Faculdade Mario Schenberg

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Principais lesões no Futebol

Atualmente, a maior parte das lesões não está relacionada a pancadas, mas sim a movimentos de rotação e explosão muscular. Em uma análise dos prontuários médicos de oito times profissionais, ortopedistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constataram que as lesões por choque entre jogadores (as chamadas contusões) representaram apenas 24,1%, contra 39,2% de lesões musculares, 17,9% de torções e 13,4% de tendinites. Além disso, o estudo apontou que 72,2% das lesões ocorreram em membros inferiores, com predomínio na coxa (34,5%), no tornozelo (17,6%) e no joelho (11,8%). "A cada 6 segundos o jogador de futebol faz um movimento inesperado. Articulações e músculos foram feitos para mexer, mas o ser humano ultrapassa os limites de movimentação do seu corpo e aí ocorrem as lesões", diz o ortopedista Moisés Cohen, que coordenou o levantamento da Unifesp e já operou craques como Raí e Vampeta. Um estudo dos médicos ingleses Richard Hawkins e Colin Fuller, publicado no British Journal of Sports Medicine, mostrou que 71% das lesões ocorridas na Copa do Mundo de 1994 aconteceram em lances não assinalados como faltas, o que indica que o maior inimigo do atleta é a competividade do futebol moderno. "O movimento não precisa ser brusco para machucar. Muitos rompem o ligamento cruzado (do joelho), por exemplo, por causa de um movimento sozinho", conclui Moisés Cohen.



Pronto-socorro futebol clube Entorse? Contratura? Entenda como e onde acontecem as principais lesões do futebol
Rosto

Apalpe seu rosto e sinta o osso bem embaixo do seu olho. É o osso zigomático, que vai até a mandíbula, formando um vão sob ele. Muitos jogadores costumam usar os braços para proteger a bola e às vezes, com uma cotovelada, afundam esse osso

Púbis

O local onde o músculo adutor da coxa se encontra com o púbis (parte de baixo da "bacia") é um dos mais sobrecarregados no futebol. O movimento repetitivo nessa região provoca uma inflamação no tendão que junta o músculo e o osso. É um tipo de tendinite - o tendão não se rompe - sentida como a famosa "puxada na virilha"

Canela

A fratura na tíbia é o tipo de fratura mais comum no futebol. Antigamente, quando o uso de caneleiras não era obrigatório, elas eram ainda mais típicas. Em casos de fratura da tíbia, é comum que a fíbula também seja afetada, afinal é um osso muito mais fino e que nem sempre é protegido pelas caneleiras

Tornozelo

Assim como o joelho, sofre com a rápida movimentação do futebol moderno. Para piorar, os tornozelos estão mais vulneráveis a pancadas e aos buracos do campo. As lesões mais comuns são torções (ou entorses) nos ligamentos que conectam os pés aos ossos da perna - o ligamento anterior de um boleiro vive dolorido

Fratura por estresse

Mais um tipo de lesão causado por movimentos repetitivos, que apesar de gerar muita dor, não é detectado no raio X. Para entender, pense no osso como um arame: se você o dobrar muitas vezes no mesmo ponto, uma hora ele vai arrebentar. Os ossos que mais sofrem por estresse são os do pé, que são finos e não param de se movimentar

Joelho

Os movimentos de rotação são os culpados pelas lesões no joelho. As mais comuns são rompimentos (total ou parcial) do ligamento cruzado anterior (1), do ligamento colateral-tibial (2) e do menisco (3). Eles funcionam como elásticos que se esticam com a rotação da perna. Quando são sobrecarregados, eles rompem e é preciso reconstituí-los usando outros tendões, como o de trás da coxa

Coxa

O músculo é feito de várias fibras que, na hora do movimento, escorregam umas sobre as outras. Quando o movimento não é harmônico ocorre um estiramento. Durante o chute, por exemplo, o músculo está contraído para produzir a força contra a bola e, de repente, você o estica. Os músculos posteriores são as principais vítimas. Eles podem simplesmente travar (contratura) ou mesmo se romper

Equipamentos de proteção


Os mais usados são caneleira, tornozeleira e bermuda térmica (ou "coxeira"). Muitas caneleiras já têm uma tornozeleira acoplada, mas, para dar mais firmeza, os jogadores geralmente fazem uma "botinha" no tornozelo com uma faixa. A coxeira ajuda a deixar a musculatura da coxa aquecida e produz pressão sobre as fibras para evitar que elas escorreguem de mais ou de menos

Estudo de Caso de Paciente com Artrite Reumatóide - Tratamento Fisioterapêutico

Relato de caso

Paciente M.G.M., sexo feminino, 49 anos, residente de Tubarão/SC, e aposentada e atualmente e costureira. A QP e a dor na face posterior do joelho bilateralmente, e dificulta suas AVD's. Na HDA os sintomas da artrite reumatóide (A. R.) iniciaram-se há sete anos, logo após sua menopausa. Primeiramente os joelhos foram acometidos, logo depois as dores em MMSS começaram a aparecer, juntamente com nódulos nas mãos (a. metacarpofalangeanas) bilateralmente. Na HDP, paciente teve um AVC e uma PCR aos 28 anos de idade. Paciente tem osteoporose em MMII. Diz que após a menopausa tem sofrido quedas consecutivas e freqüentes, sendo que a ultima foi há um mês, onde a dor em joelhos se exacerbou. Na HF sua mãe teve AVC, pai com IAM e ambos tinham DM, tem uma tia com A . R. Nos HV, paciente refere ter uma dieta balanceada e saudável, inativa, sono intraquilo pela patologia. A dor e do tipo irritável, afeta o sono e as AVD's, agrava-se com a mudança de tempo (frio), alivia com medicamentos, argila, compressas quentes. Localiza-se em joelhos-face posterior. Seus medicamentos são: Gelopan(r), Nimesulidi(r) e Corticorten(r), . No exame hematológico, apresenta fator reumatóide positivo. Na inspeção a paciente apresenta cistos de Baker na face posterior do joelho bilateralmente, e nódulos reumatoides nas articulações metacarpofalangeanas bilaterais, sendo sensíveis a palpação e apresentam-se com temperatura elevadas. Apresenta vasculite reumatóide em regiões perimaleolar bilateralmente, sendo que a pele da paciente exprime um aspecto de rompimento vascular, sendo vermelha, e após dias e visível uma espécie de hematoma. No exame físico paciente apresenta sensibilidade ( tátil, térmica e dolorosa) presentes, reflexos normais, e a ADM e força muscular nas articulações de MMII, MMSS e tronco são normais, embora há restrição nas a . de joelho e punho, mão e dedos, bilateralmente. No teste de força muscular de quadríceps apresenta grau 3, e nos flexores de punho grau 2. A ADM articular apresenta:
Articulação
Direito
Esquerdo
Flexão de punho
40º
50º
Extensão de punho
50º
20º
Flexão de joelho
100º
80º
Extensão de joelho
20º
10º

na avaliação postural, paciente apresentava joelhos varos e recurvatum.

A paciente tem diagnostico de artrite reumatóide, confirmado pelos critérios diagnósticos do Colégio Americano de Reumatologia, sendo:

* Rigidez articular matinal de pelo menos uma hora;
* Artrite de três ou mais articulações, por mais de 06 semanas;
* Artrite das articulações das mãos e ou de punhos, por mais de 06 semanas;
* Artrite simétrica, bilateral, simultânea, por mais de 06 semanas;
* Presença de nódulos reumatóides
* sendo necessários 04 ou mais critérios presentes para estabelecer o diagnostico de A . R.


Objetivos do tratamento

Em vista da A . R. ser uma patologia sistêmica o tratamento proposto visa:
* manutenção da ADM articular e força muscular em tronco, MMSS e MMII ( com exceção das articulações afetadas: punho e mãos, e joelhos, bilateralmente);

* ganho de ADM articular e força muscular em punho, mãos e joelhos, bilateralmente;
* melhora da capacidade aeróbica, aprimorando o funcionamento cardio-respiratório;
* orientações a paciente quanto a importância da mobilidade, alongamentos e atividades aeróbicas em seu domicilio, e atenção ergonômica a possíveis quedas.


Plano de tratamento

* alongamento ativo de MMSS, MMII e tronco (1-20') com o auxilio do espaldar;
* uso da bicicleta por 15 min., onde a carga era aumentada progressivamente, e essa atividade era associada a cinesioterapia ativa de MMSS com o uso do bastão (3x15);
* cinesioterapia resistida de punho, mão e dedos bilateralmente com o uso dos exercitadores: Power Web(r), Kit Kanavel(r) ( faixas pretas) e Thera Band(r) (faixas pretas), sendo para cada movimento 3x15;
* cinesioterapia resistida de joelho bilateral utilizando caneleiras de 1,0Kg com os movimentos de flexo-extensão de joelho, com 3x15.


Evolução

Na reavaliação, notou-se melhora na performance das atividades que exigiam força em punho e mão bilaterais , o Power Web(r) que era verde, passou para vermelho, os nódulos presentes nas a . metacarpofalangeanas diminuíram. A carga da bicicleta que era de 1Kg aumentou para 1,5Kg. A força muscular foi aumentada, como mostra a tabela abaixo.
Musculatura
Antes
Depois
Quadríceps
3
4
Flexores de punho
2
4

*sem unidades de medida

A ADM articular se manteve quanto aos movimentos de flexão e extensão de joelhos bilaterais, já em punhos houve evolução, conforme as tabelas a seguir:
Membro
Antes
Depois
Flexão de punho
40
65
Extensão de punho
50
60

* medidas em graus
Membro esquerdo
Antes
Depois
Flexão de punho
50
70
Extensão de punho
20
35

*medidas em graus


Discussão

Van den Endel, et.al. (2005) explicam que a A.R. é uma enfermidade inflamatória crônica que afeta o sistema músculo esquelético; sendo a inflamação das articulações e tendões promovem dor, tumefação e limitação de movimento, ocasionado deformidades. Explicam também que esses pacientes tem uma menor flexibilidade articular, força muscular, resistência e capacidade aeróbica, quando comparados a indivíduos sem essa patologia.
Vand der Giesen, et.al. (2005) relatam que a A .R. é uma desordem crônica que afeta 1% da população.

Mantilla (2005) entende que a A.R. é uma enfermidade caracterizada por um comprometimento poliarticular progressivo e destrutivo, e há ocasiões de mau prognóstico, levando a invalidez.

Sato e Ciclonelli (2000) resumem que a A .R. é uma doença auto-imune de etiologia desconhecida caracterizada por poliartritecrônica, simétrica e erosiva, podendo haver envolvimento sistêmico.

Atagon Pinto (2001) afirma que é uma enfermidade geral e difusa do tecido conjuntivo caracterizada primordialmente por lesões inflamatórias articulares.

Atra et.al. (1988) presumem que a A .R. tem etiologia obscura e provavelmente imunológica; as teorias ou fatores etiopatogênicos da A .R. são: fatores genéticos, microbianos e virais, imunológicos ou psicogênicos.

Anaya et.al. (1994) citam que e a maioria dos pacientes com A.R. apresentam fator reumatóide positivo, nódulos subcutâneos, sendo que podem ter acometimentos pulmonares, e ainda relatam que e mais comum em mulheres.

Gonzallez (2005) diz que os principais sintomas da A .R. são dor e rigidez matinal.
Fernandes (2000/2001) descreve que a A .R. tem comprometimentos articulares, como a rigidez matinal, dor a movimentação e a palpação, edemas, aumento da temperatura articular; e comprometimentos extra-articulares como acometimentos oculares, cardíacas, pulmonares, e neurológicos. Cita que há presença de nódulos reumatóides em 20 a 30% dos pacientes nas superfícies extensoras de MMSS, assim como em qualquer parte do corpo. Ainda explica que a vasculite reumatóide ocorre principalmente em pacientes com A .R. de longa duração, se manifesta como ulcera isquêmica em região perimaleolar, mas pode acometer vasos viscerais e determinar ate risco de morte.

Aris (2003) explica que todas as articulações diartrodiais podem ser comprometidas, destacando a " mão reumatóide", com graus variados de incapacidades. Alem disso, o comprometimento extra-articular destaca o nódulo reumatóide e vasculite reumatóide, sendo que 80% dos pacientes tem fator reumatóide positivo.

Vand der Giesen, et.al. (2005) resumem que nesses pacientes a mão e freqüentemente envolvida; num estudo foi observado que 64% dos pacientes com A . R. tinha envolvimento com a mão. Explicam que as articulações das mãos e punhos ficam inflamadas, sensíveis, freqüentemente resulta em dor, limitação da mobilidade articular, edema, perda ou diminuição da força muscular e deformidades; tem-se encontrado que a força da mão em pacientes com A .R. e 75% menor que a da população normal.

Li, Judd e Pencharz (2005) concluem que o tratamento fisioterapêutico consta de técnicas manuais, exercícios, treinamento funcional e atividades aeróbicas, alem da educação do paciente.

Van den Endel, et.al. (2005) relatam que o exercício tem como objetivos: preservar e recuperar a capacidade funcional, por meio da melhora da mobilidade articular, força muscular, resistência e capacidade aeróbica; sendo os exercícios de caráter isotônico são mais eficazes para melhorar a força muscular e a capacidade aeróbica.

Sato e Ciconelli (2000) dizem que os objetivos da fisioterapia são o alivio da dor, manter ou melhorar a capacidade funcional, prevenir a incapacidade e adaptar o paciente ao meio e melhorar a sua qualidade de vida.

Vand der Giesen, et.al. (2005) afirmam que nesses pacientes, o tratamento tem de constar de exercícios específicos para as mãos, como treino funcional para melhorar as habilidades manuais, assim como o treino de força nessa musculatura.

Fernandes (2000/2001) diz que na A.R. a cinesioterapia atua nas estruturas osteomioarticulares, melhorando a capacidade funcional, muito prejudicada nestes pacientes.
Van den Endel, et.al. (2005) concluem que vários estudos mostraram que um programa de exercícios de condicionamento físico com bicicleta, caminhadas e exercícios na piscina, em pacientes com A.R., resultaram em uma melhora da capacidade aeróbica nos grupos submetidos a essas atividades, comparando-se ao grupo controle, sem essas atividades.

Referências bibliográficas

Aragon Pinto, Luz Stella. Artritis reumatoidea. Actual. enferm;4(2):22-27, jun. 2001.
Aris R., Hernán. Artritis reumatoídea. Bol. Hosp. San Juan de Dios;50(2):74-83, mar.-abr. 2003.

Anaya, Juan; Ortiz, Luis; Polanía, Ernesto; Espinoza, Luis. Compromiso pulmonar en la artritis reumatoidea. Rev. Colomb. Neumol;6(1):30-9, mar. 1994.

Atra, Edgard; Andrade, Luiz Eduardo Coelho; Goldenberg, José; Sato, Emilia Inoue. Tratamento da artrite reumatóide. Ars cvrandi;21(10):57, 60, 62, passim, nov.-dez. 1988.

Fellet, Aloysio J; Tavares, Agostinho; Scotton, Antônio Scafuto. Artrite reumatóide. RBM rev. bras. med;58(n.esp):97:102:104:108:110-99-102-104-108-111, dez. 2001.

FERNANDES, P.V. Artrite Reumatóide. 2000/2001. Disponível em: < http://www.interfisio.com.br/index.asp?fid=62&ac=1&id=6> Acesso em: 29/04/05.

GONZALEZ, H. Instrumentos de medición en artritis reumatoide, 2005. Disponible em: < http://www.encolombia.com/reuma722000-instrumentos.htm> Acesso em: 29/04/05.

Li L, Judd M, Pencharz JN. Comprehensive physiotherapy for rheumatoid arthritis. The Cochrane Library, Issue 2, 2005. Oxford: Update Software.

MANTILLA, R.D. La sinoviolisis en el tratamiento de la artritis reumatoide. 2005. Disponible em: http://www.encolombia.com/reuma722000-sinoviolisis.htm Acesso em: 29/04/05.

Sato, Emília Inoue; Ciconelli, Rozana Mesquita. Artrite reumatóide. RBM rev. bras. med;57(n.esp):93-4, 96, 98, passim, dez. 2000.

Vand der Giesen, F. , Vliet vlieland T, Schoones JW, Brosseau L. Exercise therapy for the rheumatoid hand. The Cochrane Library, Issue 2, 2005. Oxford: Update Software.

Van den Ende CHM, Vliet Vlieland TPM, Munneke M, Hazes JMW. Tratamiento con ejercicios dinámicos para la artritis reumatoidea. The Cochrane Library, Issue 2, 2005. Oxford: Update Software.


Fsioterapia em Neuropediatria: Por que realizar?

A Fisioterapia é uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações neurológicas, genéticas, traumáticas ou por doenças adquiridas. 
Suas principais funções são: melhorar a mobilidade, aliviar a dor, prevenir lesões e recuperar as funções não adquiridas e perdidas, utilizando de diversas técnicas. 
A Fisioterapia em Neuropediatria é o ramo da neurologia que se dedica ao estudo das doenças do desenvolvimento e maturação do sistema nervoso em crianças. Possui importância no controle de doenças com comprometimento neurológico. Quando ocorre uma lesão neurológica em uma criança, o fisioterapeuta analisa a sua motricidade e a sua funcionalidade através do seu desenvolvimento motor normal. Para realizar o tratamento de crianças com lesões neurológicas precisa-se conhecer o desenvolvimento motor normal (com todas as suas peculiaridades) para reconhecer o anormal. Assim, as etapas do desenvolvimento servem como guia no processo de diagnóstico e tratamento.
A Fisioterapia tem um papel fundamental no processo de reabilitação neurológica, na medida em que interfere de modo decisivo nos aspectos motores, cognitivos e psicossociais. Atuando na inibição dos reflexos patológicos e primitivos persistentes, facilita assim o desenvolvimento gradual do controle motor postural. Portanto, realizando uma avaliação e acompanhamento adequado do comportamento anormal da criança, é possível aplicar um tratamento precoce proporcionando estímulos para recuperar e manter um padrão de sinergia motora próxima da normalidade que a ajude no seu desenvolvimento. O fisioterapeuta dispõe da possibilidade de proporcionar uma contribuição especial e inestimável às crianças que apresentam deficiência neurológica ou algum tipo de problema através do atendimento lúdico e terapêutico.
As atividades lúdicas devem ocorrer de maneira intencional e planejada pelo fisioterapeuta durante os atendimentos, sendo um recurso que tem como finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos. Embora para a criança a atividade lúdica possa ser considerada como brincar, busca-se o alcance dos objetivos estabelecidos durante a avaliação. Buscando integrar os objetivos fisioterápicos com atividades lúdicas e sociais, também levamos a criança a uma maior integração com sua família e a sociedade.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Treino de Marcha nas artroplastias de Joelho e Quadril

Alguns pacientes, por motivo de dor no membro inferior (Entorse, Fratura, Pós-Operatório, etc...), ou por motivo de alteração motoras (paraparesia, hemiplegia) são obrigados a utilizar dispositivos auxiliares da marcha. Um dos dispositivos auxiliares mais usado é a muleta. O post de hoje vai ser focado no uso de muletas nas artroplastias de Membros Inferiores. No entanto, vou aproveitar o tema e comentarei também outras indicações das muletas.

Vou começar sendo bastante direto: Basicamente uma muleta deve ser capaz de fazer duas coisas pelos nossos pacientes que passaram por uma artroplastia de joelho ou quadril:

(1) Reduzir a descarga de peso sobre um dos membros inferiores.
(2) Ampliar a base de apoio para aumentar o equilíbrio e oferecer estabilidade ao paciente.

É importante notar que uma base de apoio alargada também auxilia no deslocamento e fornece informações sensoriais através das mãos. De modo geral, o uso de muletas se faz necessário para pessoas com dores na perna ou no pé, lesão, fraqueza muscular ou marcha instável. Além destas indicações óbvias, o usos de muletas possibilita assumir a posição ortostática, auxiliando na circulação, na função renal e pulmonar, ajuda na prevenção da osteoporose por fornecer estímulo mecânico (compressivo) aos ossos. Em crianças, a descarga de peso também estimula a epífise de crescimento.

Existem basicamente 2 modelos de muletas: A axilar e a canadense.
Muleta Axilar: Os modelos em geral possibilitam o ajuste do comprimento total e também par ao apoio da mão. Em ortostatismo estático, o ponto mais alto da muleta, deve situar-se 2 a 3 dedos abaixo da axila até um ponto cerca de 15-20cm afastado lateralmente do seu pé. As mãos devem estar posicionadas de tal forma que permitam uma flexão de cotovelo de cerca de 30º. È importante frisar que não se deve apoiar as axilas na muleta durante a marcha, a força toda deve acontecer no cotovelo e punho, sob o risco do paciente compreender de onde vem o adágio popular “sofre mais do que suvaco de aleijado”
Muleta Canadense: Mais uma vez, o posicionamento deve permitir uma flexão de cerca de 30o a muleta deve tocar no solo cerca de 5-10 cm para fora e cerca de 15cm a frente do pé
Estudos mostram que o punho recebe de 1 a 3 vezes o peso do corpo durante a fase de balanço da marcha com muletas.

Para o uso seguro de muletas, algumas regras de vem ser seguidas:
  • Nunca apóie o peso nas axilas, use os punhos
  • Quando parado, posicione as muletas à frente
  • Quando andar, não tente andar rápido demais ou dar passos muito compridos
  • Quando descer escadas, posicione as muletas no degrau abaixo, então desça o degrau com a perna não afetada.
  • Quando subir escadas, suba com a perna boa primeiro, só então traga as muletas e a perna afetada para cima.
  • Converse com o cirurgião ortopedista a respeito da qulidade do osso, sobre intercorrências durante a cirurgia, se a prótese foi cimentad a ou não (próteses não cimentadas exigem descarga parcial de peso enqunato as não cimentadas o paciente pode descarregar o peso conforme tolerância)
Tipos de marcha => (Clique no título e assista ao vídeo do padrão de marcha)

Marcha de 3 pontos

Indicação:
Incapacidade de descarregar peso em uma das pernas (fratura, dor, amputação ou pós-operatório)
Seqüência de movimentos:
Primeiro leve ambas as muletas e o membro afetado à frente. Então descarrege o peso do corpo sobre as muletas e mova o membro não afetado à frente. Repita a seqüência
Vantagens: 
Elimina a descarga de peso sobre o membro afetado
Desvantagem:
È preciso que o paciente tenha um bom equilíbrio


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Marcha de 4 pontos

Indicação:
Fraqueza em ambas as pernas ou coordenação insuficiente
Seqüência de movimentos:
Muleta esquerda, pé direito, muleta direita, pé esquerdo. Repita a seqüência
Vantagens: 
Garante estabilidade uma vez que sempre há 3 pontos de apoio no solo
Desvantagem:
Baixa velocidade


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Marcha de dois pontos 
Indicação:
Fraqueza em ambas as pernas ou coordenação deficiente
Seqüência de movimentos
Muleta esquerda, e pé direito juntos, então muleta direita e pé esquerdo juntos. Repita a seqüência
Vantagens:
Mais rápido do que a marcha de quatro apoios
Desvantagens:
Pode ser difícil aprender esta seqüência de movimentos

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Marcha tipo mergulho
Indicações:
Incapacidade de descarregar completamente o peso em ambas as pernas (fraturas, dor e amputações)
Sequência de movimentos:
Avance com ambas as muletas à frente, então enquanto descarrega o peso todo nos braços, leve ambas as pernas à frente, ao mesmo tempo por entre as muletas
Vantagens:
È o padrão de marcha mais rápido
Desvantagem:
O gasto energético é alto e exige bastante força nos membros superiores

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Marcha tipo Semi-Mergulho (acho que posso traduzir assim)
Indicações
Pacientes com fraqueza em ambos os membros inferiores
Seqüência de movimentos 
Avance com ambas as muletas à frente, então enquanto descarrega o peso todo nos braços, leve ambas as pernas à frente ao mesmo tempo porém não ultrapasse as muletas
Vantagens:
Fácil de aprender
Desvantagem:
Exige força nos membros superiores

CONHEÇA AS VARIAÇÕES DO PILATES

Pilates solo e com aparelhos são as duas melhores técnicas dos exercícios, que deve ser praticado em estúdios específicos para se conquistar um bom resultado em menos tempo

Ainda que o método carregue inúmeras qualidades no currículo, variações que incorporam novas técnicas ao método têm surgido para complementar a modalidade e suprir as necessidades individuais

A criação do alemão Joseph Huberts Pilates traz diversos benefícios: melhora a consciência corporal, o controle respiratório, alivia as dores crônicas, reduz o stress e a fadiga e desenvolve a força muscular. Mas, ainda que o método carregue inúmeras qualidades no currículo, variações que incorporam novas técnicas ao método têm surgido para complementar a modalidade e suprir as necessidades individuais. Conheça as combinações e experimente a sua aula preferida:

Mat pilates: o mais comum em academias é realizado no solo, com movimentos lentos e usa o peso do próprio corpo para executar os exercícios. "Trabalha o controle dos músculos mais profundos e a estabilidade do corpo", diz a personal trainer Juliana Xavier Votta, de São Paulo.

Pilates studio: o genuíno, conta com diversos aparelhos e camas com molas que facilitam a execução de alguns movimentos. Indicado para iniciantes, pessoas idosas ou em recuperação, também possibilita um treino mais pesado para os experientes.

Aeropilates: combina exercícios aeróbios, como caminhada, corrida ou bike, com o mat pilates. "A modalidade melhora o condicionamento cardiovascular, o equilíbrio postural, a coordenação e a flexibilidade", conta Guilherme Veiga Guimarães, especializado em fisiologia do exercício pelo Incor-HCFMUSP, de São Paulo.

Pilates no tecido: usa os princípios do Pilates com elementos de acrobacia circenses. "A combinação de exercícios de mat e studio ajuda a realinhar o corpo e os movimentos corporais antigravitacionais aumentam os espaços intervertebrais", diz Guilherme. Os movimentos são mais desafiadores, melhoram a consciência corporal, a força muscular, capacidade física, flexibilidade e mobilidade articular.

Xtend Barre: perder peso, ganhar formas e postura de bailarina são alguns dos benefícios da atividade, que permite a queima de até 450 calorias em 55 minutos. "Os resultados aparecem rapidamente, em dez aulas. A força, concentração e o equilíbrio do pilates são mesclados aos exercícios do balé clássico, só que de maneira adaptada, mais anatômica", diz a professora de educação física Audrea Regina Ferro Lara, detentora da marca no país.

Power plate pilates: "Na plataforma vibratória, abdominal, elevação pélvica, prancha e outros exercícios do pilates ficam mais intensos e aceleram o ganho de tônus muscular", fala a fisioterapeuta Andréia Ribeiro, do estúdio Equilibrium Pilates, em São Paulo.

Garuda: inventado por um professor indiano que já deu aula para a Madonna, combina movimentos do pilates, da ioga e do gyrotonic em um treino feito com um aparelho próprio ou no solo. "As posições reproduzem o que você realiza no reformer, barril e cadillac, mas são únicas e desafiam também a capacidade aeróbica", descreve a professora Maria Ceiça Diniz, do Personal Studium, em São Paulo.

Pilates + jazz + boxe: a academia Runner adicionou dança e luta ao método e criou uma aula de 45 minutos que trabalha força, resistência aeróbica, flexibilidade e equilíbrio e queima pelo menos 400 calorias. "Na aula Runner Trio, você repete saltos, socos, chutes e exercícios dinâmicos e isométricos em blocos coreografados", fala Saymon Lopes, um dos idealizadores da aula.

Pilates Walker: a ideia da técnica criada pela fisioterapeuta Barbara Reginato, de Rio Claro (SP), reproduz os exercícios do pilates somados à caminhada. "Do umbigo para baixo, você caminha; para cima, exercita os braços e o tronco usando toning ball, faixa elástica e fitness circle, sempre com o abdômen ativado e as escápulas contraídas, regras no pilates", diz. O desafio compensa: Barbara fez o cálculo e concluiu que o gasto calórico é 35% mais alto do que na caminhada.

Pilates Funcional: elementos do RPG e ioga, entre outras técnicas de conscientização corporal, somam-se aos do pilates para reforçar a fixação da postura correta. "A adaptação respeita a individualidade biológica de cada um, exigindo o uso da força muscular, flexibilidade e concentração", explica Everton Batista, personal trainer do Espaço Beleza Social - Estética e Mat Pilates.

Yogapilates: exercícios que trabalham a respiração da ioga (o aluno inspira esvaziando totalmente a caixa torácica e a região abdominal) e do pilates (o abdômen é contraído o tempo todo junto com os movimentos corporais). "A execução é precisa e bem calculada, com sequências dinâmicas e sincronizadas com a respiração", diz Everton.


Standing pilates: criado com o objetivo de controlar os altos índices de osteoporose nos EUA, o método aperfeiçoa a postura ortostática (em pé). "Ele desenvolve e trabalha intensamente o desequilíbrio do corpo, estimulando a recuperação durante a execução dos movimentos. Esse trabalho melhora o metabolismo ósseo do praticante", esclarece Elaine de Markondes, médica, fisioterapeuta e Master Trainer em Pilates do Núcleo do Corpo.

DIFERENÇAS ANATÔMICAS ENTRE O SISTEMA RESPIRATÓRIO DO ADULTO E DA CRIANÇA

Esta postagem é alvo de constantes atualizações!!!!.
Hoje publico um resumo rápido sobre as diferenças anatômicas entre as vias aéreas da criança e o adulto. Resolvi abordar diferenças que costumam não ser valorizadas. Geralmente se dá mais atenção ao formato do gradil costal e ao fato do diafragma tender a ser mais horizontal, por isso resolvi falar somente das vias aéreas. fico devendo outro post sobre o diafragma. De fato existem muitas diferenças anatômicas e fisiológicas entre neonatos, crianças e adultos. O conhecimento dessas diferenças é essencial para o fisioterapeuta que pretende se especializar em pediatria.

Cabeça e Vias Aéreas Superiores.




Comparada ao resto do corpo, a cabeça da criança é proporcionalmente maior do que a do adulto (Figura ao lado) O peso da cabeça pode causar uma flexão aguda da coluna cervical em crianças com baixo tônus, e esta flexão tende a obstruir a passagem de ar. Neste sentido, é interessante saber que a hiperextensão cervical facilita a passagem de ar. Por isso que bebês com esforço respiratório tendem a hiperextender a cervical e algumas vezes até o tronco. (fiquem alertas para não confundir isto com um opistótono!) Apesar da cabeça ser maior, a passagem nasal é proporcionalmente menor do que a de um adulto. Isto torna a entubação nasal em crianças mais difícil e arriscada.
A laringe encontra-se anatomicamente mais superior no pescoço do que nos anos seguintes, a glote localiza-se entre C3 e C4 e é mais afunilada do que a de um adulto. A epiglote infantil é mais longa, menos flexível e mais horizontal. Desta forma, durante a deglutição a laringe provê uma conecção direta com a nasofaringe. Isto cria duas passagens praticamente separadas, uma para a respiração e outra para alimentação, permitindo a criança que respire e alimente-se ao mesmo tempo. É importante enfatizar que a mucosa da via aérea superior da criança é fina e facilmente traumatizável. Aspirações freqüentes e contínuas podem causar edema e obstrução destas áreas. Além disto, a estimulação mecânica da laringe na criança pode resultar em estimulação vagal e bradicardia.




Vias Aéreas de Condução
As vias aéreas de condução são aquelas que contém epitélio ciliado. Estendendo-se da traquéia aos Bronquíolos respiratórios. O conhecimento da propriedades estruturais e funcionais da via aérea é de grande importância clínica pelo simples fato de que patologias da via aérea periférica representam uma fonte comum de problemas respiratórios na infância.
As vias aéreas de condução na criança são menores e mais estreitas do que as do adulto. A traquéia do recém-nascido tem aproximadamente 5 a 6 cm de comprimento e 4mm de diâmetro, enquanto em pretermos pequenos, ela pode medir apenas 2cm de comprimento e 2-3mm de diâmetro. As vias aéreas aumentam de largura e comprimento com a idade. No entanto, parece haver evidências de que as vias aéreas distais têm um ritmo de crescimento mais lento do que as durante os primeiros 5 anos de vida. Estas vias relativamente mais estreitas até a idade de 5 anos é presumivelmente responsável pela alta resistência periférica ao fluxo aéreo neste grupo. A lei de Poiseuille estabelece que a resistência ao fluxo de ar em um tubo é inversamente proporcional à quarta potência do raio (r) do tubo. Portanto, uma pequena redução no calibre da via aérea doa criança devido à inflamação ou edema pode levar à um aumento muito grande na resistência da via aérea periférica. Este fenômeno explica porquê infecções virais das vias aéreas inferiores (periféricas) representa uma grande ameaça à recém-nascidos e crianças pequenas.
O suporte cartilaginoso é essencial para a estabilidade das vias aéreas de condução, desde a traquéia até o nível dos bronquíolos segmentares. A fraqueza relativa da estabilidade cartilaginosa em crianças comparada à de adultos leva ao fenômeno de compressão dinâmica da trquéia em situações associadas à altos fluxos expiratórios e aumento da resistência à passagem de ar, tais como ocorrem na bronquilite, asma ou mesmo durante o choro. A árvore traqueobrônquica de um recém nascido é mais complascente, e até a idade de 5 anos, a estrutura bronquiolar tem poucas fibras elásticas. Portanto, a via aérea da criança é mais propensa ao colapso.

Parede torácica e musculatura
O gradil costal do recém nascido é composto principalmente por cartilagem e tem alta complascência. Durante períodos de esforço respiratório, a parede torácica da criança é facilmente tracionada para dentro. Esta retração da parede torácica pode ser observada acima do esterno (retração de fúrcula esternal), abaixo do esterno (retração sub ou infra esternal) e também entre as costelas (retração intercostal). Ao contrário do adulto, a musculatura torácica da criança é imaturae não garantem um bom suporte estrutural e nem ventilatório. Além disto, as costelas da criança são horizontalizadas. Desta foram, o diâmetro A-P do tórax modifica-se pouco durante a inspiração, isto sobrecarrega o diafragma, o qual move-se principalmente para cima e para baixo, sendo que este movimento tem pouco efeito no aumento das dimensões laterais do tórax. Além disto, vísceras abdominais proporcionalmente maiores limitam a excursão vertical.

FISIOLOGIA DO DESENVOLOVIMENTODO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Ventilação alveolar.
Fisiologia do desenvolvimento
As vias aéreas de condução possuem epitélio ciliado em toda a sua extensão. Em última análise, estendem-se da traquéia ao bronquíolo respiratório. Análise das propriedades estruturais e funcionais da via aérea é de gtrande importância clínica pelo fato de que a afecção das vias aéreas periféricas representam uma causa comum de doenças respiratórias na infância. A formação das vias aéreas de condução acontece entre a 4a e a 16a semanas de gestação, durante o estágio pseudoglandular do desenvolvimento pulmonar. (Bucher U, Reid L. Development of the intra-segmental tree: the pattern of brnaching development of cartilage at various stages of intra-uterine life. Thorax 1961:16:207) O crescimento intra uterino das vias aéreas de condução pode ser inibido por uma hérnia diafragmática, lresultando em hipoplasia pulmonar e grande sofrimento respiratório ao recém-nato (Kitagawa M, et al. Lung Hypoplasia in congenital diaphragmatic hernia. A quantitatiuva study of airway, artery and alveolar development. Br J Surg 1971:58:342) . mesmo após a correção da hérnia diafragmática ao nascimento, o porgnóstico de sobrevivência permanece grave, pois o crescimento vias aéreas de condução já não ocorre após o nascimento, assim, a hipoplasia pulmonar permanece irreversível.

Com a idade, as vias aéreas aumentam seu comprimento e diâmetro. No entanto, o crescimento das vias aéreas distais é mais lento do que o das vias aéreeas proximais durante os primeiros 5 anos de vida (Hogg JC. Age as a factor in the distribution of lower-airway condutance and in the pathologic anatomy of obstructive lung disease. N Engl J Med 1970: 282:1283) Este estreitamento relativo das vias aéreas até a idade dos 5 anos, é possivelmente responsável pela alta resistência periférica nesta faixa etária. A resistência ao fluxo de ar é inversamente proporcional à quarta potência do raio de um tubo (Lei de Poiseuille): Portanto, uma pequena redução no calbre da via aérea da criança cusado, por exemplo por inflamação ou edema, pode levar à uma umnto significativo na resistência à passagem de ar. Este fenômeno explica porque infecções virais das vias aéreas inferiores é uma grande ameaça aos lactentes e crianças pequenas. (Hogg JC. Age as a factor in the distribution of lower-airway condutance and in the pathologic anatomy of obstructive lung disease. N Engl J Med 1970: 282:1283)

O suporte cartilaginoso é essencial para a estabilidade das vias aéreas de condução desdee a traquéia até o nível do bronquíolo segmentar. Após o nascimento, as cartilagens aumentam em número até os 2 meses de idadee então passam a cresscer em ralação à área total pelo restante da infância. A relativa fraqueza do suporte cartilaginoso em crianças, comparado com o de adultos pode levar à compressãoi dinâmica da traquéia em situações associadas a altos fluxos expiratórios e aumento da resistência aérea , como na bronquiolite, asma ou mesmo durante o choro. A pressão transmural da traquéia intratorácica diminui durante a expiração forçada e é a principal causa da compressão dinâmica (Wittenborg MH et al. Tracheal dynamics in infants with respiratory distress, stridor , and collapsing trachea. Radiology1967:88:653 )

Após o nascimento, ocorre um aumento dramático no número de alvéolos (Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329) dos 20 milhões de sacos alveolares presentes ao nascimento (20), para cerca de 300 milhões de alvéolos na idade de 8 anos(Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329).

Embora a multiplicação alveolar seja o mecanismo predominante de crescimento pulmonar, o aumento de tamanho dos alvéolos individuais é também um fator a ser levado em consideração. O diâmetro médio de um alvéolo é 150-180 m aos 2 meses de idade. Em adultos, o diâmetro aumenta para 250-300 m (Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329) O menor tamanho alveolar em crianças é responsável pela maior predisposição ao colapso alveolar de crianças.

Esta tremenda expansão no número e nas dimensões resulta em um consequente aumento da área de superfície alveolar durante a infância. Ao nascimento, a área de superfície alveolar é de 2.8 metros quadrados (Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329). Aos 8 anos de idade, a criança tem uma superfície alveolar de 32 metros quadrados, e no adulto esta superfície alcança os 75 metros quadrados (Dunnil MS. Postanatal growth of the lung. Thorax 1962:17:329). embora a área de superfície seja apenas um dos muitos fatores determinantes da capacidade de difusão de O2 é digno de nota que a capacidade de difusão da criança varia entre 1/3 a 1/2 do que a do adulto, mesmo quando esta proporção é normalizada em relação à superfície corpórea (14).

O pulmão adulto possui canais anatômicos que permitem a ventilação à áreas distais a um uma via aérea obstruída ou "ventilação colateral". Três estruturas forma descritas: (a) interalveolar (poros de Kohn), (b) bronquíolo-alveolar (cnais de Lambert) e (c) interbronquilar. Embora a presença de ventilação colateral em recém nascidos tenah sido defendida baseada em radiografias (15), Não foram identificadas estruturas responsáveis por ventilação colateral em estudos histológicos. Portanto, assume-se que a ventilação colateral não se desenvolve até o final da infância. Os poros de Kohn surgem em algum momento entre o pormeiro e o segundo ano de vida (16)O canais de Lambert surgem com cerca de 6 anos (17). Os canais interbronquiolares não foram encontrados em pulmões humanos normais; no entanto, eles podem se desenvolver na presença de doenças (16). Sem a ventilação colateral, presume-se que as crianças tenham mais risco de desenvolver atelectasias ou mudanças enfisematosas, e poretanto alterações na realção ventilação perfusão.

Durante o período de desenvolvimento das vias aéreas e dos alvéolos, o sistema respiratório infantil é deficiente em diversas formas; todavia, existe uma distinta vantagem no desenvolvimento alveolar contínuo. uma vez que um porcesso de doença resulta em destruição de uma porção do pulmão infantil, sua área de superfície irá se expandir com o tempo para a troca gasosa. Uma destruição pulmonar semelhante no adulto é improvável de conseguir levar ao crescimento compensatório como observado na infância.

Efeitos da pressão pleural sobre a distribuição de gases
Entre os fatores que governam a distribuição do gás inspirado, a variação na pressão pleural é de especial importânica. Durante a respiração espontânea, a maior parte do gás é direcinado para regiões dependentes dos pulmões. Embora o mecanismo exato ainda não esteja desvendado, assume-se que a força gravitacional gera áreas de pressão intrapleural (Ppl.) menores (mais negativas) nas bases do que nos ápices pulmonares. A Pressão alveolar P.alv permanece constante em todas as regiões do pulmão. Entretanto as pressões de distenção transpulmonares (Palv - Ppl) é reduzida em regiões dependentes. Uma Pressão de distenção transpulmonar reduzida implica em um volume pulmonar reduzido nestas regiões do pulmão. Se traçarmos um gráfico relacionando a pressão transpulmonar com o volume pulmonar veremos que estes alvéolos menores, localizados nas regões dependentes do pulmão, estarão em uma parte ingreme da curva. Assim, uma pequena mudança na pressão transpulmonar implica em grande mudança no volume alveolar (FIG abaixo). Consequentemente uma grande porção do volume corrente é direcionada para alvéolos em regiões dependentes durante a respiração, com a inspiração se iniciando ao nível da Capacidade Residual Funcional (CRF). Este direcionamento é positivo, uma vez que grande parte do fluxo sanguíneo pulmonar também é direcionado para regiões dependentes do pulmão, deixando assim, a relação entre a ventilação e a perfusão mais próxima.
Efeitos das mudanças na pressão pleural do ápice até a base do pulmão. A pressão pleural aumenta do ápice para a base. Com o aumento da pressão pleural, os alvéolos se tornam menores nas bases. Alvéolos menores estão localizados na parte mais ingreme da curva pressão-volume (complacência), e portanto uma dada variação na pressão transpulmonar produz um grande aumento de volume nos alvéolos menores.
Entretanto, é possível que os volumes pulmonares estejam tão reduzidos abaixo da CRF que pequenos alvéolos e vias aéreas localizados em regiões dependentes do pulmão estejam "fechados". O volume pulmonar em que este fenômeno acontece é denominado "capacidade de fechamento". A relação entre a CRF e a capacidade de fechamento determinam, em grande extensão, a relação ventilação X perfusão e, portanto, a PaO2 (CRAIG DB et al. Closing volume and its relationship to ga exchange in seated and supine positions. J Appl Physiol 1971:31:717) Este fato é extremamente relevante para aprática clínica, uma vez que muitas das doenças respiratórias pediátricas podem ser vistas como alterações da CRF, da Capacidade de Fechamento, ou de ambos.

PILATES: SAIBA TUDO SOBRE OS DIFERENTES MÉTODOS DO EXERCÍCIO E VEJA O MAIS EFICAZ

Pilates solo e com aparelhos são as duas melhores técnicas dos exercícios, que deve ser praticado em estúdios específicos para se conquistar um bom resultado em menos tempo
O pilates se transformou em um dos exercícios físicos mais amados do Brasil. Por ano, mais de 200 estúdios especializados são abertos no país, conquistando adeptos e fãs desta técnica desenvolvida pelo alemão Joseph Pilates na década de 1920.

Com o seu sucesso, diversas vertentes foram desenvolvidas, mas nem sempre são tão eficazes como a tradicional. Pensando nisso, entrevistamos uma fisioterapeuta e instrutora de pilates que tirou todas as dúvidas sobre as diferenças técnicas que existem da prática. Confira a seguir!

1- Quantos tipos de Pilates existem?

“Na verdade existem apenas duas formas. O Mat pliates (somente solo) e pilates completo (solo e aparelhos). Agora, fala-se muito sobre o pilates power, mas é na verdade um nome comercial, uma vez que o método é um só. É um nome que determinados lugares dão para terem um diferencial”, afirma a fisioterapeuta e instrutora de pilates Thais Lopes de Faria.

2- Qual é a diferença entre eles? Quais são os benefícios e os riscos de cada um?

“O pilates de maneira geral torna o corpo mais flexível, alongado e forte. Melhora a postura, a consciência corporal e a concentração. Isso é comum nos dois tipos. Nos aparelhos a pessoa conta com as molas, que podem facilitar ou dificultar determinado movimento, e existe a própria estrutura do equipamento que ajuda na manutenção da postura durante os exercícios. Já o pilates solo depende da força do próprio corpo para realizá-lo e a manutenção da postura e equilíbrio também são apenas com o esforço físico. Além disso, como não há nenhum tipo de auxílio, o risco de lesões aumenta”.

3- Há diferenças entre praticar pilates em estúdios específicos, clubes ou academias?

“Quando o pilates é feito em um estúdio especializado, a quantidade de alunos não passam de 4 por aula. Em academias ou clubes geralmente não há limites para o número de alunos, o que dificulta a supervisão da prática, o que pode interferir na segurança e eficácia do pilates”.

4- Dá para praticar pilates na academia de um prédio, por exemplo?

“Sim, somente a modalidade de pilates solo. Como os acessórios são facilmente carregados para qualquer local, e não é necessário um grande espaço. É possível praticar até mesmo num quarto de hotel durante uma viagem.”

5-Existe Pilates na água?

Sim. No entanto, na água não há a ação da gravidade, o que torna a prática menos eficaz. Ela é indicada em casos onde o aluno apresenta muita dor e ainda não possui força muscular para executar determinados movimentos contra a ação da gravidade.

6-Qual é o tipo de prática mais recomendada para alguém que não pratica atividade física há algum tempo?

Com a orientação adequada, qualquer modalidade pode ser realizada por um aluno iniciante, já que no solo e com aparelhos existem exercícios de nível básico, intermediário e avançado. Como o pilates solo é mais difícil para ser executado, julgo imprescindível o acompanhamento individual.