam a socialização de crianças e o seu desempenho escolar.


O fisioterapeuta tem um papel fundamental no diagnóstico e tratamento de distúrbios do desenvolvimento, avaliando e identificando qualquer alteração no quadro neuropsicomotor. A intervenção deste profissional visa estabelecer e/ou restabelecer a funcionalidade do movimento, trabalhando no sentido de ensinar para a criança posturas e movimentos funcionais, mostrando a importância deste movimento como função e não como “fazer o movimento só por fazer”. Trabalhamos principalmente através da promoção de experiências motoras adequadas. Com a fisioterapia sendo oportunizada precocemente, é possível trabalhar esse processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que a criança com atraso do DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor) se torne apta a responder às suas necessidades e às do seu meio de acordo com o seu contexto de vida.

A fisioterapia e o Brincar



A arte de brincar é encontrada na criança quase como algo inato, verdadeiramente espontâneo, absolutamente criativo. Ela manifesta-se na maioria das vezes através das brincadeiras.

Estudos já comprovaram a importância do brincar para o desenvolvimento sensório-motor e intelectual da criança, assim como sua importância no processo de socialização, no desenvolvimento e aperfeiçoamento da criatividade e auto-consciência. Tem também um importante papel na formulação dos valores morais. Estudos afirmam que “(...) brincar é um dos aspectos mais importantes na vida de uma criança e um dos instrumentos mais eficazes para diminuir o estresse”.

Ao brincar a criança libera sua capacidade de criar e reinventa o mundo, libera afetividade e através do mundo mágico do “faz-de-conta” explora seus próprios limites e parte para uma aventura que poderá levá-la ao encontro de si mesma.

A literatura tem registrado a superioridade da abordagem por meio da dramatização quando comparada com a unicamente verbal. Através da primeira, podemos nos comunicar com as crianças, informando-as de forma mais compreensível o tratamento da Fisioterapia e prepará-las para enfrentar situações novas.

A fisioterapia na área de pediatria tem como base a avaliação, o planejamento e a execução do programa, as orientações e as reavaliações periódicas. O início da fisioterapia geralmente ocorre por meio da avaliação, buscando identificar as limitações, as dificuldades, as alterações, as capacidades, os interesses e as necessidades de cada criança. A presença das atividades lúdicas deve ocorrer de maneira intencional e planejada pelo fisioterapeuta, durante os atendimentos. Fujisawa (2000) refere que a presença do lúdico na fisioterapia caracteriza-se como uma atividade-meio, ou seja, um recurso que tem como finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos. Embora para a criança a atividade lúdica possa ser considerada como brincar, busca-se o alcance dos objetivos estabelecidos.

Estudos ressaltam que os brinquedos e os jogos são componentes essenciais no atendimento de crianças e que a sua utilização de maneira correta torna a fisioterapia eficaz.

Segundo Burns e Macdonald (1999), o brincar deve ser utilizado ao máximo, em todos os procedimentos, como uma estratégia útil para incentivar a participação da criança na realização das atividades desejadas na fisioterapia.


Dessa forma, os jogos e as brincadeiras podem estar presentes tanto na avaliação, quanto nos atendimentos de fisioterapia. Vale destacar que quando as atividades lúdicas são dirigidas pelo adulto com o objetivo de promover e potencializar a aprendizagem, surge a dimensão educativa. 

Combate a Obesidade



Diante de um problema que vem adquirindo proporções epidêmicas, ações como combater e prevenir tornam-se urgentes.

Segundo projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015, cerca de 2,3 bilhões de adultos vão estar com sobrepeso e mais de 700 milhões serão obesos.

No Brasil, os números atuais mostram que a obesidade já é um problema de saúde pública. "O excesso de peso acomete 40% da população brasileira, aumentando o risco de doenças como hipertenção, diabetes, colesterol alterado entre outras", afirma o presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Dr. Márcio Mancini, responsável pelo Departamento de Obesidade da SBEM.

Atualmente, o índice de crianças brasileiras com sobrepeso já chega a 15%. A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância de uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de frituras e açúcar se refletem no aumento de pessoas obesas, em todas as faixas etárias.


A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Dentre os fatores que causam a obesidade estão os nutricionais, genéticos, fisiológicos, e psicológicos, comportamentais e ambientais.  

Os benefícios da Musicoterapia no tratamento do TEA



Sem dúvida, uma das maiores angústias de pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é a falta da comunicação. Como descobrir o que a criança quer e que o não quer? De que maneira estabelecer laços com um indivíduo isolado em seu mundo?

A Musicoterapia é para a criança autista a primeira técnica de aproximação, pois o enquadre não verbal é o que permite a esta estabelecer os canais de comunicação (BENENZON,1985, p.140). Os processos de aproximação e estimulação da comunicação são facilitados por se poder utilizar não apenas de um elemento textual ou verbal. Música é ritmo, melodia, contraponto, harmonia, a união do elemento verbal e do não verbal. Quando não há a possibilidade de cantar o “miau” de uma canção folclórica, pode-se substituí-lo por uma batida no tambor, o toque em uma tecla no teclado. Musicalmente mostra-se para a criança que existe uma outra via de comunicação. As estereotipias se transformam em padrões rítmicos e/ou melódicos e adquirem um valor estético musical. São construídas melodias para a criança a partir da sua produção. Pequenas canções, as quais a família pode inserir no cotidiano da criança.

Cria-se um ambiente lúdico, onde a música guia as atividades e organiza a cena terapêutica. Cada canção apresentada possui um tempo de duração: há um início, um meio e um fim. A partir dessa percepção temporal, começam a ser trabalhadas noções de limites, tolerância a frustrações e ao tempo de duração de uma atividade musical.


Os instrumentos musicais inicialmente podem ser executados com muita intensidade e de modo desorganizado. E o caos sonoro – para quem está do lado de fora da sala da Musicoterapia - gradualmente será organizado em alternâncias de turnos, trabalhando-se modulações e promovendo a aproximação do Musicoterapeuta com o paciente.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Curso de Anatomia Radiológica


IV CONGRESSO DE FISIOTERAPIA DA UNESP DE MARILIA - O EVENTO



Entre 21 e 23 de novembro acontecerá na UNESP de Marília o IV Congresso de Fisioterapia, cuja programação inclui discussão de temas atuais em avaliação e intervenção na área de reabilitação. Além disso, haverá apresentação de trabalhos científicos, que visa estimular a produção de conhecimentos e recursos tecnológicos para o desenvolvimento da fisioterapia. Venha participar de um dos maiores eventos científicos da região e comemorar conosco os dez anos do Curso de Fisioterapia da UNESP de Marília. Teremos o maior prazer em recebê-los.
PROMOÇÃO
Conselho de Curso de Fisioterapia
Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – DEFITO
Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC – Unesp – Marilia)
COORDENAÇÃO GERAL
Prof. Dr. Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin (Unesp – Marília)
COORDENAÇÃO CIENTIFICA
Prof. Dr. Robison José Quitério (Unesp – Marília)
Publico Alvo
Fisioterapeutas e profissionais da área da saúde;
Estudantes de Fisioterapia

Investimento:
Até 01/11/2013
Congresso
Estudantes R$ 65,00
Outros participantes R$ 75,00

Congresso + Minicurso
Estudantes R$ 95,00
Outros participantes R$ 105,00
Após 01/11/2013 até 16/11/2013

Congresso
Estudantes R$ 75,00
Outros participantes R$ 85,00

Congresso + Minicurso
Estudantes R$ 105,00
Outros participantes R$ 115,00

Inscrições no site: www.fundepe.com
Programação Preliminar (sujeita a alterações)
Dia 21/11 (quinta-feira)
14h00 - 14h30 – Entrega de Material
Local: Anfiteatro
14h30 – 15h - Cerimônia de Abertura
Apresentação do Coral “Vozes do Campo da Usina Viralcool” Maestro – Américo Donizete Batista
16h – Intervalo
16h30 – 17h30
"O profissional resiliente: competências e habilidades para construir uma carreira de sucesso"
Palestrante: Marcelo Brocotó – Universidade São Judas Tadeu
Dia 22/11 (sexta-feira)
8h – 12h – Primeiro dia dos cursos
Curso 1: Fisioterapia Cardiopediatrica (30 vagas/Carga horária: 08 horas)
Palestrantes – Douglas W. Bolzan – Faculdades Metropolitas Unidas (FMU)
Curso 2: Curso conceito Bobath (30 vagas/Carga horária: 08 horas)
Palestrante – Carolina Tarcinalli Souza – Doutorando no Hospital de Reabilitação de Anomalias CranioPalatais (Usp – Bauru)
Curso 3: Terapias Manuais: uma introdução à Quiropraxia (30 vagas/Carga horária: 08 horas)
Palestrantes – André Luiz dos Santos (Especialista em Quiropraxia MCMT; Sócio-proprietário da Clínica Enjoy de Bauru)
Curso 4: Analise Cinemática no Esporte (30 vagas/Carga horária: 08 horas)
Palestrante – Sergio Augusto Cunha (Unicamp)
13h30 às 14h30 (Anfiteatro e Sala 64) – Apresentações orais de trabalhos científicos
14h30 – 15h30 (Sala 64) - Palestra: Estudo Translacional em incontinencia urinária feminina; Gabriela Marini – Doutoranda Unesp Botucatu
Fernanda Piculo - Doutoranda Unesp Botucatu
14h30 – 15h30 (Anfiteatro) - Palestra: Novos treinamentos cinesioterapêuticos para melhora da marcha de idosos;
Nise Ribeiro Marques (unesp – Marilia)
15h30 – 16h – intervalo 16h – 18h - (Sala 64) – Mesa redonda: Recursos para avaliação e recuperação do equilíbrio em idosos–
Mediador - Marcos Scheicher – DEFITO – FFC – Unesp Marília
Palestrante - Sergio Augusto Cunha – Unicamp
Palestrante - Camila Hallal;- Unesp – Rio Claro
Palestrante – Flavia Navega – DEFITO – FFC – Unesp Marilia
16h – 18h - (Anfiteatro) – Mesa redonda: Fisioterapia Cardiovascular em pediatria
Mediador – Robison José Quitério – DEFITO – FFC – Unesp Marília
Palestrante - Lilian Goraieb; Hospital de Base - Funfarme/ Famerp – São José do Rio Preto
Palestrante - Douglas W. Bolzan - Faculdades Metropolitas Unidas (FMU);
Palestrante – Andyara Cristiane Alves – Instituto Dante Pazzanezze
Dia 23/11 (sábado)
08h00 – Colocação dos pôsters
08h00 às 12h00 – Segundo dia dos cursos
Curso 1: Fisioterapia Cardiopediatrica (30 vagas/Carga horária: 08 horas)
Curso 2: Curso conceito Bobath (20 vagas/Carga horária: 08 horas)
Curso 3: Terapias Manuais: uma introdução à Quiropraxia (20 vagas/Carga horária: 08 horas)
Curso 4: Analise Cinemática no Esporte (30 vagas/Carga horária: 08 horas)
13h30 às 14h30 (Anfiteatro e Sala 64) – Apresentações orais de trabalhos científicos
14h30 – 16h30 - (Sala 64) – Mesa redonda: "A manipulação articular como recurso Fisioterapêutico".
Mediador – Marcelo Navega – DEFITO – FFC – Unesp Marília
Palestrante - Karina Gramani Say– Ufscar
Palestrante – André Luiz dos Santos (Especialista em Quiropraxia MCMT; Sócio-proprietário da Clínica Enjoy de Bauru);
Palestrante – Bruno Gonçalves Dias Moreno – Faculdades Adamantinenses Integradas
14h30 – 16h30 - (Anfiteatro) – Mesa redonda: Perspectivas no atendimento da criança com alterações neurológicas
Mediadora –Ligia – DEE – FFC – Unesp Marília
Palestrante – Ana Carla Braccialli (fisioterapeuta da AACD - Rio Preto com formação no método therasuit)
Palestrante – Mirela Moreno Almeida Andrade - Terapeuta Ocupacional - mestranda em Educação Especial
Palestrante – Fernanda Carolina Toledo da Silva - professora de Educação Física - mestranda em Educação Especial - formação em equoterapia na ANDE
16h30 - Encerramento