Faculdade Mario Schenberg

sexta-feira, 24 de maio de 2013

PARKINSON



Em 1817, James Parkinson publicou uma monografia intitulada “An Essay on Shaking Palsy” (Um ensaio sobre a paralisia agitante)
Estava descrita a doença caracterizada por tremor de repouso, bradicinesia, rigidez e postura encurvada para frente
Jean Marie Charcot acrescentou anormalidades no tônus muscular e na cognição
Propôs o nome de Doença de Parkinson
É um distúrbio neurológico progressivo, caracterizado, principalmente, pela degeneração das células da camada ventral da parte compacta da substância negra e do locus ceruleus
Nucleo caudado e putamen (corpo estriado), onde a dopamina é liberada em quantidade insuficiente e hiperatividade dos neurônios colinérgicos
O início das manifestações clínicas corresponde à perda de 60% dos neurônios dessas regiões e 80% da dopamina do estriado
Os distúrbios do movimento são doenças onde se observam movimentos anormais hipocinéticos e hipercinéticos
São descritos como doenças extrapiramidais
Resultam de doenças dos glânglios da base
Vários são os neurotransmissores e as interconexões envolvidos nos circuitos dos glânglios da base
Dopamina, ácido gama-aminobutírico e o glutamato

PARKINSONISMO
É um termo genérico que designa uma série de doenças com causas diferentes e que têm em comum a presença de sintomas parkinsonianos
Doença de Parkinson é uma forma e a mais comum (80%). Primário
Existem várias classificações diferentes: secundários, atípicos, etc.

EPIDEMIOLOGIA
n A doença de Parkinson representa 80% dos casos de parkinsonismo
n Idade superior a 50 anos
n Prevalência de 1% da população geral

ETIOPATOGENIA
n Causa permanece desconhecida
n Mecanismos etiopatogênicos diferentes estão relacionados à morte dos neurônios dopaminérgicos da parte compacta da substância negra
n Fatores genéticos, toxinas ambientais, estresse oxidativo e anormalidades mitocondriais
n 20 a 25% têm pelos menos 1 parente de primeiro grau com a doença
n Despigmentação da substância negra devido a morte neuronal e perda de melanina
n Aparecimento de inclusões fibrilares intracitoplasmáticas (corpúsculos de Lewy)

CLÍNICA
n Tremor de repouso, de início assimétrico
n Bradicinesia ao iniciar ou executar
n Rigidez, hipertonia plástica
n Alteração dos reflexos posturais
n Postura flexionada para frente, instabilidade
n Bloqueio motor

SINAIS E SINTOMAS NOS IDOSOS
n Fácies inexpressiva
n Fala hipofônica
n Micrografia
n Marcha festinante
n Perda do balanço dos braços
n Acúmulo de saliva
n Depressão
n Aumento no tempo das AVD
n Déficit cognitivo
n Câimbras
n Seborréia
n Hipotensão ortostática

DIAGNÓSTICO
n Baseado na identificação e sintomas que compõem o quadro clínico
n Dois dos três sinais motores (tremor, rigidez e bradicinesia)

TRATAMENTO
n Visa o controle dos sintomas
n Não há tratamento medicamentoso ou cirúrgico que previna a progressão da doença (Tratados de geriatria)
n Cirurgia ablativa e estimulação cerebral profunda (globo pálido e núcleo subtalâmico)
n Objetivo é manter a pessoa idosa com o maior tempo possível com autonomia, independência funcional e equilíbrio psicológico
Levodopa continua sendo o padrão ouro no tratamento

Nenhum comentário:

Postar um comentário