Faculdade Mario Schenberg

terça-feira, 24 de setembro de 2013

CIENTISTAS ENCONTRAM ELO PERDIDO DO MAL DE ALZHEIMER

De Andreia

Pesquisadores da Universidade de Yale (EUA) descobriram uma proteína que parece ser o elo perdido na complexa cadeia de eventos que levam à doença de Alzheimer.

Eles descobriram que bloquear essa proteína com um medicamento já existente restaura a memória - o experimento foi feito em cobaias com lesões cerebrais que imitam a doença.

"O que é muito entusiasmante é que, de todos os elos dessa cadeia molecular, esta é a proteína que pode ser mais facilmente alvo de medicamentos," afirmou Stephen Strittmatter, orientador do estudo. "Isso nos dá a forte esperança de que podemos encontrar uma droga que vai diminuir os impactos da doença de Alzheimer."

Elo cerebral perdido

Os cientistas já haviam construído um mapa molecular parcial de como a doença de Alzheimer destrói as células cerebrais.

Em trabalhos anteriores, a própria equipe de Strittmatter mostrou que os peptídeos beta-amiloide, que são uma característica da doença de Alzheimer, acoplam-se com proteínas príon na superfície dos neurônios.

Por um processo desconhecido, o acoplamento ativa um mensageiro molecular dentro da célula chamada Fyn.

O novo estudo revela o elo perdido na cadeia, uma proteína dentro da membrana celular, chamada de receptor de glutamato metabotrópico 5, ou mGluR5.
Quando a proteína é bloqueada por uma droga similar à que está sendo desenvolvida para a Síndrome X Frágil, os déficits de memória, aprendizado e densidade de sinapses foram restaurados em um modelo animal da doença de Alzheimer.

Strittmatter salienta que as novas drogas podem ter que ser projetadas para atingir precisamente o rompimento amiloide-prion da mGluR5 nos casos humanos da doença de Alzheimer.

Segundo ele, seu laboratório já está explorando novas maneiras de conseguir isso.

Síndrome do X Frágil

A Síndrome do X Frágil, também conhecida como síndrome de Martin & Bell, cujo fármaco em desenvolvimento foi usado nesta pesquisa, é a segunda causa hereditária mais comum de atraso mental, e é também a causa conhecida mais comum do autismo.

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Fonte: Diário da Saúde

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