Faculdade Mario Schenberg

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Resposta do Caso Clínico


Promessa é dívida:


Resposta 1:
D) Lesão da articulação facetária direita C2/C3: a hipótese mais provável é um travamento cervical agudo repentino no nível C2/3 ou abaixo. Um pinçamento do tecido meniscóide interfacetário é uma explicação possível.

Resposta 2:
B) Não: Ainda que não haja indicação de perda de condução do trato neural, é possível que este tecido ainda seja fonte de dor por irritação mecânica ou química.

Resposta 3:
C) Testes de provocação do trato neural: provocar o trato neural e observar sua resposta dá indicação da falta de capacidade deste sistema em suportar forças mecânicas e pode implicá-lo como a fonte de dor.

Resposta 4:
B) Avaliação passiva do movimento fisiológico: esta avaliação lhe dará informação sobre qual ou quais segmentos estão envolvidos e que direção do movimento está mais afetada.

Resposta 5:
B) Na dor mecânica nociceptiva as terminações nervosas podem ser distorcidas por pressões anormais ou tensão dos tecidos. O movimento aumenta este estímulo aumentando a dor. O inicio rápido dos sintomas também sugere este mecanismo. A saber, o mecanismo isquêmico também pode estar presente devido ao espasmo muscular produzindo um ambiente isquêmico.

Resposta 6:
A) BOM.
Já que:
1) o Paciente é jovem e ativo.
2) Não há sintomas neurológicos.
3) Não há história passada de trauma na cervical.
4) A saúde geral do paciente é boa.

Resposta 7:
A) Sim: Deve ser limitado considerando a irritabilidade de sua condição que pode ser assumida por:
1) Presença de postura antálgica.
2) Dor significante com movimentos do pescoço.
3) AVD's limitadas pela dor.
4) Dificuldade em dormir.

Resposta 8:
E) Inclinação para a direita: O paciente tem zero graus de inclinação para a direita, mantém sua cabeça inclinada para a esquerda (posição antálgica) e exibe expressões faciais de dor e desconforto durante este movimento.

Resposta 9:
C) C2/3 direita: O padrão antálgico de rotação e inclinação ipsilateral em típico dos travamento agudos cervicais em cervical média ou baixa. No caso deste paciente a inclinação e rotação para a esquerda procura "tirar a carga" do lado direito afetado. A saber o acometimento de C1/2 costuma se apresentar com inclinação e rotação contralateral (mov. associado padrão), padrão este chamado em inglês de deformidade "cock robin". Os níveis C5/6 ou C7/T1 não correspondem a área sintomática deste paciente.
Resposta 10:
A) C2/3 mobilização em rotação para a esquerda: Um travamento agudo cervical espasmódico irá responder melhor para uma técnica que "abra" o segmento afetado. "Fechar" o segmento ou ir em direção ao bloqueio irá aumentar a dor e o espasmo. As técnicas iniciais devem ser suaves e toleradas pelo paciente. A técnica irá deslizar a superfície articular facetária numa direção ântero-superior em relação a vértebra C3.

Resposta 11:
C) Devem ser feitos de forma terapêutica específica e dentro do limite da dor do paciente: Exercícios terapêuticos são essenciais na reabilitação cervical e para um paciente com disfunções mecânicas / musculoesqueléticas cervicais sem sinais graves ou patologia séria, devem ser inciados o mais breve possível.

Resposta 12:
B) Não: Colar cervical não é indicado. A mobilização precoce resulta em melhor prognóstico para este paciente. Em traumas mais graves (ex: como "Chicote") o colar cervical pode ser usado em início mas deve também ser abandonado o mais breve possível.

Resposta 13:
B) C2/3 manipulação "gap" a direita: A mesma técnica insistida uma segunda vez não deve provocar resultados e a a técnica não deve ser feita para a direita devido ao espasmo. A manipulação "abrindo o segmento" deve ser tentada. A mesma é feita criando inclinação para a esquerda (depois do travamento) abrindo o segmento do lado direito.

Conclusões:
Este paciente foi finalmente tratado. A técnica produziu resultado com a melhor imediata dos sintomas. O paciente recebeu instruções de exercícios específicos e os mesmos devem ser repetidos por alguma semanas para evitar a reincidência. Conselhos sobre o uso da cervical em sua vida diária também foram dados.
O processo de raciocínio clínico forma a base do êxito do tratamento em fisioterapia manipulativa e musculoesquelética  Um paciente não tem sua condição tratada por uma técnica manual bem feita. O sucesso depende da percepção e interpretação do clínico da apresentação subjetiva e física do paciente que definem a escolha da terapêutica. Sugestões sobre outros pacientes são bem vindas para que possamos trabalhar com o processo novamente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário