Por Juliana
Especialista
recomenda alongar os tendões por cerca de quarenta minutos três
vezes por semana
Uma vez
instalada, a tendinite se torna difícil de tratar e pode ser, muitas
vezes, reincidente. Quando o braço, punho ou o ombro começam a
doer, é importante não ignorar o sinal para que ele não se
transforme em um diagnóstico da doença. Segundo o chefe do serviço
de Ortopedia do Hospital Villa-Lobos Jorge Bitun, apesar de exigir
disciplina para lidar com o problema, a tendinite não é imbatível.
Exercícios de alongamento e fortalecimento dos tendões podem ajudar
na prevenção da doença.
No
entanto, cada pessoa possui uma necessidade diferente no que diz
respeito à prevenção e tratamento da doença e fatores como a
profissão e o biotipo influenciam nesta matemática.
— É
necessário adaptar o tendão para suportar o ritmo de trabalho de
cada um. Alguém que digita 500 palavras por minuto precisa fazer uma
musculação, alongar para deixar o tendão mais forte e assim
suportar esse ritmo — diz o ortopedista.
A
recomendação deve-se ao fato de que a tendinite nada mais é que
uma sobrecarga dos tendões, estrutura que une o músculo ao osso.
Uma inflamação que está muito relacionada ao trabalho e que pode
acometer qualquer parte do corpo, mas que é mais recorrente nos
ombros, punhos, cotovelo, joelho e tornozelo. Pessoas que trabalham
com computador devem ficar atentas, pois os movimentos relacionados à
digitação podem propiciar o aparecimento de uma tendinite em longo
prazo, mas toda atividade que envolve movimento pode provocar uma
sobrecarga no tendão.
Algumas
empresas já fazem um trabalho de ergonomia a fim de evitar lesões
como a tendinite, no entanto, o especialista alerta que tais medidas
não são suficientes.
— Hoje
existe a orientação ergométrica, mas é um tempo muito pequeno, de
dez, quinze minutos. Então isso é muito mais por burocracia, do que
por necessidade física.
De acordo
com o médico, o ideal é fazer o exercício de alongamento e
fortalecimento do tendão por quarenta, cinquenta minutos, três
vezes por semana. No caso de pessoas que sofrem com tendinites
reincidentes, Bitun recomenda uma mudança de hábitos na rotina,
principalmente no ambiente de trabalho. Caso contrário, o tendão
vai sofrer outro estresse, o que vai acarretar um novo processo
inflamatório, uma volta ao médico, ao tratamento com
anti-inflamatórios e fisioterapia.
Matricular-se
em uma academia pode ser um bom começo para quem já enfrentou ou
quer evitar a tendinite. Bitun lembra ainda que a prevenção
continua sendo melhor do que qualquer medicamento ou receita e alerta
para a importância de ouvir os sinais que o corpo dá.
—
Ninguém que está dormindo e toca o alarme na casa dele, desliga o
alarme apenas por causa do barulho porque deseja dormir. Com a dor, a
primeira coisa que a gente faz é desligar o alarme do corpo —
avalia.
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