Juliana Oliveira
Alguma vez você já se perguntou qual foi a primeira coisa que fez ao chegar a este mundo? E antes de partir, qual será sua última ação? As duas perguntas têm a mesma resposta: respirar. Por ser um ato involuntário, muitas pessoas não percebem a importância da respiração. No entanto, ela é considerada a principal função do organismo, afinal, diversas funções fisiológicas só acontecem graças a este ato. Portanto sem a respiração não existe vida.
Alguma vez você já se perguntou qual foi a primeira coisa que fez ao chegar a este mundo? E antes de partir, qual será sua última ação? As duas perguntas têm a mesma resposta: respirar. Por ser um ato involuntário, muitas pessoas não percebem a importância da respiração. No entanto, ela é considerada a principal função do organismo, afinal, diversas funções fisiológicas só acontecem graças a este ato. Portanto sem a respiração não existe vida.
A entrada e a saída de
ar pelas narinas pode manifestar de várias formas. De acordo com a
inspiração e a expiração, é possível saber se o organismo
recebe oxigênio suficiente para as atividades metabólicas e se há
controle das emoções. Por isso, é imprescindível respirar
corretamente. Melhorando tanto as funções relacionadas ao
funcionamento do corpo, quanto às atividades externas que são
desenvolvidas, como exercícios, dança e canto.
A respiração é um
evento cíclico e automático, controlado pelo cérebro, que promove,
em média, uma inspiração a cada cinco segundos, ou seja, 12 vezes
por minuto. Estudos indicam que, em um dia, respiramos cerca de 20
mil vezes. É por meio dela que o corpo absorve o oxigênio e elimina
o gás carbônico. Com a entrada de oxigênio, as células produzem a
energia necessária para todas as atividades relacionadas às funções
do organismo.
Por outro lado, a falta
de 5% de oxigênio no corpo de uma pessoa provoca enjôos e tontura.
A ausência de 10% leva ao desmaio e a falta de 30% ocasiona a morte.
Para que isso não ocorra, cabe aos sistemas respiratório e
cardiovascular a responsabilidade de distribuir a todos os tecidos,
órgãos e sistemas do corpo uma quantidade adequada de sangue rico
em oxigênio. Porém, 80% do oxigênio transportado pelo sangue é
consumido pelo cérebro, órgão que representa apenas 2% do peso
total do corpo.
O diafragma é o
principal músculo da respiração que separa o tórax do abdômen.
Ele se movimenta verticalmente, e quando se contrai e pressiona os
pulmões para baixo, ocasiona a inspiração. Na expiração ocorre o
movimento contrário, ou seja, ele relaxa e pressiona os pulmões
para cima. É por meio do diafragma que é analisado os tipos de
respiração, dividindo-as de acordo com o efeito que produzem no
organismo.
Como 95% de energia
produzida nas células requer oxigênio, uma correta respiração é
de extrema importância para a vida. Porém, a maioria das pessoas
respira de maneira errada. Um adulto inala cerca de 350, 400 ml de
oxigênio a cada inspiração, porém, seus pulmões têm capacidade
de receber dez vezes mais, ou seja, cerca de quatro litros de
oxigênio.
O volume de oxigênio
respirado tem estreita relação com as emoções e padrões de
comportamento. Por exemplo, quando pensamos em algo bom, a respiração
se expande e aprofunda. Por outro lado, em casos de medo e ansiedade,
a respiração altera-se e torna-se curta e superficial. Quando uma
pessoa fica nervosa, ela trunca a respiração, ou seja, inspira
menos e expira mais, podendo ter tonturas, modificação do estado de
consciência e até desmaios.
Se uma pessoa respirar
mais rapidamente, menos oxigênio será mandado ao sangue e,
conseqüentemente, seu coração precisará bater mais vezes para
enviar a mesma quantidade de oxigênio ao cérebro. Segundo a
instrutora de Yoga Tatiana Perez, quanto mais se exige do coração,
maior será a chance de essa pessoa desenvolver doenças
cardiovasculares, como a hipertensão arterial. “Por outro lado, se
você aprende a respirar adequadamente, terá mais controle sobre a
freqüência cardíaca, não sobrecarregando o coração. Assim, não
liberará adrenalina em excesso, e sim endorfina e serotonina,
substâncias químicas responsáveis pela sensação de relaxamento e
de bem-estar”, explica.
Segundo o
psicoterapeuta corporal Eunice Ferrari, quando respiramos
corretamente, também proporcionamos ao nosso organismo a chance de
desenvolver sua capacidade inata de auto-regulação.
Desse modo, exercícios
respiratórios do yoga surgiram da observação do ato de respirar.
Partindo da respiração abdominal, os antigos mestres começaram a
testar diferentes tipos de respirações e analisar seus efeitos. Foi
assim que se desenvolveram os pranayamas, os exercícios de
respiração.
Respiração abdominal
ou natural
Respiração natural é
aquela que os bebês já nascem sabendo e que se torna errada ao
longo da vida.
– Deite-se de costas,
em superfície dura, descanse as mãos sobre o abdômen, relaxando
todos os músculos.
– Expire
vigorosamente pelas narinas e encolha o abdômen em um movimento
inicialmente mecânico até que seu corpo esteja habituado à
respiração correta.
– Inspire lentamente
pelas narinas, deixando que o ar preencha completamente o abdômen.
Eleve-o, em seguida. Dessa maneira, o diafragma abaixa e abre-se
maior espaço para os pulmões. Você não deve sentir movimentos de
expansão nas costelas ou no peito. Durante o processo, o abdômen é
o único a se movimentar.
Respiração Yogue
Esta respiração é a
base fundamental de toda ciência yogue de respiração. Ela deve ser
trabalhada seriamente para se transformar no método natural de
respiração.
– Fique de pé ou
sentado.
– Respirando sempre
pelo nariz, faça uma inalação enchendo primeiro o abdômen.
Conscientize-se da respiração e assegure-se de que está respirando
profundamente pelo diafragma.
– Esse ar subirá
pela parte inferior dos pulmões, indo para o diafragma, dilatando as
costelas inferiores, em seguida, o osso esterno e, por último, o
peito.
Respiração alternada
Este exercício ativa
cada um dos hemisférios cerebrais, sincronizando-os. Use esta
respiração quando sentir que seus pensamentos estão confusos ou
quando a mente estiver muito agitada.
– Posicione sua mão
esquerda sobre o joelho, e a mão direita com o dedo médio e
indicador entre as sobrancelhas.
– Coloque o polegar
ao lado da narina direita e o anular ao lado da esquerda.
– Feche a narina
direita com o polegar e inspire e expire com a esquerda, durante
cinco vezes.
– Libere a narina
direita e respire cinco vezes com a direita, fechando a narina
esquerda com o dedo anular. Esse é um ciclo completo. O ideal é
praticar vinte e cinco ciclos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário