Faculdade Mario Schenberg

sábado, 2 de agosto de 2014

Por que ser Fisioterapeuta? Por que estudar Fisioterapia?

Bem, creio que todo profissional ou estudante tenha feito essa pergunta a si mesmo pelo menos uma vez na vida.
Então qual o motivo que leva uma pessoa a fazer Fisioterapia, ser Fisioterapeuta?
Antes de responder essa pergunta eu faço outra a você!
-Gosta de fazer bem ao próximo?
-Gosta de ganhar sorrisos de agradecimentos?
-Gosta de ser convidado para festas de pacientes e ser incorporados na família pelo simples fato de atender eles bem?
-Gosta de ser útil em hora de emergência e acima de tudo ajudar a fazer o bem?
-Gosta de fazer uma pessoa andar?
-Gosta de cuidar das crianças e ter os pais gratos?
-Gosta de ver um pulmão fechado e o paciente voltando a respirar bem ?
-Gosta de ajudar o próximo?
-Gosta de contraria expectativas e acabar ajudando o paciente a melhorar antes do tempo?
Então se for sim, PARABÉNS, estes sãos um dos motivos de ser Fisioterapeuta ou estudar Fisioterapia!
Claro que a Fisioterapia não enfrenta somente caminhos floridos, e existe espinhos, porém VAMOS VENCER esses espinhos?
VAMOS? VAMOS? VAMOS? VAMOS?
Reclamar do preço que convênio paga não basta. Por que não fazer artigos científicos mostrando que a Fisioterapia faz a diferença, colaborando assim pro aumento dos valores? VAMOS PARAR DE RECLAMAR E FAZER MAIS! SEMPRE MAIS! Vamos nos valorizar, não aceita atender por preços baixos! E se fulano cobrar menos? Simples! Paciente escolha alguém que ache que a sua saúde valha mais! A FISIOTERAPIA SÓ VAI MELHORAR QUANDO FISIOTERAPEUTA PARAR DE EXPLORAR FISIOTERAPEUTA!
A Fisioterapia é maravilhosa, vale a pena, ajuda as pessoas1 E os espinhos? Vamos arranca-los e deixar o jardim mais florido!
Ame a Fisioterapia assim como ela ama você!
Não escolhemos a Fisioterapia e sim ela nos escolhe.
Grato

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Da cintura para baixo “funciona”?

wheelchairfinal

Quando você vê alguém em uma cadeira de rodas, logo imagina que aquela pessoa não tem uma vida sexual ativa e saudável, pensa que nada da cintura para baixo “funciona”, certo? Errado!
wheelchairfinalÉ comum para quem não tem nenhum tipo de limitação física e também não convive com cadeirantes, imaginar que eles não desfrutem de uma vida sexual como a de um “andante”. O pensamento da maioria das pessoas gira em torno do movimento do corpo e, quando alguém não pode andar, também não pode usar o que fica da cintura para baixo. O professor universitário de educação física, Rodrigo Tadeu Silva Ferreira, que em 2008 completa 11 anos de lesão na medula, explica que a limitação física e a cadeira de rodas trazem a falsa impressão de inatividade e monotonia.“Mas no meu caso não, eu tenho boa mobilidade e sou bem habilidoso sexualmente falando”, garante o professor.
Rodrigo, hoje com 35 anos, era ginasta quando ao realizar um salto duplo mortal para frente, caiu e deslocou as vértebras cervicais. Ele, que já era formado em educação física, enfrentou cirurgias e muitas sessões de fisioterapia. Hoje mora sozinho e realiza todas as tarefas do dia-a-dia sem o auxílio de outras pessoas. Deixou de trocar passos para tocar as rodas. “Faço tudo sozinho, sou independente. Vou para festas, dou aulas na faculdade, namoro, estudo. Toco minha vida sobre rodas numa boa”, conta Rodrigo.
A psicoterapeuta e psicodramatista Magda Gazzi, explica que nos homens o desejo sexual permanece inalterado após uma lesão, mas a vida sexual depende de muitos outros fatores além de somente estímulos físicos como, toque, beijos ou carícias. A forma como se pensa o sexo passa a ser muito importante, os sabores, os cheiros, os sons, todo o clima que antecede o ato sexual passa a ser extremamente importante.
“A ereção depende do nível da lesão e se é ou não completa. Os estímulos visuais, por exemplo, responsáveis pela ereção psicogênica, passam a ser muito importantes já que nem sempre o corpo responde de imediato ao toque”, explica Magda. Após uma lesão, é comum perceber a ereção dificultada, sensibilidade diminuída e até ausência de ejaculação. “Existe uma cultura machista que sinônimo de masculinidade e virilidade é ter pênis ereto e penetrar a mulher. Com o tempo descobri que ser homem é muito mais que isso e que não é ‘pau duro’ que as mulheres querem e sim um homem no modo de ser completo”, esclarece Rodrigo, que além de professor é campeão de natação e atletismo em jogos paradesportivos.
A ejaculação é um processo fisiológico e o orgasmo é um processo sensitivo, portanto, pode haver orgasmo sem ejaculação e ejaculação sem orgasmo. “Ocorrem quase ao mesmo tempo, mas não são a mesma coisa”, garante a psicoterapeuta Magda Gazzi. A lesão afeta todo o corpo, inclusive a função sexual. Assim é necessário inventar e descobrir novas formas de amar, com muito carinho e cumplicidade tudo se resolve. “O toque, os beijos, o calor do corpo, os lábios, a língua e as carícias tornaram-se ferramentas importantes e, apesar de existir a penetração ela não o principal”, complementa o engenheiro de software e técnico de sistemas Hélio Araújo Portela, 38 anos, há 18 lesado medular.
E nas meninas?
Várias mulheres com lesão permanecem férteis e capazes de gerar um bebê. A menstruação geralmente pára logo após a lesão, mas o ciclo menstrual volta ao normal em no máximo um ano. Depois desse período a mulher pode engravidar, desde que realize o acompanhamento médico e se atente a alguns pequenos cuidados. O risco de infecção urinária, por exemplo, é maior. Alguns estudos na área mostram que elas demoram mais tempo para alcançar o orgasmo, mas ainda que ele seja uma sensação de prazer intenso, a satisfação sexual em si não requer orgasmo. “Depois do acidente, percebi que era preciso adquirir habilidade para outros pontos de sensibilidade. Aprendi que meus seios estavam super sensíveis, as orelhas, pescoço até as mãos ficaram mais sensíveis”, confirma Bianca Kallil, 26 anos, designer de móveis que sofreu um acidente de carro aos 19. “Nas mulheres, a resposta sexual funciona da mesma maneira que nos homens, porém, como não tem ereção declarada, fica “mais fácil” manter o relacionamento sexual. Porém tudo depende muito do nível da lesão, tanto nos homens quanto nas mulheres”, afirma Magda Gazzi, que também é colaboradora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O projeto destina-se à assistência, ensino, pesquisa e prevenção dos transtornos da sexualidade, bem como a serviços junto à comunidade.
Além de todas as técnicas físicas para dar e sentir prazer existem ainda as evoluções da ciência, que possibilitam uma maior qualidade para o ato sexual, por exemplo, as pílulas a base de sildenafila, como Viagra, Levitra e outros usados no tratamento da disfunção erétil no homem. “O medicamento melhora o que já existe, há necessidade de existir excitação, desejo e um esboço de ereção para que tenha o efeito esperado. Ele não provoca essas sensações, isso é da pessoa, da situação”, explica Rodrigo.“Sem o remédio dá pra levar, mas com ele a qualidade da transa é outra”, afirma o estudante de Letras, João Manuel Ardigo, 37 anos, autor de dois livros que contam sua trajetória de recuperação após ser atropelado por um caminhão há 11 anos.
O prazer que vem do sexo acontece de muitas maneiras diferentes. A experiência de novas táticas associadas a boa comunicação entre os parceiros são as chaves para uma vida sexual satisfatória, em todos os casos. É possível viver bem numa cadeira de rodas e com qualidade, nem tudo é 100% bom ou 100% ruim. “Quando me perguntam como é estar na cadeira, digo que eu gosto e eu tenho de gostar porque poderia estar pior. Muita gente fica pasma pensando que sou louco, mas na verdade é ela que me leva aos lugares. Penso na cadeira de rodas como um objeto que traz benefício e não como muitos enxergam como algo ruim e assustador”, conclui Rodrigo.
Uma vida nova
A incidência de lesões medulares traumáticas no Brasil é alta. Estima-se que ocorram cerca de 11.300 novos casos por ano. São muitas as formas de acidentes causadores desse tipo de lesão, as mais comuns são acidentes no trânsito, armas de fogo e desajeitados mergulhos em rios, piscinas ou lagos muito rasos. Quando a medula espinhal é afetada por problemas como tumor, hemorragia, infecções, acidentes vasculares entre outros, a lesão é chamada de não-traumática. Após um ferimento na medula, a pessoa perde os movimentos do nível do local afetado para baixo, pode ser uma paraplegia (paralisação de pernas, tronco e órgão pélvico) ou tetraplegia (paralisação de braços, pernas, tronco e órgão pélvico). A lesão ainda pode ser completa ou parcial. “A completa é considerada definitiva, pois o paciente perde todas as funções sensitivas e motoras abaixo do local afetado. Já a parcial pode ser reversível, já que o paciente pode ter algum movimento voluntário ou sensação abaixo da lesão”, explica o professor doutor em neurocirurgia, Adelmo Ferreira.
A medula espinhal é como um fio elétrico, às vezes é possível reconectar os cabos, mas em alguns casos, eles são irremediavelmente danificados, como se tivessem sido cortados com uma tesoura, ela regula não só as funções motoras, como as respiratórias, circulatórias, excretoras, sexuais e térmicas. Por isso o processo de reabilitação é longo e um desafio para profissionais e para o próprio paciente. “No começo há uma confusão de sensações, ficamos decepcionados com isso. Tentamos adivinhar o que estamos sentindo e, às vezes não sentimos nada. Nessas adivinhações algumas acertamos, mas a maioria, erramos. O tempo ensina a viver com a nova situação, tirando dela o que há de melhor”, declara o professor Rodrigo Tadeu.

Fonte: Amigos Cadeirantes

Curso de Introduçao GDS julho 2014


Notícias da ABENFISIO

O edital de convocação para as eleições da Coordenação Nacional está na página da ABENFISIO (http://www.abenfisio.com.br/2012/download/EDITAL_DE_CONVOCACAO_ELEICAO_2014.pdf).
Os interessados devem ler o edital e prestar atenção nas datas para inscrição de sua respectiva chapa e envio da documentação necessária.

Encontram-se abertas também as inscrições e submissões de trabalhos no 
I Congresso Brasileiro de Educação em Fisioterapia, XXIV Fórum Nacional de Ensino em Fisioterapia e IV Congresso Nacional de Fisioterapia na Saúde Coletiva, que será realizado no período de 24 a 27 de setembro de 2014, no Praiamar Hotel Convention, em Natal/RN.
Maiores informações: http://runbora.com.br/forum2014/

Atenciosamente,

Ricardo Aguiar
UFS - Lagarto
ricardoaguiar@ufs.br

ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GERONTOLOGIA - AGOSTO/2014

ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GERONTOLOGIA - AGOSTO/2014  

Professor
Prof. Esp. Catarina Nucci Stetner El Razi
São inúmeros os desafios que surgem com o processo de envelhecer, para tanto, é necessário formar profissionais de diferentes áreas do conhecimento e capacitá-los para melhor atender e entender as demandas da população idosa. A procura por profissionais de saúde capazes de acompanhar o desenvolvimento assistencial e tecnológico para o público idoso torna-se crescente e reflete a preocupação para evitar o risco à saúde do indivíduo, que pode estar ou não associado à ocorrência de erros humanos. Dessa forma o curso de Especialização em Gerontologia tem como objetivo capacitar profissionais, a partir de conhecimentos teórico-práticos, sobre o processo do envelhecimento, a fase da velhice e o idoso, compreendendo aspectos biopsicossociais e conceitos epidemiológicos, demográficos do envelhecimento. Abrange questões sobre gestão estratégica e de qualidade dos processos assistenciais envolvidas na saúde dos idosos, enfatizando aspectos de promoção de saúde, discutindo princípios básicos em Gerontologia e Geriatria e a importância da atuação interdisciplinar.

Público Alvo: Gerontólogo, Assistente Social, Enfermeiro, Médico, Fisioterapeuta, Psicólogo, Educador Físico, Terapeuta Ocupacional e demais profissionais que atuam ou desejam atuar no campo da Gerontologia e Geriatria.
Certificação
Curso de Especialização Lato Sensu (de acordo com a Resolução CNE/CES nº 1 de 3 de abril de 2001 do MEC)
PROGRAMA

Introdução à Gerontologia
  • Desenvolvimento histórico e teórico da Gerontologia
  • Demografia do Envelhecimento
  • Transição Epidemiológica
  • Longevidade e centenários
  • Sistemas de informação em saúde
  • Envelhecimento populacional e demandas por recursos
  • Atividades Complementares

Aspectos Biológicos da Velhice
  • Teorias Biológicas do Envelhecimento
  • Fisiologia do idoso: Fundamentos Biológicos em Gerontologia
  • Idoso e os órgãos dos sentidos
  • Avaliação Gerontológica
  • Atividades Complementares

  Aspectos Psicológicos do Envelhecimento
  • Teorias Psicológicas do Envelhecimento
  • Princípios psicológicos básicos para Gerontologia
  • Princípios de cognição no envelhecimento
  • Psicogerontologia nas relações sociais e familiares
  • Motivação, participação e satisfação na velhice
  • Saúde mental e envelhecimento
  • Avaliação Gerontológic
  • Atividades Complementares

Aspectos Sociais do Envelhecimento
  • Políticas de atenção ao idoso
  • Envelhecimento e gênero
  • O idoso na família
  • Rede de suporte social
  • Aspectos socioculturais do envelhecimento

Aspectos Patológicos do Envelhecimento
  • Hipertensão Arterial Sistêmica
  • Diabetes Mellitus
  • Sarcopenia e osteoporose
  • Doenças articulares degenerativas
  • Neoplasias
  • Inflamação, infecção viral e bacteriana
  • Obesidade
  • Dor no idoso
  • Síndrome da fragilidade
  • Os gigantes da Geriatria
  • Doenças neurodegenerativas
  • Acidente Vascular Encefálico

Promoção de Saúde e Envelhecimento Ativo
  • Educação em saúde e envelhecimento ativo;
  • Iniciativas públicas e privadas em programas de promoção à saúde;
  • Gerontologia educacional;
  • Sexualidade na velhice;
  • Educação nutricional e prática de atividade física na velhice;
  • Qualidade de Vida e bem estar na velhice;
  • Manutenção e promoção do estado de saúde
  • O trabalho da equipe multi e interdisciplinar na atenção à saúde

Ambiência e Adaptações
  • Princípios fundamentais da ambiência e suas implicações na humanização dos ambientes de trabalho e
atendimento;
  • Acessibilidade e Desenho Universal: princípios normativos para garantia de mobilidade para todos;
  • Conforto ambiental: observações importantes para a eficiência das atividades domésticas e profissionais;
  • Ergonomia: a eficiência nas atividades e o uso de equipamentos adequados.

 Tópicos Especiais em Gerontologia
  • Violência contra o idoso;
  • Polifarmácia e o uso adequado de medicamentos
  • Tanatologia, cuidados paliativos e finitude

Gestão em Gerontologia
  • Fundamentos da gestão em Gerontologia;
  • Indicadores, medições e ferramentas;
  • Qualidade e melhoria de processos em serviços de saúde: ferramentas de gestão;
  • Gestão de pessoas;
  • Gestão de projetos;
  • Microgestão: gestão de casos
  • Economia e saúde
  • Estudo do custo da doença

Metodologia da Pesquisa Científica
  • Desenvolvimento do tema de artigo
  • Levantamento bibliográfico e base de dados
  • Desenvolvimento da Introdução ao estudo
  • Justificando o projeto
  • Objetivos do projeto
  • Desenvolvimento e escolha do método
  • Resultados obtidos
  • Análise estatística
  • Conclusão
  • Resumo do artigo

Ministrantes
Catarina Nucci Stetner El RaziGraduada em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP) e Especialista em Serviços em Saúde. Cursos de Avaliação Antropométrica na Nutrição Clínica Esportiva, Nutrigenômica Básica, Nutrigenômica Aplicada ao Atendimento Nutricional, Bioquímica e Prática na Nutrição pré, durante e pós-exercício, Estatística (Minitab) aplicada ao Lean Seis Sigma pela Setec Consulting Group.
Antonio Eduardo DaminMédico Neurologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), doutor em Ciências pela USP. Membro do Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP) e do Grupo de Neurologia Cognitiva e Comportamental da USP. Médico neurologista do hospital A.C. Camargo. Professor responsável por disciplinas na Faculdade de Medicina da UNINOVE e Professor da pós-graduação da Universidade Gama-Filho.
Eduardo Moreira de OliveiraGraduado em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP) e Especialista em Neurociências pela Faculdade de Medicina do ABC. Capacitado em Treino Cognitivo pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e pelo Instituto de Educação e Saúde Pinus Longaeva.
Henrique SalmazoGraduado em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP), Mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP e doutorando em Neurociências e Cognição pela UFABC.
Mario Amore CecciniPsicólogo clínico e neuropsicólogo, mestrando em neurociências pelo Instituto de Neurologia (HC FMUSP), especialista em Neuropsicologia pelo Instituto Neurológico de São Paulo (Inesp). Docente na Graduação de Psicologia da Universidade Paulista (UNIP) e do curso de especialização em Neuropsicologia do Inesp.

Marilia 
AlbuquerqueGraduada em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP), Mestre em Farmacologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Experiência na área de Neuropsicofarmacologia, atuando, principalmente em memória, envelhecimento, doença de Alzheimer, exercício físico, sistema colinérgico e GABAérgico.
OBSERVAÇÃO
- O curso só ocorrerá com, no mínimo, 16 alunos
- Não haverá reembolso da matrícula em caso de desistência do curso
- O pagamento da primeira mensalidade será feito no primeiro dia de aula.
Local das Aulas: Rua Visconde de Parnaíba, 2727, no bairro do Brás, à 5 minutos do metrô Bresser.

Carga Horária 360 horas
O curso será realizado em 18 meses (18 finais de semana), sendo 01 final de semana por mês.

 
 DATAS:
 
16 e 17/08/14
06 e 07/09/14
18 e 19/10/14
29 e 30/11/14
13 e 14/12/14
31/1 e 01/02/15
21 e 22/02/15
14 e 15/03/15
25 e 26/04/15
23 e 24/05/15
20 e 21/06/15
31/07 e 01/08/15
15 e 16/08/15
19 e 20/09/15
24 e 25/10/15

--
Núcleo Paulista de Cursos, a melhor opção para você!
Atenciosamente.
Felipe Augusto
Contatos
Tel: (11)2093-9300
E-mail: atendimento@npcursos.com.br 
Site/Blog: 
http://www.npcursos.com.br/
Perfil no Facebook: facebook.com/centro.paulista 

AOCP – EBSERH – UFGD/MS 2014 – Questão 43

43. Assinale a alternativa que indica o valor do débito cardíaco de acordo com as seguintes aferições que foram obtidas em um homem:

I. Pressão venosa central: 10 mmHg

II. Frequência cardíaca: 70 bpm

III. [O2] da veia pulmonar: 0,24 ml O2/ml

IV. [O2] da artéria pulmonar: 0,16 ml O2/ml

V. Consumo de O2 corporal total: 500 ml/min

(A) 1,65 l/min.

(B) 4,55 l/min.

(C) 5,00 l/min.

(D) 6,25 l/min.

(E) 8,00 l/min

calcuki

Questão muito legal!

Inicialmente devemos recordar como se calcula o débito cardíaco:

DC = VS x FC

Traduzindo, o débito cardíaco é o resultado da multiplicação do volume sistólico pela frequência cardíaca.

Simplificando ainda mais, débito cardíaco é o volume que o coração ejeta em um minuto. Ele pode ser calculado multiplicando-se o número de batimentos pela quantidade de sangue ejetada em cada batimento(sístole).

Nas informações acima, já temos o valor da frequência cardíaca, que é 70 bpm. Nossa fórmula ficaria assim: DC = VS x 70 Pois é, #SQÑ! (Olha eu usando hashtags de novo… #issovicia.)

Precisamos achar o volume sistólico. E como se faz isso? Não sei. Mas como eu faço essa conta então!?

Pois é, já resolveram isso pra gente há mais de 100 anos. O médico alemão Adolf Eugene Fick, apresentou ao mundo em 1855 sua teoria para a difusão do gás através de uma membrana líquida.

É a lei de Fick, que envolve:

= Consumo de oxigênio por minuto (VO2) , usando um espirômetro (com o indivíduo respirando ar) e absorção de CO2.
– O conteúdo de oxigênio do sangue retirado da artéria pulmonar (representando o sangue venoso).
– O conteúdo de oxigênio do sangue colhido de uma cânula em uma artéria periférica (representando o sangue arterial).

A partir destes valores, sabe-se que:

VO² = (CO x CA) – (CO x CV)

onde
CO = Débito Cardíaco (Cardiac Output),
CA = Concentração de Oxigênio no sangue arterial e
CV = Concentração de Oxigênio no sangue venoso.

Isto nos permite dizer que DC = VO²/(Ca-Cv), e desta maneira calcular o débito cardíaco. Na realidade, este método é raramente usado em nossos dias, devido à dificuldade de coleta e de análise das concentrações gasosas.

Nossa conta, então, fica assim:

DC = 500/8 = 62,5. Alternativa “D”.

Para quem quiser ler mais:

http://ilucas.com.br/?tag=equacao-de-fick

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: D

Alternativa que indico após analisar: D

IDECAN – CREFITO/PR 2013 – Questão 21

21. Um paciente com 15 anos, vítima da Síndrome de Guillain-Barré (SGB), ficou internado em terapia intensiva por 21 dias e, ao receber alta, sua família procurou o serviço de fisioterapia de uma clínica-escola para dar
continuidade ao seu tratamento. Sobre esta doença e suas respectivas características, analise.

I. A Síndrome de Guillain-Barré (SGB), doença neurológica capaz de provocar fraqueza muscular generalizada que, em alguns casos, pode levar à morte, caracteriza-se como autoimune, com predominância maior em homens na idade de 20 a 30 anos.

II. Conduz à desmielinização da bainha de mielina e a degeneração axonal dos nervos periféricos.

III. Acarreta paralisia espástica, arreflexia ascendente e diferença na concentração de proteína no líquido cefalorraquidiano (LCR), caracterizando a dissociação albumino-citológica, que é característica da SGB.

IV. Os pacientes com SGB apresentam muita dor, descrita como parestesia, disestesia, dor axial e radicular, mialgia, dor articular e desconforto visceral. A fisioterapia motora constitui-se de exercícios passivos, ativoassistido e ativo dos membros, este último dependendo da melhora da fraqueza muscular.

Estão corretas apenas as afirmativas

A) I e IV.

B) III e IV.

C) I, II e III.

D) I, II e IV.

E) II, III e IV.

Guillain Barré


Pessoal questão muito interessante.Todas as opções estão corretas, apenas a “III” está errada, ela propõe a paralisia espástica, o que é incorreto.

Coloquei no final desse post o depoimento muito interessante de uma paciente. Ao nos aproximarmos das patologias numa situação real, ao vivenciarmos o que ocorre, podemos fixar melhor o conhecimento.

A Síndrome de Guillain Barré (SGB) é uma doença autoimune geralmente desencadeada após uma infecção viral ou bacteriana (ainda que também possa ocorrer após vacinação, cirurgia, anestesia epidural, transplante de órgãos e medula óssea, linfomas, sarcoidose e uso de penicilina), que provoca paralisia ascendente (dos pés até a cabeça) progressiva e potencialmente fatal.

Descrita inicialmente por Jean B. O. Landry em 1859, médico francês,  como um distúrbio dos nervos periféricos que paralisava os membros, o pescoço e os músculos respiratórios. Em 1916, os médicos parisienses: Georges Guilliain, Jean Alexander Barre e André Strohl, demonstraram a anormalidade característica do aumento das proteínas com celularidade normal, que ocorria no líquor dos pacientes acometidos pela doença. Eis porque esta síndrome também é chamada de Landry-Guillain-Barré.

osreflexostendinosossoperdidosprecocemen-img
EPIDEMIOLOGIA
É uma doença cosmopolita de incidência anual entre 0,4 a 4 casos/100.000 habitantes (média de 1,3).Esta síndrome acomete todas as idades; no entanto, alguns estudos epidemiológicos mostram um pequeno pico na adolescência e adulto jovem, provavelmente devido ao maior risco de infecções.

Algumas séries mostram homens mais susceptíveis que as mulheres em torno de 1,25: 1. Desde que se iniciou a vacinação contra poliomielite a SGB tornou-se a causa mais frequente de paralisia flácida aguda.

CAUSAS
A SGB é de provável etiologia autoimune que pode ser desencadeada após 15 a 21 dias, em média, de uma infecção do trato gastrointestinal ou trato respiratório. Após o processo infeccioso o organismo produz anticorpos que agridem as bainhas de mielina de nervos perífericos e raízes nervosas. A mielina é a estrutura responsável por proteger (como uma capa) e permitir a transmissão do sinal nervoso ao longo de todo o trajeto do nervo.

Isto provoca fraqueza (paralisia flácida) e insensibilidade, que caracteristicamente progride de baixo para cima, em direção à cabeça, ascendente. O agente mais comum encontrado como causador é o Campylobacter jejuni, que provoca infecção gastrointestinal. Há também relatos de casos com Citomegalovirus, Epstein Barr vírus, Micoplasma pneumoneae.

Esta síndrome também é reconhecida como uma das complicações pela infecção pelo HIV, e também há relato de casos em decorrência de vacinação, cirurgia, anestesia epidural, transplante de órgãos e medula óssea, linfomas, sarcoidose e penicilina. Parece que a gravidez e uso de anticoncepcional oral conferem algum grau de proteção.

QUADRO CLÍNICO
Primeiramente é preciso esclarecer que a SGB não tratada leva rapidamente à morte, portanto, a constitui uma emergência médica, inclusive com indicação de tratamento em Unidade de Terapia Intensiva – UTI.
Doença de instalação hiperaguda – horas ou dias.
Sintomas mais frequentes: formigamentos e agulhadas nos pés; dores surdas nas costas; fraqueza muscular.
Inicia-se com dores lombares associadas a desestesias nas extremidades inferiores.
Com a progressão os membros inferiores ficam paréticos ou plégicos.
Ocorre paraparesia motora e sensitiva (paralisia incompleta), paraplegia flácida, e arreflexia.
Os reflexos tendinosos são perdidos precocemente, mesmo nas regiões onde a força muscular está preservada.
O quadro progride de modo ascendente: dos pés para cabeça.
50% dos casos pode acometer a face e função bulbar: disparesia parcial periférica, disfagia, disartria.
30% dos casos: paralisia da musculatura respiratória.
Exame Físico:
Paresia ou plegia
Arreflexia
flacidez simétrica
Sensibilidade térmica e dolorosa preservadas.
Sensibilidade vibratória e proprioceptiva comprometidas.
Em pacientes graves: insuficiência ventilatória, disautonomias (arritmias cardíacas, sudorese, picos hipertensivos).

DIAGNÓSTICO
A SGB deve ser suspeitada em todos os pacientes com fraqueza motora ou déficit sensitivo não explicado afetando os membros. Os achados típicos no exame neurológico incluem fraqueza progressiva e ascendente e arreflexia tendinosa. É fundamental a pesquisa de infecções prévias. É imperativa a coleta do líquido cefalorraquidiano, que frequentemente mostra dissociação albuminocitológica, ou seja, contagem celular normal com hiperproteinorraquia. Nos casos de pacientes com síndrome de imunodeficiência consequente ao HIV pode haver celularidade liquórica em torno de 10 a 50 células/ml.

Critérios para diagnóstico de SGB
1 –  Achados necessários ao diagnóstico
Diminuição de força progressiva em mais de um membro.
Arreflexia tendinosa.
2 – Achados que reforçam o diagnóstico

a) Achados Clínicos
Progressão.
Simetria Relativa.
Sinais e Sintomas discretos.
Comprometimento de nervos cranianos: paralisia facial ocorre em 50% dos casos e frequentemente são bilaterais. Pode acometer nervos responsáveis pela deglutição.
Recuperação: começa geralmente de 2 a 4 semanas após parada da progressão.
Disfunção Autonômica: taquicardia, hipotensão ortostática, sinais vasomotores.
Ausência de febre no início dos sintomas.
b) Achados no líquido cefalorraquiano que dão forte apoio ao diagnóstico:
Hiperproteinorraquia.
Celularidade liquórica normal ou alta no máximo de 10 células mononucleares.
c) Achados que causam dúvidas quanto ao diagnóstico:
Assimetria persistente e marcante da fraqueza.
Disfunção vesical ou intestinal persistente.
Mais de 50 células mononucleares no líquor.
Presença de leucócitos polimorfonucleares no LCR.
Nível sensitivo bem definido.
d) Achados que eliminam o diagnóstico:
História de abusos de hexacarbonos.
Metabolismo anormal das porfirias.
Diagnóstico recente de difteria.
Intoxicação pelo chumbo com neuropatia.
Diagnóstico definido de poliomielite, botulismo, paralisia ou neuropatia tóxica.

SUBTIPOS CLÍNICOS DA SGB
Após o advento da eletroneuromiografia foi possível reconhecer e classificar 4 subtipos da SGB.É notório que a variante Miller-Fischer é um subtipo bem caracterizado clinicamente.

Polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda (PIDA)
É a mais comum forma da SGB tendo uma incidência de 85 a 90% dos casos.Esta é considerada uma desordem autoimune desencadeada por uma infecção prévia, geralmente por citomegalovirus e Epstein-Barr vírus. Na PIDA frequentemente há comprometimento dos nervos cranianos, nervos sensitivos e há comprometimento autonômico. A recuperação é geralmente boa e a eletroneuromiografia mostra diminuição da velocidade de condução diminuída em 2 ou mais nervos motores.

Neuropatia axonal motora aguda (NAMA)
É outra forma da SGB, com incidência maior no Japão e China, geralmente devido infecção prévia pelo Campylobacter jejuni. O quadro clínico é semelhante a PIDA, porém raramente há comprometimento de nervos cranianos, nervos sensitivos, e raro comprometimento autonômico. A recuperação pode ser lenta ou rápida. A Eletroneuromiografia mostra degeneração axonal motora pura, com redução da amplitude dos potenciais de ação do nervo, sem desmielinização.A NAMA é frequentemente associada a anticorpo anti-gangliosídeos (GM1, GM1b, GD1, Ga1NAc-GD1a).

Neuropatia axonal sensitivo-motora aguda (NASMA)
Tem baixa incidência, em torno de 10%, com comprometimento motor e sensitivo, detectado na eletroneuromiografia.

Síndrome de Miller-Fischer
É uma variante da SGB, caracterizada pela tríade arreflexia, ataxia e oftalmoplegia. Esta desordem é muita associada a anticorpos anti-gangliosídeo GQ1b.O diagnóstico dessa variante é eminentemente clínico e tem bom prognóstico.

TRATAMENTO
A pessoa acometida pela síndrome deve ser internada em UTI devido ao risco de arritmias e insuficiência respiratória. O tratamento deve ser tanto de suporte como também específico.

TRATAMENTO DE SUPORTE
As principais complicações da SGB são a insuficiência respiratória e hipotensão. Cerca de 25 a 33% dos pacientes evoluem com insuficiência respiratória devida à falência diafragmática e necessitam de entubação orotraqueal e ventilação mecânica; porém este número pode diminuir com a instituição de medicação específica correta.A capacidade vital é o melhor parâmetro para indicação da entubação orotraqueal, quando esta estiver menor de 15mL/kg.

Outra complicação é a hipotensão postural que acomete 10% dos pacientes com SGB, devido à disautonomia, sendo tratado com infusão intravenosa de solução cristalóide e por agentes vasopressores.

TRATAMENTO ESPECÍFICO
Sabe-se, que a plasmaférese e a imunoglobulina (imoglobulina IV) são os tratamentos de escolha para SGB. No entanto, é imperativa a prescrição do tratamento até 2 semanas após o seu início, pois após não há efeito algum.

A droga de primeira escolha é a imunoglobulina 0,4g/kg por 5 dias, pois é menos invasiva que a plasmaférese e tem menos efeitos colaterais. A plasmaférese é feita com troca de plasma na fração de 50ml/kg de peso em 5 sessões separadas por 7-14 dias. A combinação da imunoglobulina e pasmaférese não trouxe vantagem significante.

O corticosteróide seja oral ou em pulsoterapia não é indicado, porém a associação com imunoglobulina pode ser promissor.

O futuro do tratamento está voltado para o beta-interferon, entretanto não há resultados suficientes que justifique o seu uso.


PROGNÓSTICO
O espectro clínico da síndrome de Guillain-Barré é muito amplo, isto é, varia desde a morte até a recuperação total. A melhora clínica, eletrofisiológica e funcional acontece, geralmente, até 18 meses após o início da doença. A maioria das pessoas acometidas se recuperam em três meses após iniciados os sintomas. Portanto, as paralisias provocadas pela doença são reversíveis.
A necessidade de ventilação mecânica e a ausência de melhora funcional três semanas após a doença ter atingido o pico máximo são sinais de evolução mais grave.

Fonte: http://dicionariodesindromes.blogspot.com.br/2009/09/sindrome-de-guillain-barre.html



Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: D

Alternativa que indico após analisar: D

Aeronáutica – EAOT 2002 – Questão 06

06 – Com relação aos componentes do sistema musculoesquelético, pode-se afirmar que

a) o local da falência do ligamento é em função da carga que ele experimenta, resistindo mais a uma carga rápida do que a uma carga lenta.

b) a fáscia é composta de tecido conjuntivo frouxo a denso; o periósteo, o perimísio e o pericôndrio, são elementos da camada mais profunda da fáscia profunda.

c) a sinovia e as bursas são pouco vascularizadas e inervadas.

d) os ligamentos são bastante vascularizados e pouco inervados.

fascia

A fáscia tem importância tão grande para a fisioterapia que é lamentável seu desprezo por muitos profissionais. Só quem leu Marcel Bienfait sabe o quanto ele se importava com esse tema.

Lembrem-se que a maior parte das lesões ligamentares são por movimentos bruscos, como entorses de tornozelo. Então a “A” está invertida. As alternativas “C” e “D” também estão erradas, como pode ser conferido no texto abaixo, do prof. Otávio de Melo Silva Jr., da Universidade Federal de Ouro Preto.

http://www.medicina.ufop.br/site_media/upload/professor_downloads/44/Aula%201%20-%20Princ%C3%ADpios%20de%20Ortopedia.pdf

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: B

Alternativa que indico após analisar: B

IDECAN – CREFITO/PR 2013 – Questão 20

20. A termoterapia profunda é um recurso terapêutico bastante utilizado em clínicas de ortopedia, com diversos modos de aplicação. Logo, cabe ao fisioterapeuta responsável definir, por meio de conhecimento prévio, o melhor método de administrar esse recurso. Sendo assim, ao utilizar o Ondas Curtas como recurso terapêutico, é correto afirmar que

A) no método coplanar de aplicação, para tecidos superficiais, deve-se utilizar uma distância eletrodo-pele maior e a distância das placas deve ser igual a 3 vezes o seu diâmetro.

B) com eletrodos de tamanhos diferentes e as distâncias eletrodo-pele iguais, a concentração de energia nas camadas superficiais e profundas será maior do lado do eletrodo maior.

C) no método longitudinal, uma grande distância eletrodo-pele produzirá uma carga térmica alta no tecido muscular e será necessária uma intensidade alta para atravessar os tecidos no sentido escolhido.

D) em uma aplicação transversal, as camadas teciduais se encontram uma atrás da outra e a temperatura é maior nos músculos do que nas gorduras, razão pela qual esta é a disposição mais adotada na aplicação deste recurso.

E) durante a aplicação coplanar, os eletrodos estão em um mesmo plano, devido à alta carga térmica do tecido gorduroso, e não há fluxo transverso através de todas as camadas de tecido, pois, nas camadas mais profundas, a absorção de energia é mais baixa.

ondas

Na “A”, o erro está em se falar em distância de eletrodo e pele maior por ter como objetivo tecidos superficiais, o próprio método coplanar já é com esse objetivo. Na “B”, eletrodos menores é que geram maior concentração de energia eletromagnética. Na “C”, novamente se propõe aumentar a distância entre a pele e o eletrodo, mas dessa vez com a sugestão de se aumentar a intensidade. Na “D”. o coeficiente do tecido adiposo é baixo, e sobre ser o método mais adotado, talvez não, já que o modo coplanar também é muito utilizado. Só resta a alternativa “E”, que descreve corretamente o que acontece no método coplanar.

Como a camada de gordura subcutânea é aquecida mais facilmente que o músculo, a potência absorvida na gordura é quase oito vezes aquela absorvida no músculo.

Espaçamento dos eletrodos
Maior espaçamento possível conduz à distribuição mais uniforme do campo nos tecidos.

Espaçamentos pequenos conduzem a um maior aquecimento da região superficial.

Em termos práticos um espaçamento eletrodo-pele de 4cm é o máximo que se pode conseguir na maioria dos equipamentos.

Aconselha-se sempre a escolher eletrodos que sejam pouco maiores que a região a ser tratada, para conseguir uma distribuição do campo.

Se um eletrodo for maior que o outro, o campo tenderá a se concentrar no lado menor e se dispersar no eletrodo maior.

Com distâncias menores (2cm) teríamos maior aquecimento profundo em termos absolutos.

Um espaçamento tão grande causará dispersão do campo de modo que embora mais uniforme e mais profundo.

Distâncias eletrodo-pele muito pequenas ou inexistentes não produzirão calor profundo e levarão a grandes possibilidades de queimaduras.

NOTA: O ESPAÇAMENTO SE REFERE À DISTÂNCIA DA PARTE METÁLICA DO ELETRODO PARA A PELE, E NÃO DA COBERTURA PLÁSTICA.

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: E

Alternativa que indico após analisar: E

IDECAN – CREFITO/PR 2013 – Questão 19

19. Ao se indicar uma órtese para a coluna, deve-se determinar o objetivo, o segmento envolvido e o movimento que se pretende limitar. Órteses rígidas controlam melhor a posição da coluna através da aplicação de forças externas. Órteses menos rígidas podem ser usadas para alívio de dores musculares ou auxílio na recuperação de fraturas mais estáveis, sendo, nesta situação, utilizadas para auxiliar a recuperação da coluna e da musculatura e não para preservar sua integridade estrutural. O conhecimento destas indicações é parte da atuação profissional do fisioterapeuta, sendo assim, analise.

I. A órtese de Minerva ou Four-poster é indicada no tratamento de algumas fraturas da coluna cervical média e inferior, como alternativa ao Halo. Também para tratamento conservador de fraturas cervicais até a 3ª vértebra torácica (eventualmente até a 7ª, dependendo da extensão torácica) ou em pós-operatório nos níveis acima.

II. A órtese do tipo Halo colete é considerada padrão-ouro na imobilização da coluna cervical, imobilizando todos os movimentos, inclusive a transição occipitocervical, onde as outras órteses praticamente não têm efeito.

III. A órtese SOMI (imobilização esterno-occipitomandibular) possui melhor restrição do que os colares cervicais na flexão e na extensão, mas, também, apresenta pouco efeito na rotação axial e flexão lateral. Suporte anterior rígido para o peito e para os ombros, com suporte occipital e mandibular. Restringe melhor a flexão cervical do que a extensão.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

A) I, II e III.

B) II, apenas.

C) I e II, apenas.

D) I e III, apenas.

E) II e III, apenas.

cervicalgia2

Vamos descrever as órteses.

Minerva: órtese com grande número de estudos, limita a flexo-extensão cervical com apoio no mento, occipício e tórax, estabilizados por quatro barras. Em crianças com lesões na coluna cervical média e inferior, o colete de Minerva pode ser usado como alternativa ao halo. Sharpe et al., 1995, estudaram 16 pacientes saudáveis quanto à restrição da coluna cervical sob o uso de colete Minerva com extensão occipital e na fronte(17). Concluíram que a órtese é útil na restrição da coluna cervical abaixo de C1. Maiman et al., 1989, também em estudo sobre o colete Minerva comparativamente ao halo, concluíram que a órtese foi eficaz na imobilização da coluna cervical, sendo similar ao uso de halo em vários níveis, exceto nas regiões da transição occipito-C1, C3-4 e C6-7.

Halo colete: órtese padrão-ouro na imobilização da coluna cervical, imobilizando todos os movimentos, inclusive a transição occipitocervical, onde as outras órteses praticamente não têm efeito. A região de C3 ao occipício é a que possui maior restrição de movimento com o uso do halo. Novos materiais não magnéticos permitem a realização de ressonância magnética na vigência da utilização dos mesmos. São indicados no tratamento de algumas fraturas do atlas, do odontoide (especialmente no tipo II), fraturas do áxis e fraturas combinadas de C1 e C2. Além disso, também pode ser usado no pós-operatório de cirurgias da região occipitocervical, com grandes inconvenientes quanto ao conforto. Entre suas complicações, destacam-se as infecções, a perda da redução da fratura, lesões cutâneas e piora ou instalação de novo déficit neurológico.

SOMI (imobilização esterno-occipitomandibular): melhor restrição do que os colares cervicais na flexão e na extensão, mas também com pouco efeito na rotação axial e flexão lateral. Suporte anterior rígido para o peito e para os ombros, com suporte occipital e mandibular. Este pode ser removido durante a alimentação. Restringe melhor a flexão cervical do que a extensão.

http://www.proreabilitacao.com.br/includes/paginas/papo-e-cafezinho/demetrio-praxedes-araujo/pdf/proreabilitacao-orteses.pdf

http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4038

orteses_CERVICAIS

orteses_CERVICOTORACICAS

orteses_TORACOLOMBOSACRAS

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: A

Alternativa que indico após analisar: A

IDECAN – CREFITO/PR 2013 – Questão 18

18. “A sensibilidade que nos permite qualificar precisamente as impressões mecânicas em relação ao local de estimulação é mediada pelo tato __________, já a sensibilidade cujos estímulos resultam numa sensação de tato grosseiro denomina-se _____________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

A) epicrítico / tato protopático

B) protopático / tato epicrítico

C) epicrítico / sensibilidade térmica

D) protopático / sensibilidade dolorosa

E) epicrítico / sensibilidade somestésica

frase-cada-um-so-ve-do-universo-aquilo-que-a-sua-sensibilidade-ou-a-sua-maneira-de-ser-lhe-permite-o-agostinho-da-silva

Essa questão esconde uma pegadinha.

Na primeira lacuna, pede-se que se complete tato …, na segunda lacuna, isso não acontece, o que pode levar muita gente a ficar em dúvida e optar por sensibilidade térmica ou dolorosa, e há quem arrisque essa tal sensibilidade somestésica, que na verdade é tudo isso junto e misturado.

Somestesia (do latim soma, que quer dizer corpo e aesthesia, que significa sensibilidade) é a capacidade que homens e animais tem de receber informações sobre as diferentes partes do seu corpo. Essas informações podem ser referentes ao meio ambiente ou ao próprio corpo do animal e nem todas se tornam conscientes.
O tato epcrítico é rápido e preciso. Com essas qualidades, ele proporciona ao cérebro meios para identificação através do tato. Já o tato protopático é mais lento e bem menos preciso. A percepção da temperatura e da dor são relacionadas ao tato protopático.

Por isso cuidado com as definições de ambos. Quando lemos que um é rápido e preciso e outro lento e grosseiro, podemos concluir que o tato epicrítico é mais importante ou mais evoluído. Ledo engano, os dois são de importância absoluta.

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: A

Alternativa que indico após analisar: A

AOCP – EBSERH – UFGD/MS 2014 – Questão 42

42. Durante a inspiração,

(A) a pressão intrapleural é positiva.

(B) o volume nos pulmões é menor do que a capacidade residual funcional.

(C) a pressão alveolar é igual do que a pressão atmosférica.

(D) a pressão alveolar é maior do que a pressão atmosférica.

(E) a pressão intrapleural é mais negativa do que durante a expiração.

alveolos

Aqui dá para deduzir a resposta, mas temos que saber o que é pressão intrapleural e qual a relação da pressão atmosférica com a pressão alveolar.

Pressão intrapleural: é a pressão existente entre a pleura parietal e visceral, é sempre negativa, pois existe uma drenagem constante do líquido intersticial pelos ductos linfáticos, sendo no repouso – 5cm H2O.

-Durante a expansão do pulmão a pressão intrapleural fica mais intensa e negativa, cerca de –7cm H2O (inspiração).

- Durante a expiração a pressão intrapleural, aumenta para – 3cm H2O, esta pressão é sempre negativa nunca positiva.

Pressão alveolar: é a pressão interna do pulmão, no momento de repouso, ou seja, não se inspira nem expira a pressão alveolar é de 0cm H2O (sendo na realidade a pressão atmosférica).

- Durante a inspiração a caixa torácica se expande por causa da musculatura, o que expande também o pulmão, de acordo com as leis da física quando o volume de gás sofre um aumento súbito sua pressão diminui assim durante a inspiração a pressão alveolar cai para cerca de –1cm H2O.

- Durante a expiração ocorre o oposto do descrito acima e a pressão aumenta para cerca de 1cm H2).

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: E

Alternativa que indico após analisar: E

Polícia Militar/RJ 2010 – Pediátrica e neonatal – Questão 02

02. Os movimentos que podem ser observados em articulações distais nas crianças com mielomeningocele em nível torácico:

I. São movimentos reflexos residuais provenientes dos arcos reflexos locais, não controlados por funções corticais.

II. São movimentos controlados por funções corticais não interrompidos pela lesão medular.

III. Por sua natureza involuntária, podem representar uma forca articular deformadora.

IV. Representam um movimento funcional e útil para recuperação funcional da criança.

V. Por serem um movimento reflexo poucas vezes tem valor para recuperação funcional.

Estão corretas as afirmativas

(A) I, III e IV.

(B) II, III e V.

(C) II, IV e V.

(D) I, III e V.

mielo

Levando-se em consideração que a mielomeningocele manifesta-se na grande maioria dos casos a nível da região lombossacra (L5-S1), os sintomas mais relatados na literatura, segundo Shepherd (1998), são:

-Paralisia flácida;
-Diminuição da força muscular;
-Atrofia muscular;
-Diminuição ou abolição dos reflexos tendíneos;
-Diminuição ou abolição da sensibilidade exterioceptiva e proprioceptiva;
-Incontinência dos esfíncteres de reto e bexiga;
-Deformidades de origem paralíticas e congênitas e;
-Hidrocefalia (acomete 100% das crianças com mielomeningocele torácica; 90% das lombotorácicas; 78% das lombares; 60% das lombossacras e 50% das sacrais, segundo Diament, 1996).

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: D

Alternativa que indico após analisar: D

Polícia Militar/RJ 2010 – Pediátrica e neonatal – Questão 01

01. Extremidades corporais com aspecto cilíndrico associadas ao deslocamento da articulação do quadril, importantes contraturas e articulações rígidas em crianças com a presença de sensibilidade intacta são características de

(A) Amiotrofia Espinhal do Tipo I.

(B) Acondroplasia Congenita.

(C) Artrogripose Multipla Congenita.

(D) Disrafismo espinhal.

artrogripose

Provas de especialidades costumam ser muito difíceis, principalmente para quem não é muito habituada com a área em questão.

A Artrogripose Múltipla Congênita (AMC) é uma síndrome caracterizada por contraturas de várias articulações e rigidez de tecidos moles presentes desde o nascimento e de caráter estacionário. Pode ser caracterizada por alterações de pele, tecido subcutâneo inelástico e aderido, ausência de pregas cutâneas, hipotrofia muscular, sendo substituído por tecido fibrogorduroso, deformidades articulares, espessamento e rigidez de estruturas periarticulares, com preservação da sensibilidade.

A Artrogripose Múltipla Congênita (AMC) é uma síndrome caracterizada por contraturas de várias articulações e rigidez de tecidos moles presentes desde o nascimento e de caráter estacionário. Pode ser caracterizada por alterações de pele, tecido subcutâneo inelástico e aderido, ausência de pregas cutâneas, hipotrofia muscular, sendo substituído por tecido fibrogorduroso, deformidades articulares, espessamento e rigidez de estruturas periarticulares, com preservação da sensibilidade.

A luxação do quadril tem grande incidência nesses pacientes (80% dos casos). Dentre as causas podemos citar a própria escoliose, por gerar um desalinhamento da pelve e apresentação pélvica ao nascimento.

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: C

Alternativa que indico após analisar: C

AOCP – EBSERH – UFGD/MS 2014 – Questão 41

41. Em uma expiração máxima, o que indicaria o volume total expirado?

(A) O volume corrente.

(B) O volume residual.

(C) O volume de reserva expiratório.

(D) A capacidade vital.

(E) A capacidade inspiratória.

Pulmão

Essa questão foi anulada. Por isso achei conveniente postar a imagem do “pulmão” acima.

Aqui é realmente complicado de se responder. As alternativas não passam nem perto de mensurar o volume expirado.

Só para não perder o gancho da questão, um texto do jornal de pneumologia sobre volumes pulmonares.

http://jornaldepneumologia.com.br/PDF/Suple_135_45_22%20volumes%20pulmonares.pdf

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: Anulada

Alternativa que indico após analisar: Nenhuma

AOCP – EBSERH – UFGD/MS 2014 – Questão 40

40. Os objetivos da fisioterapia preventiva aplicada a pacientes amputados são, EXCETO

(A) prevenir complicações pós-cirúrgicas.

(B) prevenir deformidades.

(C) diminuir a força dos músculos que controlam o coto.

(D) diminuir o edema do coto.

(E) melhorar o equilíbrio e as transferências.

proteseelefante

Aqui pode acontecer de se associar o disposto na alternativa “C” – diminuir a força dos músculos que controlam o coto, com prevenir as famosas contraturas em flexão, principalmente de coxofemoral.

Mas não são sinônimos, é preciso cuidado e dar a devida atenção à interpretação do enunciado e das alternativas. Sim, isso mesmo, interpretar de forma precisa a informação, o que não é o mesmo que levar as afirmações ao pé da letra.

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: C

Alternativa que indico após analisar: C

AOCP – EBSERH – UFGD/MS 2014 – Questão 39

39. Se a frequência cardíaca aumentar, em que fase do ciclo cardíaco ela diminui?

(A) na sístole atrial.

(B) na contração ventricular isovolumétrica.

(C) na ejeção ventricular rápida.

(D) na ejeção ventricular reduzida.

(E) no enchimento ventricular reduzido.

coração

As alternativas de “A” a “D” descrevem fases do ciclo cardíaco normal Se o volume que chega ao coração for aumentado, a frequência de contração também será maior, para poder fazer esse volume desembocar na circulação novamente.

Então, a única forma de se diminuir a frequência cardíaca, é com a menor demanda, ou seja, coma diminuição do volume, o que na alternativa “E” é descrito como “enchimento ventricular reduzido”.

Vale pena revisar o conteúdo de anatomia e, principalmente, fisiologia do coração.





http://www2.ucg.br/cbb/professores/40/Biomedicina/Fisiologia/O%20coracao%20como%20uma%20bomba.pdf

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: E

Alternativa que indico após analisar: E

AOCP – EBSERH – UFGD/MS 2014 – Questão 38

38. No desvio postural de hiperextensão da coluna cervical, qual(is) músculo(s) se encontra(m) em posição alongada?

(A) Extensores da coluna torácica.

(B) Trapézio médio e inferior.

(C) Flexores da coluna cervical.

(D) Trapézio médio.

(E) Trapézio inferior.

cervical

Muito fácil essa. É só visualizar a anatomia desses músculos, que dá para perceber que o trapézio e os extensores estariam contraídos na hiperextensão da cervical.

Os flexores são os antagonistas deste movimento, permanecendo alongados.

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: C

Alternativa que indico após analisar: C

IDECAN – CREFITO/PR 2013 – Questão 17

17. “Ao paciente em decúbito ventral, com o braço para fora da mesa em 90° de flexão, deve ser solicitado que erga o peso estendendo o ombro. O paciente pode realizar flexão simultânea do cotovelo, enquanto realiza o movimento descrito a fim de facilitá-lo.” A descrição anterior sobre o posicionamento durante exercício é indicada para o fortalecimento de qual grupo muscular?

A) Trapézio inferior e serrátil anterior inferior.

B) Deltoide posterior, grande dorsal e romboides.

C) Peitoral maior, redondo menor e grande dorsal.

D) Redondo maior, trapézio médio e grande dorsal.

E) Deltoide posterior, coracobraquial e peitoral menor.

Evan Centopani 01 - Costas

Pro pessoal que já fez musculação, essa é moleza. Não tem relação direta, mas esse exercício proposto me lembrou muito o exercício para fortalecimento unilateral de “costas”. Teria que avaliar a musculatura envolvida nas demais alternativas de forma mais cuidadosa, porque parece que mesmo não sendo a musculatura principal alguns músculos ali também são trabalhados neste exercício proposto no enunciado, o que o tornaria passível de recurso, principalmente com relação à alternativa “E”, já que não há essa definição de “principalmente”. Enfim, a resposta que melhor responde é a “B”- Deltoide posterior, grande dorsal e romboides.

costas fortalecimento

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: B

Alternativa que indico após analisar: B

Fisioterapia para Músicos




Conheci na faculdade algumas pessoas que amam a música, mas acabaram optando pela Fisioterapia como profissão, essa é uma opção de unir as duas paixões CLIQUE AQUI (http://www.4shared.com/office/4IlAyH1K/Fisioterapia_Para_Musicos.html?) para fazer download desse livro sobre fisioterapia para músicos. Aproveito para indicar este blog: http://fisioterapiaparamusicos.blogspot.com.br/

Músculos: Provas e Funções (Kendall) 5ª edição

Para fazer download clique aqui!

COORDENAÇÃO PSICOMOTORA VOL. 1

Título:Coordenação Psicomotora Vol. 1
Autor(es):Adalberto Rigueira Viana; Walério Araújo de Melo; Eliane Amaral Viana
Editora:Sprint
Download:AQUI

O Corpo Fala



Download: AQUI

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Caso Clínico - Promoção do Livro

Paciente DS, 40 anos, 65 Kg, admitido na UTI há aproximadamente 2 horas, proveniente do centro cirúrgico em POI de osteossíntese de fêmur D. Encontra-se sob efeito residual anestésico, Glasgow 10 T, Hemodinamicamente estável sem DVA´s, PA = 120X80 mmHg e FC 80bpm, em IOT sob VMI no modo PSV com PS = 7 cm H2O, PEEP = 5 cmH20, FiO2 40%, sens = -1 cmH2O, Fr = 15rpm, VC = 550ml e Sat = 97%. 
AP - MV+ sem Ruídos Adventícios 
Gasometria – PH = 7,37; PaCO2 = 39; PaO2 = 98, HCO3 = 25, BE= 2,0 SAT = 99,8%  Foi submetido á passagem de catéter central pelo médico, e logo após o procedimento paciente passou a apresentar desconforto respiratório, com aumento da Fr para 32rpm e queda da saturação para 86%.
O médico optou por sedar o paciente com 5ml/hr de Dormonid e 10ml/hr de Fentanil e o Fisioterapeuta alterou então a modalidade ventilatória para SIM/P + PSV com PINSP 25cmH2O, PEEP 6, FIO2 40%, FR 16 rpm, sens -2, PS 20cm H2O, e paciente passou a apresentar um VC de 520 ml.
Foi realizado um RX e colhida uma nova gasometria arterial com os seguintes laudos: 
RX: imagem hipertransparente com ausência de trama vascular, aumento dos espaços intercostais em hemitórax direito, desvio do mediastino contralateral. 
Gasometria – PH 7,48;PaCO2 =21, PaO2 = 75, HCO3 = 22,BE = 3, Sat = 89% 
AP – MV + porém diminuído á D com roncos esparsos

a)     Qual o provável diagnóstico de acordo com o RX?  Qual seria a conduta médica adequada e imediata de acordo com este diagnóstico do RX?

b)    O volume corrente de acordo com os parâmetros ajustados pelo fisioterapeuta esta adequado para este paciente? Explique e caso necessário qual ajuste deveria ser realizado?

c)     Quais os laudos das gasometrias? Quais ajustes ventilatórios devem ser realizados?


d)    Qual a sua conduta Fisioterapêutica?


Reúna os amigos, discuta e envie suas respostas até 05/05/2014


Envie suas respostas para o e-mail: nathanael-amparo@bol.com.br 

Recuperação funcional



O conceito de recuperação funcional se baseia principalmente na atividade que  o atleta realiza.

Vamos ver juntos. Um atleta de corrida de rua precisa saber como  seu corpo se comporta em momentos diferentes de seus treinos e provas.
No ínicio em que está descansado é fácil controlar a postura de quadril, coluna e cabeça, e saber quando e como acelerar. Mas com o passar dos kms, o cansaço e a exaustão começar a "bater", e é exatamente nessa ponto que algumas lesões podem acontecer.

Identificar os pontos fracos do nosso corpo quando estamos 100% fisicamente, e trabalhá-los, diminuem as chances de surgirem lesões por sobrecarga.

Integrar o corpo todo durante o exercício, chegando o mais próximo do esporte é muito importante. Não podemos pensar no corpo de forma segmentada, tudo está conectado.

O vídeo exemplifica um exercício para um surfista, trabalhando o equilíbrio, controle e força de pernas, e o uso do peso nas mão para enfatizar ainda mais a contração das coxas. Tentando reproduzir o máximo de movimentos e contrações que irão ocorrer quando ele estiver dentro da água.

Nem sempre esse trabalho se baseia apenas em exercícios, podemos ter padrões articulares e musculares adotados, que extrapolam a adaptação natural da atividade, e que necessitam o uso de técnicas manuais para corrigi-los.

Encontre seus pontos fracos, treine eles e melhore seu desempenho!

Fisioterapia Respiratória em Pediatria

I - INTRODUÇÃO
            As manobras de fisioterapia relacionadas aos cuidados respiratórios consistem em técnicas manuais, posturais e cinéticas dos componentes tóraco-abdominais que podem ser aplicadas isoladamente ou em associação de outras técnicas, em que de uma forma genérica, têm os seguintes objetivos:
mobilizar e eliminar as secreções pulmonares;
melhorar a ventilação pulmonar;
promover a reexpansão pulmonar;
melhorar a oxigenação e trocas gasosas;
diminuir o trabalho respiratório;
diminuir o consumo de oxigênio;
aumentar a mobilidade torácica;
aumentar a força muscular respiratória;
aumentar a endurance;
reeducar a musculatura respiratória;
promover a independência respiratória funcional;
prevenir complicações;
acelerar a recuperação;
melhorar o estado emocional do paciente.

2 - Técnicas de Higiene Brônquica
2.1. Vibrações Torácicas
            A vibração torácica consiste em movimentos oscilatórios rítmicos e rápidos de pequena amplitude, exercidos sobre a parede do tórax com a intensidade suficiente para causar vibração em nível bronquial; uma freqüência ideal desejada situa-se entre 3 e 55 Hz e pode ser aplicada de forma manual ou mecânica.
O efeito positivo desta técnica baseia-se na propriedade tixotrópica do muco, que se liquefazem quando submetido à constante agitação. Portanto concluiu-se que a alta freqüência transmitida aos tecidos pulmonares pode, por meio da vibração, modificar suas características físicas, facilitando a mobilização das secreções pela árvore traqueobrônquica. Outro efeito teórico seria o de se aproximar de 13 Hz a freqüência dos cílios vibráveis, para amplificar, por concordância de fase, a amplitude dos movimentos ciliares.
            Existem também relatos na literatura que descrevem efeitos benéficos da vibração no relaxamento de músculos da parede torácica e na melhora da perfusão alveolar.
            A técnica manual é realizada pelas mãos do terapeuta que devem estar espalmadas, acopladas e com certa pressão, localizadas na região torácica escolhida; o punho e o cotovelo de quem aplica a manobra deverão permanecer imóveis realizando uma contração isométrica de seus membros superiores, produzindo e impulsionando movimentos vibratórios. Esse movimento é aplicado, acompanhando a cinética da caixa torácica durante a fase expiratória do ciclo respiratório.
Já a técnica mecânica é exercitada por aparelhos específicos que, alimentados por uma fonte de energia (pilha ou corrente), produzem movimentos oscilatórios constantes. O uso desses equipamentos exige cautela, pois há necessidade de ajuste da intensidade da vibração, além da proteção das extremidades ósseas e da pele.
            No entanto, segundo alguns autores, embora a vibração mecânica seja utilizada como rotina em alguns hospitais, não é tão eficiente quanto à vibração manual, pois não atinge a árvore brônquica com a mesma intensidade e profundidade. Esses aparelhos não apresentam contornos suficientemente anatômicos para centralizar as ondas vibratórias, as quais se dispersam para outros segmentos corporais, como os membros superiores e a cabeça, chegando a causar, em certas circunstâncias, desconforto em certos pacientes.
            Existe também uma variação da vibração, que é menos usual, cujo nome não está bem definido, mas parece assemelhar-se a um “movimento de mola” feito pelas costelas (rib spring). Esse tipo de vibração consiste em repetidas compressões sobre o tórax durante a expiração (sacudidas rápidas sobre o tórax do paciente). A pressão exercida nessa manobra é mais intensa do que a empregada na vibração com o objetivo de provocar uma expectoração mais rápida ou mais eficiente.
            Apesar de a vibração ser considerada uma técnica segura quando realizada corretamente, ela está contra-indicada em bebês que apresentam aumento do desconforto durante o procedimento, em presença de enfisema intersticial pulmonar extenso, pneumotórax não drenado e hemorragia pulmonar entre outros.

2.2. Compressão Torácica
            Como o próprio nome diz, a técnica consiste na compressão realizada na parede torácica durante a fase expiratória do ciclo respiratório de forma relativamente brusca objetivando a formação de fluxo turbulento por aceleração do fluxo expiratório intrapulmonar, objetivando a mobilização de secreções.
Para aplicação da técnica, as mãos do fisioterapeuta devem estar dispostas no sentido anatômico dos arcos costais, com os dedos colocados entre os mesmos. A força compressiva deve ser distribuída igualmente entre a palma da mão e os dedos.
A dor é uma manifestação muito freqüente, evidenciada durante o emprego da manobra. Isso dificulta e compromete os benefícios provenientes do recurso, devendo o fisioterapeuta dosificar seu esforço compressivo, sua técnica, e solicitar uma analgesia adequada se necessário.
Esta manobra está contra-indicada em pacientes com osteopenia da prematuridade, plaquetopenia entre outros.
Os benefícios dessa manobra tem sido relatados na literatura quando ela é aplicada isoladamente, entretanto tem se demonstrado uma maior eficiência e eficácia na terapia quando esta é aplicada conjuntamente a outras manobras como a vibração.

2.3. Percussão ou Tapotagem
            A percussão ou tapotagem é uma manobra de desobstrução brônquica que tem como objetivo a facilitação do clearance muco ciliar. Por se tratar de uma técnica expressamente difundida para o auxílio no tratamento de complicações respiratórias, tem sido empregada muitas vezes, de forma inadequada e desnecessária, por profissionais não habilitados e até mesmo por leigos.
Esta manobra pode ser considerada como um procedimento mucocinético, pois promove a remoção de secreção da árvore brônquica e a mobiliza das regiões periféricas para as centrais, onde será expelida pela tosse ou aspiração.
Tal efeito é obtido através da propagação de ondas de energia mecânica que são aplicadas na parede torácica e transmitidas aos pulmões. A forma como essas ondas se manifestam podem ser comparadas, analogicamente, aos círculos que se espalham na água fora do ponto onde uma pedra for atirada, mais precisamente em uma única direção (pulmões), partindo de um ponto (mãos do fisioterapeuta).
Outro fator relevante da técnica de percussão torácica é que esta seria proporcional à energia inicial, dependendo então, da força da manobra e da rigidez da caixa torácica que permite uma maior eficácia da técnica, quando aplicada na população pediátrica e neonatal, se comparado com a população adulta. Por outro lado um fenômeno vibratório permite, por ressonância, o aumento da amplitude dos batimentos ciliares. De fato, a gama de frequências ideais para o transporte do muco seria 25 a 35 Hz, muito além das capacidades manuais (1 a 8 Hz). Para realizá-la o fisioterapeuta deve manter suas mãos em conchas ou ventosas, posicionando as duas no sentido dos arcos costais e do contorno do tórax, podendo variar também com a região tenar, hipotenar ou com os dedos. Em recém - nascidos e crianças pequenas, em que a estrutura do tórax não comporta a mão do terapeuta, a manobra poderá ser utilizada somente com os três dedos médios de uma das mãos, da qual se eleva o dedo do meio deixando assim no formato de “casinha” (tetting).
Outro tipo de percussão realizada nessa população é conhecido como “percussão de contato”. Nessa técnica utilizam-se as eminências tenar e hipotenar em ligeira aposição.
Vários outros métodos de percussão com equipamentos adaptados também são conhecidos. Os mais utilizados são feitos com bicos de mamadeira, máscaras de reanimação e percurssores neonatais.
            Para execução da técnica é necessário que o bebê se encontre clinicamente estável, pois do contrário o procedimento pode significar um estresse desnecessário. Isso se enquadra em situações de imaturidade extrema, hipoxemia crítica, hipertensão e hemorragia intracraniana recente.
            A percussão é contra-indicada na presença de enfisema intersticial extenso, hemorragia pulmonar, pneumotórax não drenado, entre outros.

2.4. Drenagem Postural
            A drenagem postural pode ser considerada um recurso terapêutico simples, porém amplamente empregado na fisioterapia respiratória e apresentando excelentes resultados, principalmente quando associado às demais técnicas convencionais de higiene brônquica. Ela não é necessariamente um recurso mecânico, nem tampouco manual, mas sim um processo da própria natureza, baseado em um princípio físico, que é a ação de gravidade.
            Essa manobra como recurso terapêutico já foi descrita há muitos anos, havendo relatos datados do início do século. Alguns autores demonstravam que as posições de drenagem postural propiciavam maior facilidade na mobilização de secreções das diversas áreas pulmonares, propiciando maior expectoração e, portanto maior eficiência na terapia.
            Apesar de existirem muitas considerações sobre a drenagem postural, nota-se a carência de afirmações pautadas em fundamentos científicos entre os quais o tempo em que o paciente deverá ser mantido numa determinada posição, que ainda não está definido. Recomenda-se, no mínimo, que seja de 10 minutos, outros autores, aconselham que não sejam ultrapassados o tempo de 30 a 40 minutos por posição, mas com limitação de 60 minutos no total; outros ainda limitam o período em 15 a 16 minutos.
            No que diz respeito ao número de sessões, as controvérsias também se fazem presentes. Enquanto se estabelece que o número ideal de vezes deve ficar em torno de quatro ao dia, há recomendações de se ater ao número máximo de vezes, havendo também a liberação de até quantas vezes o paciente pode tolerar e o bom senso do profissional deve prevalecer para a determinação destas duas últimas variáveis. Devem ser observadas e avaliadas as manifestações clínicas e os resultados obtidos com o decorrer do tempo.
            As posições de drenagem postural e o grau de inclinação variam de acordo com a posição da área pulmonar a ser drenada e tomam como base o ângulo ou o somatório das angulações formadas entre os segmentos brônquicos e a traquéia, devendo sempre ser levado em consideração às condições clínicas do paciente.
            Em crianças, pela gravidade as posições assistidas podem ser usadas da mesma maneira, tomando-se algumas precauções principalmente quando se trata da inclinação de cabeça para baixo (Trendlemburg) que deve ser evitadas em crianças com pressão craniana elevada e em lactentes pré-termo que estão com risco de hemorragia peri-intraventricular. Essa posição também deve ser evitada em lactentes e crianças com distensão abdominal, pois nesses lugares o diafragma está em desvantagem mecânica, e em crianças com história pregressa de refluxo gastroesofágico, pois algumas evidências sugerem que essa posição possa agravar o refluxo e possibilitar a aspiração.

2.5. Bag-Squeezing
            O bag squeezing é um recurso fisioterapêutico que pode ser utilizado para pacientes que cursam com quadro de hipersecreção pulmonar e tampões mucosos, e que estejam necessitando da utilização de ventilação artificial, por meio de um aparelho de ventilação mecânica invasiva.
            Essa manobra consiste na utilização de uma bolsa de hiperinsulflação pulmonar (ambu) e das técnicas de vibração e compressão torácica. Dois fisioterapeutas poderão atuar conjuntamente: o primeiro administrará um volume gasoso com a bolsa, maior que o volume corrente utilizado pelo suposto paciente, se possível, chegando próximo ao limite da capacidade pulmonar total, e o segundo sincronizará a manobra de vibrocompressão após a hiperinsuflação. Promoverá, portanto a aceleração do fluxo expiratório, gerando com isso fluxo turbulento e estimulando o mecanismo de tosse, o que facilitará o deslocamento das secreções impactadas na periferia pulmonar, trazendo-as mais próximo das vias aéreas superiores onde serão mais facilmente eliminadas. Na presença de secreções espessas, recomenda-se a instilação prévia de soro fisiológico em quantidades adequadas antes da insuflação do pulmão.
            Para adequada realização dessa manobra, seria ideal o acoplamento de um manômetro na entrada da via aérea do paciente, com o objetivo de estabelecer limites apropriados de pressão durante a insuflação manual.
            Essa manobra está contra-indicada nos casos de instabilidade hemodinâmica, hipertensão intracraniana, hemorragia peri-intraventricular grave, osteopenia da prematuridade, distúrbios hemorrágicos e graus acentuados de refluxo gastroesofágico. Algumas precauções devem ser tomadas, pois a falta de uma ventilação colateral totalmente desenvolvida significa que o ar pode não estar difundindo do alvéolo inflado ao colapsado, pois o ar sob pressão positiva assume o caminho de menor resistência. A hiperinsuflação manual pode, portanto, super distender áreas já infladas, mas deixam outras áreas colapsadas. Isso aumenta o risco de pneumotórax; e um cuidado particular deve ser tomado no caso de haver condições que causem hiperinsuflação, como por exemplo, a asma e bronquite.

2.6. Manobra Zeep
            Esta técnica é realizada somente em pacientes que estejam necessitando de ventilação artificial por meio de ventilação mecânica invasiva. Essa manobra pode ser utilizada durante a terapia convencional, associada às demais manobras ou quando estas não puderem ser realizadas por haver alterações patológicas como osteoporose ou osteopenia importante, plaquetopenia, entre outros. Nessas situações a manobra zeep pode ser utilizada como técnica de escolha.
            Para realizá-la é necessário elevar a pressão positiva expiratória final até um mínimo de 10cmH2O e num instante depois levar esta pressão até zero (Zeep) juntamente com a vibrocompressão realizada sobre a parede torácica. Posteriormente deve-se retornar a pressão expiratória final aos níveis anteriores aos dos antes da realização da manobra.
            Com a aplicação desta técnica, observa-se um efeito de desobstrução brônquica, em função de um alto fluxo expiratório e um importante ganho de volume corrente quando se retorna a pressão positiva, ao final da expiração aos níveis normais.
            Ela está contra - indicada em pacientes hemodinamicamente instáveis e com hipertensão intracraniana.

2.7. Tosse
            O reflexo de tosse é o principal mecanismo fisiológico de eliminação de secreções pulmonares, pois a maioria das terapias de higiene brônquica somente ajudam a mover as secreções para as vias aéreas centrais.
            Trata-se, pois de um fenômeno protetor e depurador das vias aéreas, sendo um sintoma muito freqüente da árvore brônquica ou de estruturas situadas mais à distância. É resultante de um reflexo a uma agressão direta ou indireta, localizada ou difusa. É, portanto um dos principais mecanismos de defesa do sistema respiratório.
            O mecanismo da tosse consiste em uma inspiração profunda sendo chama de fase preparatória com duração de um a dois segundos; a segunda fase associa o fechamento da glote, tensionamento das cordas vocais, contração dos músculos abdominais, intercostais e glóticos. O diafragma eleva-se o que causa um aumento importante da pressão intratorácica e abdominal, durando esta fase em torno de 0,25 segundos; na terceira fase ocorre a abertura da glote e a expulsão do ar em alta velocidade.
            Essa expiração explosiva é acompanhada de uma queda da pressão intratorácica e determina a intensidade e a tonalidade da tosse.
            A tosse pode ser realizada de várias formas, pode ser um ato de imitação voluntária, em crianças pequenas, pois a tosse ativa e voluntária é incomum realizar-se antes de dois anos e meio de idade. Pode ocorrer de maneira assistida, com pressão manual torácica e compressão abdominal, ou ainda ser associada com huffing, onde o paciente deverá fazer uma expiração profunda e única com a boca aberta. Preferencialmente o terapeuta comprime manualmente o abdome do paciente. Pode a tosse ser, ainda induzida, indicada para pacientes não cooperantes, com rebaixamento do nível de consciência, idosos, astênicos, crianças, portadores de vias aéreas artificiais ou com diminuição de força muscular. Há ainda outras maneiras de realização:
Estimulação da traquéia através da compressão da fúrcula esternal;
Induzida por ambu na inspiração e compressão manual expiratória (bag squeezing);
Suspiros ou aumento do fluxo inspiratório no ventilador mecânico;
Instilação de solução fisiológica nas vias aéreas artificiais;
Induzida por vibração ou percussão manual.
A investigação clínica da tosse inclui várias características: freqüência, intensidade, tonalidade, presença ou não de expectoração, relações com decúbito, período do dia em que é maior sua intensidade. A tosse pode ser produtiva ou úmida, ou seja, acompanhada de secreção, não devendo, nesses casos, ser combatida; ou seca, quando é inútil, causando apenas irritação das vias respiratórias.

2.8. Aspiração
            A aspiração é um procedimento utilizado para remoção de secreções de pacientes que estejam necessitando de via aérea artificial ou pacientes hipersecretivos que se encontrem com alteração no mecanismo de tosse e, portanto com ineficiência na eliminação de secreções traqueobrônquicas.
            A técnica é bastante conhecida, mas mal empregada por grande parte dos serviços assistenciais de saúde. Existem falhas na manipulação e na escolha dos materiais utilizados e muitas vezes é um procedimento realizado por profissionais não habilitados, oferecendo inúmeros riscos ao paciente.
            Esta técnica pode ser realizada por um sistema aberto ou fechado de aspiração:
Sistema de Aspiração Aberta: Consiste num procedimento estéril em que uma sonda de calibre adequado, de acordo com a via aérea do paciente, é conectada a uma fonte de vácuo, devendo ser introduzida na via aérea, de maneira delicada, para evitar possíveis traumas traqueais e de vias aéreas superiores. O tempo de aspiração deve ser o mais curto possível, evitando longos períodos de desconexão com o ventilador se o paciente o estiver utilizando. Algumas complicações como a hipoxemia, a taquicardia e a hipertensão arterial podem se fazer presentes durante o procedimento, principalmente tratando-se de crianças, por isso alguns autores recomendam fazer uma pré - oxigenação antes da realização da aspiração. Deve-se, contudo cuidado para não levar a criança a quadros de hiperóxia, devido ao risco iminente da retinopatia da prematuridade, e uma adequada monitoração dos sinais vitais durante o procedimento.
E a instilação de solução fisiológica é possível através do dispositivo lateral, o qual também permite a limpeza do sistema ao término da aspiração.Ò•Sistema de Aspiração Fechada: Este sistema poderá somente ser utilizado por pacientes que estejam necessitando de via aérea artificial, seja ela cânula de acesso nasotraqueal, orotraqueal ou na traqueostomia. Consiste num dispositivo cuja sonda de aspiração é completamente protegida por um saco plástico que permanece adaptado ao ventilador. O objetivo desse sistema é aspirar à secreção traqueal do paciente crítico, pois permite a limpeza do muco brônquico sem desconectar o enfermo do respirador; dessa forma não há despressurização da via aérea. A técnica dispensa o uso de ambu.
Acredita-se que a não desconexão do paciente do ventilador preserve o recrutamento alveolar, proporcionado pela pressão positiva e também favoreça o controle de infecção, apesar destes fatores serem muito questionados.
            A grande vantagem descrita nos estudos envolve o menor risco de hipoxemia durante o procedimento, a manutenção da pressão expiratória positiva final, o custo geral e a diminuição da ansiedade do paciente.
            As desvantagens relatadas freqüentemente são condensações de água no sistema, dificuldade de uso e diminuição na efetividade da aspiração.

2.9. Aceleração do fluxo expiratório
            A Aceleração de Fluxo Expiratório (AFE) é uma técnica de fisioterapia respiratória, bastante utilizada no tratamento de crianças internadas nos hospitais, quanto nos atendimentos ambulatoriais e a domicílio. Trata-se de uma manobra de desobstrução brônquica baseada na expulsão fisiológica das secreções pulmonares. A higiene brônquica normal constitui uma explosão expiratória reflexa (tosse).
            A AFE é considerada como sendo uma energia aplicada, pelas mãos do fisioterapeuta sobre o tórax da criança, que assume a função da tosse quando a mesma encontra-se ineficaz, seja por imaturidade do bebê, particularidades anatomo-fisiológicas, fadiga muscular, ou ainda em determinadas situações particulares, como o caso de intubação orotraqueal ou traqueostomia.
            De forma geral, a AFE é definida como um movimento tóraco-abdominal sincrônico, provocado pelas mãos do fisioterapeuta na expiração. A manobra tem seu início após o platô inspiratório, não sobrepujando os limites expiratórios da criança. Seu objetivo principal é expulsar o ar dos pulmões a uma velocidade semelhante a da tosse, sendo capaz de favorecer a progressão da expulsão das secreções (em função da mecânica dos fluidos), otimizar as trocas gasosas pelo aumento do volume corrente e promover a mobilização da mecânica torácica.

3. Técnicas de Reexpansão e Desinsuflação Pulmonar
3.1. Introdução aos Padrões Ventilatórios
            É a forma como se processa a ventilação pulmonar em um determinado momento, levando-se em consideração o ritmo ventilatório, profundidade ventilatória e trabalho respiratório.
O padrão ventilatório sempre estará alterado na presença de distúrbios obstrutivos ou restritivos e a manutenção do mesmo implica sempre a normalidade da complacência e da resistência das vias aéreas.
Toda atividade cinésica de padrão ventilatório, seja simples ou complexa, deverá ser eleita, focada na fundamentação dos objetivos a serem alcançados, baseando-se em ausculta pulmonar, controle radiológico, inspeção (ritmo, profundidade e trabalho ventilatório) e história do paciente.
Sua utilização serve para não provocar um trabalho excessivo, não necessitando de aparatos especiais, sendo de fácil aprendizagem.
Podem ser classificados em padrões respiratórios reexpansivos e desinsuflativos.

3.2. Padrões Respiratórios Reexpansivos
            Os principais objetivos dos padrões Respiratórios Reexpansivos são:

aumentar a expansibilidade tóraco-pulmonar;
aumentar a complacência;
aumentar a ventilação pulmonar;
aumentar volumes e capacidades pulmonar;
melhorar as trocas gasosas e oxigenação;
reverter atelectasias;
aumentar a força muscular respiratória.

a) Inspiração Profunda ou Deep Inspiration – Nesse tipo de padrão predomina a inspiração profunda não excessiva, sempre ao nível do volume de reserva inspiratório, sem forçar a capacidade inspiratória máxima, lenta e uniforme por via nasal. A expiração é por via oral, uniforme e sem variações bruscas, não excedendo muito o nível do VRE. O objetivo deste padrão é melhorar a profundidade ventilatória e a complacência pulmonar, podendo ser aplicada, portanto, em pacientes portadores de complacência pulmonar diminuída sem incremento da resistência das vias aéreas.

b) Inspiração Máxima Sustentada (SMI): Trata-se de fazer com que o paciente, utilizando-se de inspirômetros de incentivo ou não, realize uma inspiração ativa forçada que deverá ser sustentada por um determinado intervalo de tempo. Atua basicamente em termos de acréscimo sobre o VRI, na pressão transpulmonar e na capacidade pulmonar total.

c) Inspiração em Tempos ou Inspiração Fracionada - Consiste em inspirações nasais, suaves e curtas, interrompidas em curtos períodos de pausas inspiratórias, programadas para 2, 3, 4 ou 6 tempos e finalizadas com expiração oral até o nível do repouso expiratório, podendo, em alguns casos, se estender ao volume de reserva expiratório. É indicado para melhorar a complacência tóraco-pulmonar e no incremento da capacidade inspiratória, sendo, porém contra-indicado em pacientes que apresentam elevada resistência das vias aéreas.

d) Soluços Inspiratórios (Sniff Inspiration) – Baseia-se em uma inspiração subdividida em inspirações curtas e sucessivas efetuadas pelo nariz, acumulativamente, até atingir a capacidade pulmonar total, e então, realiza-se uma expiração oral completa e suave. Ao realizar este padrão respiratório, é possível reexpandir as zonas basais, incrementando a capacidade residual funcional e o volume de reserva inspiratório, promovendo melhora da complacência tóraco-pulmonar.

e) Expiração Abreviada - Consiste em inspirações nasais profundas e suaves intercaladas por expirações orais abreviadas. Com esse padrão consegue-se incrementar o volume de reserva expiratório, a capacidade residual funcional (CRF) e a capacidade pulmonar total (CPT).

f) Inspiração desde a Capacidade Residual Funcional – Fundamenta-se em uma expiração oral tranqüila até o nível do repouso expiratório para, em seguida, ocorrer uma inspiração profunda. Neste padrão a atividade diafragmática é evidente, ocorrendo, portanto um incremento na ventilação de zonas basais pulmonares.

g) Inspiração desde o Volume Residual – Tem como base uma expiração oral forçada até atingir o volume residual, seguida de uma inspiração nasal ao nível da capacidade inspiratória. Com este padrão ocorre um aumento do volume corrente e da capacidade vital, favorecendo o incremento da ventilação nas zonas apicais do pulmão.

3.3. Padrões Respiratórios Desinsuflativos
            Os principais objetivos desta categoria de padrões ventilatórios são:
aumento do fluxo expiratório;
melhora do trabalho antagônico e sinérgico desta musculatura em relação à musculatura inspiratória;
interação tórax-abdome;
melhora da mecânica ventilatória.

a) Inspiração Abreviada – Trata-se de uma inspiração ao nível do volume corrente, seguida de uma expiração contínua, lenta, de preferência associada ao freno labial até atingir o nível do volume de reserva expiratório para, em final de três repetições, voltar com uma inspiração profunda ao nível da capacidade inspiratória máxima. Com o uso desse padrão que interrompe o ciclo expiratório contínuo ao seu nível máximo por uma pequena inspiração, torna-se possível criar condições biomecânicas e ventilatórias que ajudem a desinsuflar os pulmões em condições em que a complacência se encontre alterada.

b) Freno Labial ou Retardo Expiratório – Esta é fundamentada em uma inspiração nasal seguida por uma expiração oral suave, realizando-se um retardo expiratório que pode ser obtido através dos dentes cerrados e lábios propulsados ou franzidos. Este padrão permite a manutenção da integridade dos condutos aéreos pelo deslocamento do ponto de igual pressão, evitando o colabamento precoce que ocorre por influência do predomínio da pressão intratorácica sobre as paredes brônquicas promovendo, portanto a desinsuflação pulmonar.

c) Padrão durante Broncoespasmo ou Ping-Pong - Consiste na realização de um padrão ventilatório de alta freqüência com relação Inspiração\Expiração de 1:1 tendo baixos volumes pulmonares com o objetivo de promover o esvaziamento pulmonar homogêneo, diminuir a capacidade residual funcional, diminuir o broncoespasmo e diminuir o trabalho ventilatório.

3.4. Manobra de Pressão Negativa
            Fundamenta-se em pressionar manualmente a região torácica correspondente à região pulmonar comprometida durante a fase expiratória que deve ser forçada e longa. Em seguida, em pedir que o paciente realize uma inspiração profunda quando inicialmente encontrará a resistência promovida pelo fisioterapeuta que, no mesmo momento, retira a compressão bruscamente. Essa descompressão acarreta grande negativação de pressão intrapleural e intrapulmonar, promovendo um direcionamento de fluxo ventilatório para região correspondente.
            Apesar de todos os benefícios comprovados por Cuello e cols. sobre padrões ventilatórios, quando estes são utilizados nas práticas fisioterapêuticas com crianças, deverão ser adaptados de forma a preservar seus efeitos fisiológicos terapêuticos, mas tentando realizá-los de maneira lúdica durante a terapia.
Dentre os padrões ventilatórios mais utilizados objetivando a reexpansão e prevenção de possíveis complicações pulmonares, temos a inspiração máxima sustentada e a inspiração em tempos.

3.5. Temp Lento Desinsuflativo
            É a mobilização manual passiva da caixa torácica por compressão regional do tórax no final da fase expiratória (acompanhando o movimento de alça de balde das costelas inferiores). Seus principais objetivos são: melhorar a elasticidade e complacência torácica pulmonar, diminuir a capacidade residual funcional, aumentar o fluxo expiratório e facilitar a desobstrução broncopulmonar.

4 - Incentivadores Inspiratórios
            Desde o seu lançamento em 1976, a inspirometria de incentivo vem se tornando uma modalidade de terapia respiratória profilática, segura e eficiente, por mais de uma década foi o principal suporte de terapia de expansão pulmonar. No entanto com base em diversos estudos, esta técnica não deve ser considerada superior a qualquer outra modalidade terapêutica, como os exercícios respiratórios ao nível da respiração profunda (CPT), a ventilação com pressão positiva intermitente (VPPI), a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), etc. Esse parece ser o consenso na literatura atualmente.
A técnica está bastante difundida em nosso meio clínico, entretanto não vem sendo aplicada corretamente na maioria dos casos.
A aplicação terapêutica da técnica quando indicada e realizada corretamente, pode possibilitar um maior encorajamento do paciente a realizar uma inspiração voluntária máxima mimetizando o suspiro natural e até melhorando sua performance por produzir um maior biofeedback quando comparado com as técnicas convencionais, tendo por objetivo prevenir o aparecimento de atelectasias, ou condições predisponentes a formação de atelectasias como as cirurgias tóraco-abdominais, o shunt, a hipóxia, a hipercapnia.
A técnica consiste em partindo do volume residual (VR), realizar uma inspiração máxima ao nível da capacidade pulmonar total (CPT) essa inspiração é feita no incentivador por via oral, ativa e profunda, sendo em seu início rápido e mantida no final, ponto em que ocorre maior incremento do trabalho ventilatório; após a inspiração máxima pode-se realizar uma pausa inspiratória fora do bucal do inspirômetro favorecendo assim o movimento de pendeluft do ar intra-alveolar ocorrendo assim maior ventilação colateral e consequentemente maior recrutamento de unidades alveolares colapsadas.
A expiração deve ser feita por via oral até o nível de repouso expiratório. Este padrão só deve ser aplicado em pacientes que estejam controlados clinicamente, nos quais o incremento do trabalho ventilatório não comprometa e traduza desconforto.
O inspirômetro de incentivo é um aparelho cientificamente desenhado que utiliza uma série calibrada de passagem de ar para alterar o fluxo e, portanto, o esforço dispendido para levantar uma esfera indicadora do nível de precisão, para visualização e graduação do fluxo mínimo de inspiração.
Existem dois tipos de inspirômetro de incentivo: a fluxo e a volume.
No incentivo a fluxo pode ocorrer fluxo turbulento inicial, alteração no trabalho ventilatório, alternando assim o padrão de ventilação durante o exercício.
O incentivo a volume é mais fisiológico porque o volume de treinamento é constante até atingir a capacidade inspiratória máxima ou nível prefixado pelo terapeuta.
A inspirometria de incentivo pode ser considerada como uma modalidade terapêutica profilática e não de ser pensada ou proposta como substituição a qualquer outra técnica fisioterapêutica.

5 - Bloqueio Torácico
            Essa técnica pode ser utilizada quando se pretende atingir regiões pulmonares comprometidas pela deficiência ventilatória.
A técnica de bloqueio da caixa torácica é a aplicação de uma força através das mãos do fisioterapeuta no final da expiração, em um dos hemitórax do paciente, fazendo com que o volume de ar colocados nas vias aéreas do paciente ocupe principalmente o hemitórax contralateral ao bloqueio, permitindo assim maior expansão deste. Pode ser indicado, por exemplo, para quadros de atelectasias encontradas no pulmão não bloqueado, durante a ventilação mecânica.