Incontinência urinária é a perda
involuntária da urina pela uretra, muito mais frequente no sexo feminino pode
manifestar-se tanto na mulher em menopausa quanto em mulheres mais jovens. As
estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a
contração da uretra evitam a perda urinária,
o músculo forma um pequeno anel em volta uretra é mais frágil nas
mulheres. Além disso a gestação e o parto contribuem para uma fraqueza muscular
da região.
Existem 3 tipos de incontinência:
a) Incontinência urinária de
esforço – o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz
exercício, movimenta-se;
b) Incontinência urinaria de
urgência – mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita
de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina antes
de chegar ao banheiro;
c) Incontinência mista – associa
os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma mais importante é a
impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra.
Você sabia que existem exercícios
vaginais que podem prevenir e até tratar a incontinência urinária?
Nós mulheres deveríamos aprender
estes exercícios desde novinhas, mas por
falta de informação ou preconceito não temos este costume.
Para prevenção normalmente realizamos
somentes exercícios, em caso de incontinência urinária já instalada pode-se
recorrer a métodos como o uso de cones vaginais, exercícios de kegel, e a
eletroestimulação através de aparelhos de eletroterapia.
Cones vaginais são pequenas
cápsulas de formato anatômico, constituídas de materiais resistentes e pesados
que inseridos no canal vaginal, proporcionam o estímulo necessário para que a
mulher contraia corretamente a musculatura do assoalho pélvico e permite um
treinamento com aumento de carga progressivo.
O kit de cones é composto normalmente por
cinco ou seis com pesos que variam entre 20g a 100g. A indicação depende de
cada objetivo, mas de um modo geral, não é necessário chegar até o cone de 100g
a não ser quando a finalidade seja a melhoria no desempenho sexual.
Os exercícios permitem um fortalecimento
crescente do perineo, além de melhorarem a propriocepção local (sensibilidade
vaginal e percepção da contração e relaxamento da Musculatura do Assoalho
Pélvico = MAP). Melhorar força e propriocepção
são úteis tanto para melhorar a sustetação dos órgãos pélvicos quanto na
preparação para o parto.
Sexualmente, aumentar a força de
contração da MAP significa, na prática, melhorar o poder de "contração da
vagina" ao redor do pênis, melhorando a sensibilidade tanto da mulher
quanto do parceiro no momento do ato sexual.
O teste para escolher qual peso usar é simples: a
mulher precisa inserir o cone no canal vaginal, se posicionar em pé e sentir
ele descendo (ou puxando para baixo), de um modo que ele só fique dentro da
vagina se a MAP estiver contraída. O cone ideal é aquele que só não cai quando
a mulher está contraindo a MAP, e que pode ser segurando na vagina por 3 a 10
segundos sem cair.
Se a mulher, ao ficar em pé, não
sentir peso nenhum, ou então se o cone ficar parado na vagina mesmo que ela não
esteja contraindo a MAP, ou então se ela consegue segurar o cone sem cair por
mais de 10 segundos, o cone está muito leve, e deve ser trocado pelo próximo,
mais pesado.
Se, quando em pé, a mulher conseguir segurar o
cone na vagina mas só por menos que 3 segundos, então o cone é muito pesado, e
deve ser substituído pelo anterior, mais leve.
O cone deve ser posicionado
profundamente, após a inserção deve-se usar preferencialmente uma calcinha para
evitar de o cone acidentalmente cair no chão. A partir de então deve ser
realizada a série de exercícios, orientada por fisioterapeuta especialista, que
varia para cada caso.
As séries de exercícios variam de
acordo com cada caso, mas de um modo geral, como em qualquer outro plano de
fortalecimento muscular, os exercícios devem ser feitos dia sim, dia não: o
descanso entre cada sessão é tão importante quando o exercício em sí.
Quando a mulher conseguir fazer
todas as contrações sem que o cone caia nenhuma vez durante o treino, este pode
ser progredido com mais peso, de acordo com o aval técnico e com os objetivos
do tratamento.
O treinamento pode ser progredido
fazendo com que a mulher use o cone enquanto realiza outras atividades, como
caminhar, subir e descer escadas, tossir, agachar, etc, conforme definido no
plano terapêutico.
Exercícios de Kegel:
Para fazer o exercício de kegel
de forma correta, identifique o músculo do períneo:
Tente segurar o "xixi"
contraindo os músculos do assoalho pélvico como se quisesse "puxar" a
vagina para dentro,
Mantenha a contração deste
músculo ou seja e conte até 10 e depois relaxe.
Faça 10 exercícios seguidos, três
vezes ao dia (manhã, tarde e noite).
O objectivo deste exercício é
restaurar o tônus e a força muscular do períneo e de todo o pavimento pélvico,
impedindo a perda de urina e melhorando até mesmo o desempenho sexual.
Primeira faça os exercícios
deitada, depois faça durante atividades como subir escadas, pular, etc.
CONSULTE UM FISIOTERAPEUTA
ESPECIALISTA EM GINECOLOGIA.
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