Faculdade Mario Schenberg

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Aeróbio X Anaeróbio: qual deles é melhor na batalha contra o emagrecimento?


O emagrecimento é atualmente o objetivo mais procurado nas academias e em qualquer outro ramo de atividade que envolva exercícios físicos. Com o crescimento do mercado fitness, diversos produtos ficaram disponíveis nas prateleiras. E eles apresentam as mais diversas promessas, como melhorias no condicionamento, saúde, performance, qualidade de vida, hipertrofia, definição e emagrecimento.

Mas os alimentos disponíveis pelas indústrias não são essa maravilha toda (mas esse é um assunto a se discutir em outro momento). E com o mundo engordando, as pessoas passaram a procurar novas receitas mágicas, chamadas exercícios (para o benefício de todos), a fim de queimar essas gordurinhas conquistadas.

Com a procura cada vez maior pela prática de exercícios, uma dúvida comum surge: o exercício aeróbio ou o anaeróbio permite emagrecer mais?

O treinamento aeróbio foi associado ao emagrecimento desde seu surgimento, em 1970, com Kenneth Cooper. Desde então, pessoas se matam nas esteiras em exercícios de longa duração e baixa intensidade.  Tanto em 1970 quanto atualmente, essa prática traz problemas musculares e articulares, sendo mais significativos que a conquista do tão sonhado objetivo de perder peso. A diminuição da massa muscular, provocada pelo baixo estímulo do sistema muscular, do gasto calórico em repouso e a flacidez são sintomas da diminuição do peso muscular e aumento ou manutenção do peso de gordura, sendo classificados os adeptos a esse tipo de treino de falsos magros.

Por outro lado, o anaeróbio é um forte combatente quando o assunto é queima de gordura, tendo em vista o seu tempo de duração, que é muito menor e de intensidade muito maior, se comparado ao treinamento aeróbio. Neste caso, quanto menor o tempo maior será a intensidade. A consequência disso é uma maior queima calórica em menor tempo, provocando um reflexo chamado de EPOC (consumo excessivo de oxigênio pós-exercício), que de imediato queima uma grande quantidade de gordura juntamente com o aumento da TMR (taxa metabólica de repouso). Esta taxa, a qual todos se referem como metabolismo, tem seu aumento significativo em repouso. Sendo assim, as calorias continuam sendo gastas enquanto se está em repouso, dormindo, assistindo TV, lendo um bom livro; e esse gasto dura, de acordo com a literatura, até 49 horas.

Então, o treinamento anaeróbio parece ser realmente melhor para a queima de gordura do que o aeróbio, certo? Sim, correto! Mas qualquer pessoa pode praticar esse treinamento com uma intensidade alta?

Essa é outra questão levantada por vários praticantes, que trazem medo na hora da escolha do tipo de treinamento. Encontram-se significativos problemas posturais e de saúde que comprometem a prática do estilo. Porém, não será a intensidade ou método quem vai machucar, mas sim a disponibilidade de um acervo motor e preparação. Este preparo, que muitos chamam de adaptação, deve ter uma grande importância.  A adaptação deve ser fiel ao treino que será realizado, sendo assim, para melhorar o treinamento anaeróbio, é preciso treinar anaeróbio e não aeróbio.

Dúvidas existentes entre aeróbio e anaeróbio, fazem profissionais da saúde nas academias usarem limiares de frequência cardíaca como referência, para a identificação tanto das zonas aeróbias quanto das anaeróbias. E esses limiares aeróbios chegam até 70% da frequência cardíaca máxima. Já os anaeróbios, ficam acima dos 70% da frequência cardíaca máxima.

Encontrado os limiares de exercícios como corrida na esteira, escada, transport, bicicletas de spinning ou cicloergômetros, que são diretamente ligados ao treinamento aeróbio, eles passarão a ser anaeróbios quando sua intensidade atingir o valor superior ao 70% da frequência cardíaca máxima (a musculação e o treinamento funcional seguem o mesmo exemplo).

Portanto, o emagrecimento está ligado à intensidade e treinar intenso todos podem. Porém, respeitando seus limites físicos quando se trata de desvios posturais e problemas de saúde em geral. Além disso, é importante uma boa dieta e exames periódicos de sangue para detectar desequilíbrios no sistema hormonal e facilitar os resultados. Receita data, agora procure um professor de educação física e inicie seus treinos!

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