Faculdade Mario Schenberg

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Semiologia ortopédica

Ventiladores pulmonares

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR

Regulação Fisiologica da Respiração

Postura de drenagem

Pneumotorax

Pneumonia

Padrões Respiratórios

Oxigenoterapia para fisioterapeutas

Novas diretrizes rcp 2010

Asma e Rinite

Intubação e Ventilação Mecânica

Fisioterapia no Volume Pulmonar Reduzido

Fibrose Cística

Edema Agudo de Pulmão - SARA

Derrame pleural

Ausculta cardiaca

Atelectasia

Apostila de Ventilação Mecânica

Anatomia Respiratória II

Anatomia respiratoria I

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Tronco cerebral

Transmissões sinápticas

Sistema nervoso

Sistema nervoso autonomo

Sistema motor II

Sistema motor I

Potencial de ação das membranas

Nucleos da base

Neuromoduladores

Movimento voluntario e postura

Medula espinal

Kabat introdução e conceito

Kabat aula pratica

Kabat aula pratica cintura pelvica

Kabat aula pratica cintura escapular

Kabat aula pratica cabeça e pescoço

Funções do cortex e nucleos da base

Visao geral do sistema nervoso

Cerebelo

Controle Motor do Movimento

Cortex motor

Desenvolvimento do sistema nervoso

Esclerose Multipla

domingo, 11 de agosto de 2013

Apostila de Cinesioterapia

Cinesiologia Planos e Eixos

Aula de Ombro

Biomecanica do Sistema Articular

Biomecanica do Sistema Osseo

Biomecanica do Tecido Muscular

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Em defesa da Fisioterapia

Prezados alunos e professores,
Continua em discussão no Congresso uma lei que ficou conhecida como "ato médico". A Presidente Dilma VETOU os pontos que prejudicariam os outros profissionais da saúde. Agora, precisamos ajudar a MANTER OS VETOS (#mantenhamoveto). Entrem no link abaixo e respondam a enquete do Deputado clicando em SIM. Votem todos os dias, até dia 20 de agosto. Peçam para todos os seus familiares e amigos votarem no SIM, TODOS OS DIAS, até 20 de agosto.

Temos que virar aquele placar logo!

IX CURSO FISIOTERAPIA RESPIRATORIA EM UTI

X CURSO FISIOTERAPIA EM UTI - DA AVALIAÇÃO À VENTILAÇÃO
VAGAS LIMITADAS !!! - ÚLTIMOS DIAS PARA INSCREVER-SE
NÃO HAVERÁ INSCRIÇÕES NO LOCAL - ANTECIPE SUA INSCRIÇÃO    

Dando continuidade a nossa programação 2013, convidamos você a participar do IX CURSO FISIOTERAPIA EM UTI - DA AVALIAÇÃO À VENTILAÇÃO, ministrado pelos fisioterapeutas Dr Marcus Vinicius Herbst-Rodrigues e Dra Poliana de Andrade Lima.
     
Após 9 edições de absoluto sucesso, agora totalmente atualizado e revisado, este curso será de fundamental importância para você que iniciou seu estágio prático em UTI, e também à você que já trabalha com terapia intensiva, pois trará a você a oportunidade de rever de forma simples e didática as principais ferramentas para a abordagem fisioterapêutica respiratória para atuação do fisioterapeuta na UTI.
    O IX Curso FISIORESPIRATORIA-FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM UTI - da Avaliação à Ventilação, conta com a exposição da unidade de terapia intensiva e seus principais equipamentos, uma revisão completa da avaliação destinada ao paciente internado na UTI avaliando os diversos sistemas separadamente. Após avaliação, o aluno poderá revisar e/ou aprender quais são as principais técnicas de remoção de secreção brônquica e re-expansão pulmonar utilizadas no atendimento respiratório ao paciente crítico. Ao final ainda apresentaremos uma revisão básica de ventilação mecânica.

     
O curso será realizado no tradicional COLÉGIO MADRE CABRINI, que fica ao lado do METRÔ VILA MARIANA, portanto o acesso foi ainda mais facilitado.
    Para inscrever-se 
agora ficou muito mais simples o site FISIORESPIRATORIA, fechou parceria com o PAGSEGURO-UOL, portanto basta você  preencher o cadastro, e optar pelas várias opções de pagamento como boleto bancário, cartão de crédito (parcelado em até 18X) ou cartão de débito. Após a confirmação do pagamento você estará inscrito(a) automaticamente no evento, sem envio de comprovantes por fax ou correio, sem filas enfim sem nenhuma burocracia.
    Como tradicionalmente em nossos cursos você terá direito a CERTIFICADO, Apostila, Welcome-coffe e Coffe-break.
Este curso somará pontos para o PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA 2013 (P.E.C), mais informações sobre o programa no site www.fisiorespiratoria.com.br
   Não perca tempo atualize-se já !!!
   

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PROGRAMA DE ESTÁGIO MERCK 2014.

CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO.
É O QUE QUEREMOS.
PROGRAMA DE ESTÁGIO MERCK 2014.

Uma empresa só consegue crescer continuamente, desde sua criação há quase 350 anos, quando valoriza os novos talentos. A Merck, empresa química e farmacêutica mais antiga do mundo, acredita que a capacidade de criar e inovar, presente na nova geração é o que a mantém competitiva, mundialmente, década após década.
Processo Seletivo 2014
Calendário da seleção para o Programa de Estágio Merck 2014: O período de inscrição para a seleção em andamento é de 10 de junho a 31 de agosto de 2013.
Quem pode participar da seleção em andamento: Todos os candidatos dentro do perfil que tenham preenchido a inscrição até 31 de agosto de 2013. Quem se inscrever após essa data poderá participar de oportunidades futuras, pois o processo de seleção permanecerá aberto ao longo de todo ano.
Cursos: Farmácia, Química, Biomedicina, Engenharia, Administração, Ciências Contábeis, Direito, Economia e Informática.
Previsão de formatura: dezembro de 2015.
Pré-requisitos: Inglês Avançado e Pacote Office.
Oferecemos:
• Bolsa–Auxílio 2014: R$ 1.080,00 para estágio de 4 horas ou R$ 1.620,00 para estágio de 6 horas;
• Assistência médica, odontológica e farmacêutica;
• Alimentação;
• Vale-transporte;
• Horário flexível.
Locais de Estágio: Localidades onde a Merck possui unidades e vagas disponíveis - Rio de Janeiro (Jacarepaguá) e São Paulo (Capital, Barueri e Cotia).
Etapas da seleção:
Inscrição: 10 de junho a 31 de agosto de 2013;
Provas online: junho a agosto de 2013;
Dinâmica de grupo: setembro 2013.
Para saber se você foi selecionado clique no item "Acompanhe o processo" no menu principal.
Atenção: No dia da dinâmica de grupo deverá ser apresentada uma declaração da sua universidade atestando que você está cursando ou regularmente matriculado no curso superior e especificação da previsão de formatura - mês e ano.

Providencie sua declaração com antecedência.
Painel e entrevistas: setembro e outubro de 2013.
Exame médico e entrega de documentos: outubro e novembro de 2013.
Início do estágio: janeiro de 2014.
Todo o acompanhamento do processo seletivo (convites/resultados) deverá ser feito pelo próprio candidato no item "Acompanhe o processo" no menu principal, conforme calendário divulgado acima.
Fique atento, pois sistemas antispam, especialmente do Yahoo, Hotmail e Gmail recusam e-mails de processos seletivos com frequência.
Verifique sua caixa de spam e habilite os e-mailsmerck@peopleontime.com.br e provaonline@peopleontime.com.br como não spam.
Importante: Mantenha seus dados atualizados através da opção "Atualize seus dados" no menu principal.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

PRONADA, SUPINADA OU NORMAL?

Qual é a sua pisada? Tipo de pisada vem de características anatômicas como os pés, joelhos e a flexibilidade nas articulações. Saiba mais.


Você está na casa dos 20 anos e já sente dores no joelho ou na coluna? Percebeu que o seu tênis fica desgastado mais de um lado do que do outro? Sente que poderia correr mais leve e rápido? Então, precisa procurar um especialista. Sem saber, você pode estar pisando de forma errada.

Tipos de pisada
O modo como se pisa é determinado a partir das características anatômicas de cada indivíduo, como, por exemplo, os tipos de pé, joelhos e flexibilidade nas articulações. Cada pessoa pisa de uma maneira, mas costuma-se generalizar em três tipos:

- Pronada - quando a parte de fora do calcanhar toca no chão, o pé inicia uma rotação excessiva para dentro.

- Supinada - o pé toca o solo com a face externa do calcanhar e se mantém na banda externa do pé.

- Neutra - começa com a parte externa do calcanhar e o pé rotaciona ligeiramente para dentro.

Complicado? Nem tanto se você for bem orientado por um especialista. É importante que o atleta reconheça o seu tipo de pisada para usar o modelo certo de tênis e, assim, evitar vícios posturais, lesões nos tornozelos, joelhos e na coluna.
De acordo com a doutora Ana Paula Simões, especialista em medicina de pé e tornozelo e assistente do Grupo de Traumatologia do Esporte da Santa Casa de São Paulo, as lesões podem ser agudas ou crônicas.
Tudo está relacionado ao apoio excessivo num ponto do pé, que deveria ser melhor distribuído. Os problemas agudos vão desde lesões superficiais, como calos e bolhas, até as lesões ósseas, como fratura por estresse. Os crônicos são as tendinites, canelites e deformidades ósseas, como joanete e dedos em garra.
As empresas fabricantes de tênis abusam da tecnologia para melhorar a absorção do impacto e evitar entorses. Os tênis neutros não interferem no desempenho ou prejudicam o atleta, mas se for comprado um para a correção e a pisada não for aquela que o tênis diz corrigir, pode piorar a lesão.
- Quando nosso pé atinge o solo, durante a corrida, aplica-se uma força de, aproximadamente, oito vezes o nosso peso corporal. Nosso corpo absorve o choque de cada passo. A resultante desta força é distribuída de uma forma correta quando estamos com um tênis adequado. A compra de um bom tênis não deve ser encarada como um gasto, mas sim como um investimento, pois todo gasto feito para a nossa saúde é bem-vindo - afirma o ortopedista Marcelo Portugal.
- É aconselhável que os praticantes do esporte escolham o calçado mais confortável possível. Se tiverem algum erro de pisada, detectado após a consulta, trato a lesão e corrijo a pisada com palmilhas personalizadas, deixando marcas e modelos a critério de cada um - concluiu Ana Paula.
Como descobrir?
A melhor maneira de descobrir como se pisa é procurar um especialista em tornozelo e pé. Faz-se o teste com fisioterapeuta especializado em baropodometria.
Caso não tenha acesso a esses especialistas, um teste caseiro pode ajudar: molhe a sola do pé e caminhe sobre uma folha de jornal. Depois compare o desenho feito na folha com a arte acima para saber se sua pisada é normal, pronada ou supinada.
Agora, é só comprar o tênis certo para os seus pés.

Fonte: Globo

73% DOS ERROS COMETIDOS EM HOSPITAIS SÃO EVITÁVEIS

Até 73% dos erros que acontecem dentro de hospitais brasileiros, como medicações trocadas ou operação de membros errados, poderiam ser evitados.





















É o que apontam estudos da Fiocruz apresentados no QualiHosp (congresso de qualidade em serviços de saúde) e que ajudaram o Ministério da Saúde a criar novas normas de segurança hospitalar que passam a valer a partir de 2014.
As pesquisas, feitas em dois hospitais públicos do Rio, encontraram uma incidência média de 8,4% de eventos adversos, semelhante aos índices internacionais.
No Brasil, no entanto, é alto o índice de problemas evitáveis: de 66,7% a 73%. Em outros países, a incidência variou de 27% (França) a 51% (Austrália).
Em números absolutos, isso significa que, em 2008, dos 11,1 milhões de internados no SUS, 563 mil foram vítimas de erros evitáveis.
Para Walter Mendes, pesquisador da Fiocruz e consultor do comitê do programa de segurança do paciente, embora haja limitações metodológicas ao extrapolar os resultados para o resto do país, os estudos indicam a magnitude do problema.
"É um quadro barra pesada. Nos países desenvolvidos, existem políticas de segurança bem consolidadas. Aqui estamos acordando com um pouco de atraso", diz ele.
Segundo Mendes, a política de segurança do paciente não pode ser vista em separado do "imenso caos" que vive a maioria dos hospitais.
"A questão é adotar mecanismos impeçam que o erro chegue ao doente", afirma.
A morte da menina Stephanie Teixeira, 12, que no ano passado recebeu vaselina em vez de soro nas veias, é um exemplo de erro evitável. Os frascos eram idênticos, e os nomes dos produtos estavam em etiqueta de mesma cor.
Para Angela Maria da Paz, gerente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), esses casos acontecem porque as instituições não seguem protocolos. "Existem ferramentas capazes de prevenir esse tipo de erro."
No Brasil, diz ela, os eventos adversos são subnotificados e, em geral, só se tornam visíveis quando viram caso de polícia. "Existe a cultura do castigo, as pessoas escondem, têm medo. O erro deve ser aproveitado como aprendizado, não para punição."
Para o professor Jesús María Aranaz Andrés, chefe do serviço de medicina preventiva do hospital Sant Joan d'Alacant (Espanha), a reparação do erro pode ser resolvida de várias formas, como pela compreensão e correção ou por indenização.
"Só não pode haver culpabilização porque isso leva à ocultação. Se escondermos a cabeça na areia feito avestruz, não vamos aprender."
O pesquisador Paulo Santos Sousa, professor da Universidade Nova de Lisboa (Portugal), diz que as mudanças devem ser de cultura.
"Bactéria não tem asas. Ela passa de paciente para paciente porque alguém a carregou nas mãos. Sempre se soube que lavar as mãos é importante, mas continua sendo um desafio."
Segundo Angela Paz, da Anvisa, a agência construirá uma ferramenta eletrônica para monitorar os eventos adversos e agir na prevenção.
Um dos pontos da política, segundo ela, é uma negociação com o Ministério da Educação para que as faculdades de medicina coloquem em seus currículos o tema de segurança do paciente.
Outra ideia é disseminar essas informações ao paciente para que ele se torne atuante no processo, e não um mero espectador.  
Fonte: Folha

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Posições de dormir que reduzem a dor nas costas

A regra geral para dormir bem e proteger as suas costas é que deve estar deitado de forma a que a sua coluna esteja em posição neutra (manter as três curvaturas normais da coluna - lordose lombar, cifose torácica, lordose cervical).


Dormir deitado de lado
A posição mais comum de dormir é de lado, com as pernas e as ancas alinhadas e fletidas. Porque esta posição deixa sua coxa sem apoio, a parte superior do joelho e coxa tendem a deslizar para a frente e descansar no colchão, arrastando e girando a parte inferior da coluna. Esta ligeira rotação pode contribuir para a dor nas costas ou na anca. Para evitar esse problema, coloque um travesseiro entre os joelhos e coxas.

Dormir de barriga para cima
Se gosta de dormir de barriga para cima, coloque um travesseiro sob os joelhos para ajudar a manter a curvatura normal da parte inferior das costas. Pode tentar colocar uma pequena toalha enrolada sob a curvatura da região lombar para suporte adicional. Apoie o pescoço com um travesseiro.
Esta posição pode ser útil se você tiver dor lombar.
 Para levantar da cama

  • Role para o lado e dobre os joelhos
  • Solte seus pés para o lado da cama enquanto empurra com ambos os braços para se sentar.
  • Deslize para a beirada da cama e coloque os pés bem próximo da beira da cama.
  • Levante-se, mantendo as costas em posição neutra.

Terapia manual no tratamento de uma tendinopatia peronial - estudo de caso clínico


tendinopatia peronial é uma fonte incomum, e portanto pouco valorizada de dor e disfunção na face lateral no retropé que, com uma intervenção ineficaz, pode muitas vezes causar dor persistente e problemas funcionais.

Embora a patogênese da tendinopatia peronial não tenha sido bem estudada, outras tendinopatias foram, e as análises histológicas de tendões afetados identificaram quatro alterações predominantes, coletivamente denominadas hiperplasia angiofibroblastica: 
  1. Hipercelularidade e aumento da substância fundamental,
  2. Hiperplasia vascular ou neovascularização,
  3. Aumento da concentração de substâncias neuroquímicas
  4. Formação de colagênio desorganizado e imaturo.

A consistente ausência de células inflamatórias nos casos crônicos resultou no consenso geral atual de que este processo é de natureza degenerativa, apesar de uma componente inflamatória neurogênica poder existir.

Em relação ao tratamento da tendinopatia peronial existe pouca evidência científica. Alguns autores defendem o uso de cunhas na face lateral do calcanhar, no entanto, esta técnica de tratamento apresenta um problema, pois durante a marcha os tendões peroniais são recrutados sobretudo quando o calcanhar não está no chão. Outros defendem os exercícios excêntricos, que se têm revelado benéficos em casos de outras tendinopatias.

A terapia manual tem demonstrado resultados promissores em indivíduos com epicondilalgia lateral. Especificamente, os desvios laterais no cotovelo resultaram numa rápida redução da dor, melhoria da força de preensão sem dor e melhoria da função.

O objetivo deste estudo de caso é descrever a avaliação e tratamento de uma paciente com tendinopatia peronial, com ênfase na intervenção da terapia manual.

Apresentação de caso clínico

  • Paciente de 49 anos de idade, do sexo feminino, vista em agosto de 2010.
  • Referiu 15 meses de dor na face lateral no tornozelo esquerdo, que a impedia de realizar o seu exercício habitual: caminhar 3-5 quilômetros em terreno plano, 3x semana e realizar 30-45 min na elíptica 2x semana.
  • Na consulta a paciente relatou dor (6/10). No trabalho a dor aumentava quando tinha de fazer vários lanços de escadas durante o dia.
  • Também relatou rigidez generalizada em todo o tornozelo ao subir/descer escadas, com mais dificuldade a descer.
  • A história médica incluía uma fratura distal do perônio esquerdo (janeiro de 2009). Foi imobilizada por seis semanas com bota. Após isso fez três semanas de fisioterapia para retorno à atividade, embora nunca mais tenha recuperado a capacidade de sentar com o membro envolvido bem apoiado no chão devido à rigidez e amplitude de movimento limitada do seu tornozelo.
  • Em maio de 2009, começou a queixar-se do aumento da dor na face lateral do tornozelo e, posteriormente, foi diagnosticada com tendinopatia peronial.
  • Após dois meses de fisioterapia (programa de condicionamento e força geral) recebeu alta com menos dor e voltou à sua rotina de exercícios anterior.
  • No entanto, a dor nunca cessou completamente. Em janeiro de 2010, a dor piorou. Nesta altura tinha deixado a elíptica, mas continuou a andar com dor após 1,6Km, que começou com 1/10 e aumentou progressivamente para 6/10.
  • A ressonância magnética, em julho de 2010, não revelou resultados significativos.

Avaliação clínica

Foram administrados:
  • A escala de avaliação funcional dos membros inferiores (LEFS) para determinar o nível de dificuldade em várias tarefas funcionais.
  • A escala de Avaliação global da mudança (GROC) indicando mudanças percebidas no estado de saúde.
  • O NPRS para monitorizar a dor durante e entre os tratamentos de fisioterapia.
  • O teste de equilíbrio em estrela (SEBT)
  • Medição de amplitudes de dorsiflexão do calcanhar e dorsiflexão do calcanhar com o straight leg raise

Na observação notou-se leve atrofia dos gémeos esquerdos no membro acometido, sem edema ao longo do pé e face lateral do tornozelo.
Na avaliação da marcha revelou maior rotação para fora e pronação do médio-pé no membro envolvido, sobretudo na fase de propulsão, em comparação com o lado não envolvido.
A dor foi reproduzida pela palpação dos tendões peroniais, na região posterior ao maléolo lateral.
Os testes musculares manuais revelaram fraqueza peronial (4/5) sem dor. A inversão ativa e passiva também aumentaram a dor para 3/10.
Não havia sinais de lassidão ligamentar ou compressão do nervo por todo o pé e tornozelo.

Tratamento

  • Durante a avaliação inicial e a segunda visita, o tratamento foi direcionado para educar a paciente sobre o processo da sua doença.
  • Com base na avaliação clínica e no aumento da dor, foram aplicadas palmilhas no retopé e antepé do lado medial e lateral entre 3 e 6mm para descarga do tendão.
  • Além disso, foi feita mobilização articular talocrural de anterior para posterior até 75% da resistência (grau 4) como descrito por Maitland.
  • Foram aplicados alongamentos dos gémeos com o joelho estendido e dobrado, mantidos por 30-60segundos, 20 min/dia, 5x semana.
  • O reforço peronial foi realizado com theraband em 3x 15 repetições, 3x semana, em dias não consecutivos.



3ª Consulta
  • Um mês depois da avaliação inicial, ambos os resultados subjetivos e objetivos pioraram. A paciente atribuiu a um horário de trabalho ocupado.
  • Não estava a usar as palmilhas porque eram desconfortáveis.
  • Mediante isto, decidiu-se abandonar a palmilha e tentar uma técnica manual diferente:
  • Um deslizamento lateral do calcâneo até 50% da resistência (grau 3), como descrito por Maitland, foi realizado por 10 repetições. Imediatamente depois, a paciente realizou dez elevações unilaterais do calcanhar esquerdo livre de dor.
  • No final do tratamento a paciente conseguia deambular mais de 100 metros sem dor e o reforço peronial progrediu com o aumento da resistência.


Da 4ª à 7ª Consulta
  • Duas semanas após a terceira visita, a paciente estava a caminhar 30 min 3-4 vezes por semana, com dor, não superior a 3/10 e não teve dificuldade em avançar lanços de escadas.
  • É agora capaz de realizar 17 elevações unilaterais do calcanhar esquerdo antes da sua dor inicial aumentar. Não houve um aumento na dor com a marcha.
  • Foi realizado o desvio lateral do calcâneo como descrito acima, sem qualquer alteração na dor ou a capacidade de realizar elevações unilaterais.
  • A intervenção durante os tratamentos 4 a 7 teve como objetivo a progressão de resistência de fortalecimento peronial e mobilidade talocrural, como descrito acima.


Consulta 8
  • O último tratamento foi 3,5 meses após a avaliação inicial. O paciente relatou dor 0/10 e voltou à sua rotina de exercícios anteriores, sem problemas. Todas as medidas subjetivas e objetivas demonstraram melhoria.


Conclusões

  1. Nesta paciente com tendinopatia peroneal foram observadas melhorias significativas na função e dor depois de 8 consultas de avaliação e tratamento em fisioterapia. 
  2. Sendo interessante notar que as alterações não foram observadas até ter sido realizado um desvio lateral do calcâneo. O desvio lateral melhorou os sintomas e função, apesar do fato de não haverem restrições articulares específicas na articulação subtalar. Pensa-se que as mobilizações articulares alteram a dor através de mecanismos biomecânicos, químicos, medulares, e supra-medulares. Não é claro qual dos mecanismos acima mencionados, se houver, são mais influentes no presente caso. No entanto, de forma análoga, está descrito na literatura que um deslizamento lateral no cotovelo resulta numa rápida redução na dor, preensão livre de dor e melhoria da função em casos de epicondilalgia lateral do cotovelo.
  3. Os resultados deste estudo de caso devem ser interpretados com cautela, outras razões para a melhoria devem ser consideradas. Esta paciente também recebeu exercícios de fortalecimento peronial, juntamente com alongamentos.
  4. Apesar de não ser clara a preponderância de cada um dos tratamentos na melhoria da condição clínica da paciente os autores neste caso consideram uma combinação de intervenção com terapia manual e exercício terapêutico essencial para o tratamento desta paciente.




Hensley CP, Kavchak AJ. Novel use of a manual therapy technique and management of a patient with peroneal tendinopathy: a case report. Man Ther. 2012 Feb;17(1):84-8.

Recuperação de Ligamento Cruzado Anterior.

Recuperção de Ligamento Cruzado Anterior.
Ligamentos são fortes tiras de tecido que conectam um osso ao outro. O Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é um de quatro grandes ligamentos no joelho. Ele está no centro da articulação do joelho, ligando o osso da coxa (fêmur) ao osso canela (tíbia). 

O LCA, junto com o ligamento cruzado posterior, ajuda a manter o joelho estável, não permitindo que o fêmur deslize ou rode sobre a tíbia.
Como ocorre a lesão do LCA?
Um dos mecanismos da lesão do LCA ocorre durante um impacto direto, provocando um movimento rotacional anormal do joelho. Muitas das lesões do LCA ocorrem sem que haja o contato do joelho contra um adversário ou objeto.
As lesões sem contato podem ocorrer quando o atleta muda subitamente de direção ou pará bruscamente durante a corrida ou aterrisagem inadequada de um salto.
Fase Aguda: O tratamento nesta fase inicia-se logo após o trauma e visa principalmente diminuir dor e inflamação, restaurar amplitude de movimentos e restabelecer o controle muscular e proteção contra novas agressões. Tais objetivos podem ser alcançados adotando-se o método PRICE.(proteção, repouso, gelo, compreção.     
 1-Uso de compressão e gelo associados ou não a analgésicos e\ou AINH (Anti Inflamatórios não Hormonais)
2-Exercícios de flexo-extensão assistidos e alongamentos visando aumentar a ADM . Atenção deve ser dada na demora para se atingir este objetivo, especialmente extensão, pois isso pode significar outras lesões associadas, (lesão meniscal), o que modificaria  temporariamente a conduta.
3- Uso de muletas para descarga parcial do peso, até que se restabeleça completamente a ADM e cesse o processo inflamatório.

Fase Crônica: Esta etapa do tratamento inicia-se logo depois de atingidas as metas anteriores, e tem por base 4 parâmetros :
a- Trabalho muscular
b-Treino de propriocepção
c- Orteses
d- Reeducação esportiva
 Treino de PropriocepçaoDefinimos a propriocepção como a capacidade inconsciente de sentir o movimento e posição de uma articulação no espaço. A propriocepção é inicialmente trabalhada de uma maneira consciente por meio de exercícios de equilíbrio, postura do joelho no espaço, tempo correto de atuação dos m. flexores etc .A repetição exaustiva deste treinamento consciente fará com que o mesmo se torne automático, e inconsciente preparando o paciente a usar seus m. flexores antes de chocar o pé contra qualquer obstáculo, mesmo o solo.Varias técnicas existem para se treinar a propriocepção do joelho e em media se necessita de quatro a seis semanas de trabalho para um bom resultado final.
Reeducação Esportiva :É sabido que todas as atividades esportivas  envolvem saltos, giros, mudanças bruscas de direção e velocidade levam grande stress ao joelho. proporcionando com isso chances de aparecimento dos falseios de repetição, paciente que apresentam esse tipo de deficiência precisam serem estimulados, a praticar exercícios de baixo risco de lesão dessa estrutura,  natação, ciclismo etc. Atletas de alto nível que sofrem esse tipo de lesão, passam por esse mesmo protocolo de atendimento, mais recebem  estímulos mais fortes, pois eles precisam ter uma recuperação mais rápida, e conseguem suportar esses estímulos pois sua estrutura física é bem mais resistente do que a de um ser humano que não é atleta, a reeducação esportiva vai variar com a modalidade que o pct pratique. Vale resaltar que o retorno as atividades esportivas seja La qual for só é permitido após o 6 mês de p.o se o tratamento for seguido ao pé da letra.

Pilates é usado na reabilitação de pacientes com câncer

O tratamento contra o câncer pode provocar a sensação de fadiga e perda da força muscular, chamada pelos especialistas de astenia. Outro problema decorrente do tratamento é a depressão, comum em pessoas acometidas pela doença. Para amenizar esses efeitos negativos, a depender das condições do paciente, a atividade física é recomendada, mas deve ser feita com orientação médica.
O pilates, atividade considerada de baixo impacto e com grande capacidade de adaptação para as necessidades e habilidades de cada paciente, aparece como alternativa aos que estão em tratamento contra o câncer.
Segundo Helena Mathias, fisioterapeuta e diretora do Núcleo do Movimento Pilates & Reabilitação, em Ondina, dentre os inúmeros benefícios da atividade, estão o aumento da flexibilidade, mobilidade, capacidade circulatória e da força muscular, redução da fadiga, melhora da autoestima, relaxamento, bem estar, melhora do humor, aumento da resistência física e mental, melhora da respiração e da concentração e redução das tensões e de dores crônicas.
Essa técnica de condicionamento físico é uma ginástica livre de impactos, que respeita a individualidade e os limites de cada praticante. O método é uma mistura de técnicas orientais, que valorizam o alongamento e a respiração, com técnicas ocidentais, que priorizam a força muscular.
O Pilates já tem sido aplicado com bons resultados nos processos de reabilitação funcional, resultando em benefícios para a saúde geral, aumento de força, articulações mais saudáveis e aumento da capacidade respiratória.
O paciente com câncer que deseje praticar Pilates, no entanto, deve consultar seu médico antes de começar qualquer atividade física. Além disso, o instrutor da técnica deve ser capacitado para o trabalho de reabilitação.
Fisioterapia - O câncer é uma doença complexa que pode causar alterações físicas, sociais e emocionais. A fisioterapia oncológica é uma especialidade que tem como objetivo preservar, melhorar e restaurar a integridade funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir ou minimizar complicações causadas pelo tratamento médico (quimioterapia, radioterapia, cirurgia).
Procura também dar orientações adequadas aos pacientes, familiares e cuidadores, quanto às atividades rotineiras, esclarecendo mitos e verdades relativos ao período do tratamento e proporcionando aos pacientes mais segurança para encarar essa etapa de vida com mais autoestima e convívio social.
Fonte: A tarde.

Fisioterapia Intensiva na Parada Cardiorrespiratória


Introdução: O presente trabalho tem como proposta mostrar a atuação do fisioterapeuta mediante a Parada Cardiorrespiratória (PCR) junto a equipe clínica. Para isso, contamos com diretrizes e protocolos como o Advanced Cardiologic Life Suport da American Heart Association (ACLS) e o Suporte Avançado em Fisioterapia Intensiva (SAFI), os quais devem ser bem estudados e compreendidos continuamente, pois é de extrema importância o atendimento eficaz, precoce e rápido para garantir prognóstico mais favorável podendo beneficiar vítimas intra e extra hospitalar, evitando óbitos e seqüelas neurológicas graves evitáveis. Hoje o fisioterapeuta é elemento de grande importância na cadeia de sobrevida, conseguindo nestas situações graves prestar os cuidados, principalmente através da assistência ventilatória, a qual permite fundamentalmente a oxigenação e manutenção do fluxo cerebral. Estima-se que novas diretrizes devam ser divulgadas e compreendidas para melhor instruir a fisioterapia no atendimento do paciente grave.

Objetivo: Na importante tarefa de manter a vida, a preservação das funções de órgãos vitais, particularmente o cérebro e o miocárdio tornam-se essenciais.
A PCR constitui hoje umas das mais importantes emergências clinicas sendo indispensável rapidez e agilidade no pronto atendimento. O principal objetivo é mostrar a atuação do profissional fisioterapeuta mediante esta situação, através das principais técnicas utilizadas neste tipo de socorro junto à equipe multidisciplinar a qual é composta por fisioterapeutas, médicos e enfermeiros, onde, é muito importante o trabalho organizado e rápido desta equipe, pois cada segundo numa PCR é essencial para a sobrevivência e a qualidade de vida destes pacientes pós PCR com mínimo dano neurológico possível. 


Descrição:  
I- Fisiopatologia Durante a Parada Cerebral
O Sistema nervoso central utiliza metabolismo exclusivamente aeróbio para obter energia, onde existem mecanismos auto-regulatórios em sua vasculatura para garantir uma oferta contínua de oxigênio. Além disso, o cérebro não armazena glicose nem oxigênio (Knobel, 1998).

Durante a parada cardíaca, o cérebro passa a realizar metabolismo anaeróbio, sendo a produção energética por esta via metabólica inadequada para suprir sua alta necessidade. Assim, durante a parada circulatória total, a função cerebral deteriora rapidamente, como se o cérebro "se auto desligasse" (Cummins et al,1997; Alexander Wayne,1998 ).

No início da parada cardíaca, ocorre rápida perda de consciência, geralmente em 15 segundos. No final de 1 minuto, a função do tronco cerebral cessa, a respiração torna-se agônica e as pupilas fixas ou dilatadas. Este quadro clínico corresponde às mudanças bioquímicas da depleção de oxigênio, ocorridas após 15 segundos. A glicose e o ATP se esgotam em 4 a 5 minutos (Cummins et al,1997).

  Embora tendo evidências de que alguns neurônios possam suportar períodos prolongados de anóxia, de até 20 minutos, não existe terapia que possa garantir recuperação neurológica completa após parada cardíaca com mais de cinco minutos de duração, evitando assim o desenvolvimento da Síndrome Pós-reanimação, onde a reperfusão do cérebro após a parada cardíaca produziria dano cerebral adicional
(Knobel,1998 ; Cummins et al., 1997).

  Durante este evento, ocorre uma hipoperfusão, variável que é atribuída a vasoconstrição, diminuição de conformação da hemácia, agregação plaquetária, edema celular pericapilar e anormalidade no fluxo de íon cálcio. O aumento da pressão intracraniana não tem sido implicado. A inabilidade de recuperar o fluxo sanguineo cerebral, depois de um período significante de interrupção de fluxo, também pode ser chamada de fenômeno de não refluxo podendo durar de 18 a 24 horas, sendo que após esse período, o fluxo sangüíneo regional pode melhorar, levando a uma recuperação funcional, ou declinar tendo um dano isquêmico progressivo ou morte celular (Cummins et al., 1997).

  A acidose tecidual ocorrida pela isquemia é aumentada na reperfusão que ocasiona dano e a morte neuronal. A reperfusão pode piorar o edema cerebral citotóxico decorrente da disfunção de membrana que ocorre durante a isquemia que apesar da restauração da integridade da membrana após reperfusão, pode-se desenvolver edema vasogênico na presença de dano endotelial (Timerman, 1998).

  O hipermetabolismo prolongado após parada cardíaca cerebral normotérmica, tem o papel de desequilibrar a relação entre a oferta e consumo de oxigênio cerebral, permitindo especular um possível papel clínico para indução da hipotermia. Muitos relatos salientam o benefício da hipotermia após a isquemia cerebral, embora outros estudos não tenham demonstrado melhora, ou até mesmo efeito deletério. Evidências recentes indicam que a hipotermia leve de 34o C é capaz de minimizar o dano cerebral pós-isquêmico, sem induzir efeitos colaterais importantes (Cummins et al.,1997).

II- Abordagem ABCD Primário e Secundário
  Essa abordagem surgiu como simples acessório de memorização (conceito de sobrevivência em série) enfatizando que a sobrevivência é contingente da rapidez e seqüência com que as intervenções de reanimação são iniciadas, sendo esta abordagem preconizada pela American Heart Association para profissionais que atuam em situações de urgência e emergência, em uma sequência de 8 ações que devem ser realizadas durante uma tentativa de reanimação (Grenvik et al.,1998; Cummins et al.,2002).

  Estas são compostas pela Abordagem de ABCD Pirmária e Secundária, que fornecem uma sistematização lógica na maioria das emergências cardiovasculares e cardiopulmonares (Cummins et al.,2002).

  Esse procedimento garante, checar as vias aéreas, a ventilação e a circulação de todos os pacientes. É uma ferramenta simples que ajuda a reconhecer e antecipar as necessidades cruciais da vítima e coordenar de forma efetiva o procedimento
(Timerman,1998;Cummins et al,2002).

  A abordagem ABCD Primária é um ciclo de avaliação e ação que permite que, no meio da turbulência, se analise clinicamente os aspectos críticos do paciente antes de iniciar o atendimento de emergência. Nesta etapa avalia-se o estado de consciência da vítima, solicita-se ajuda, posiciona-se a vítima, realiza-se desobstrução de vias aéreas,  ventilação, reanimação cardiopulmonar e a desfibrilação para restauração do batimento cardíaco quando necessária (Smeltzer e Bare,2002; Cummins et al.,2002).

  A abordagem Secundária focaliza a avaliação rápida e o tratamento avançado para restaurar e manter a ventilação e a circulação espontânea, através de dispositivos mais avançados para desobstruir as vias aéreas, garantir boa ventilação, administrar medicamentos intravenosos e realizar um diagnóstico diferencial (Cummins et al,2002).

III- Principais Arritmias Cardíacas que podem levar à PCR
As arritmias resultam de três mecanismos: distúrbios do automatismo, que podem envolver aceleração ou desaceleração de estruturas automáticas, como o nó sinusal (taquicardia sinusal ou bradicardia sinusal), o nó átrio ventricular, ou o próprio miocárdio; Batimentos anormais (chamados mais de despolarizações do que de batimentos ou contrações), podem surgir por distúrbios elétricos dos átrios, da junção átrio ventricular ou dos ventrículos e Distúrbios da condução: que pode tanto ser muito rápida, como muito lenta (Cummins et al.,2002).

  O eletrocardiograma ( ECG ) é o registro das forças elétricas produzidas pelo coração.O corpo age como um enorme condutor de correntes elétricas. Em quaisquer dois pontos do corpo podem ser conectados eletrodos para registrar o ECG ou para monitorizar o ritmo do coração. O traçado obtido através do registro da atividade elétrica do coração forma uma série de ondas e complexos que foram chamados de onda P, complexos QRS, onda T e onda U (Cummins et al.,1997; Hurst,2000)

  A despolarização dos átrios produz a onda P e, a dos ventrículos, o complexo QRS. A repolarização dos ventrículos é representada pela onda T. O significado da onda U é incerto, sendo possivelmente conseqüência da repolarização do sistema de Purkinje (Cummins et al.,1997).

IIIa- Fibrilação Ventricular (FV)
  É a contração não coordenada do miocárdio ou seja um ritmo no qual múltiplas áreas dentro dos ventrículos mostram variações marcantes na despolarização e repolarização.Como não há uma despolarização ventricular organizada, os ventrículos não se contraem uniformemente. Quando observado diretamente o miocárdio parece estar tremendo.Eletrocardiograficamente, se caracteriza por oxilações grosseiras e irregulares no traçado de amplitude variáveis, nas quais não é possível determinar o complexo QRS ou a onda T. Não há débito cardíaco. Os termos grosseira e fina tem sido usado para descrever a amplitude das formas de onda na fibrilação ventricular (Junior,1997;Timerman, 1998).
  A FV grosseira normalmente indica aparecimento recente da FV, que pode prontamente ser corrigida através de uma rápida desfibrilação. A presença de FV fina, que freqüentemente parece uma assistolia, significa uma evolução tardia da parada cardíaca e a reanimação com sucesso é menos provável (Ferreira e Póvoa,1999; Cummins et al.,1997).

IIIb- Taquicardia Ventricular (TV)
  E definida com três ou mais batimentos sucessivos de origem ventricular, com freqüência cardíaca maior do que 100 batimentos por minuto, os complexos QRS não tem aparência normal, ritmo é normalmente regular, ocasionalmente podendo ser irregular. A condução do átrio aos ventrículos é normalmente impedida porque o nó átrio ventricular ou sistema de condução ventricular encontra- se refratário devido às despolarizações ventriculares. Naquelas mais lentas, as ondas P podem ser reconhecidas e representam a despolarização atrial normal (Cummins et al.,1997).

IIIc- Assistolia
  E a cessação de qualquer atividade elétrica ou mecânica dos ventrículos, ausência de pulso com parada cardíaca e eletrocardiograma isoelétrico, dado que a despolarização não acontece, não há contração ventricular, podendo ocorrer como evento primário na parada cardíaca, ou pode se seguir à FV ou Atividade elétrica sem pulso. Também pode ocorrer em pacientes com bloqueio cardíaco completo nos quais não há ritmo de escape. A FV pode simular assistolia, devendo sempre checar duas derivações perpendiculares para se assegurar que a assistolia não é uma FV, verificar se o monitor e o desfibrilador estão ligados e dispositivos e pás estão ligados corretamente (Ferreira e Póvoa,1999).

IIId- Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP)
  E a presença de algum tipo de atividade elétrica diferente de FV ou TV, mas sem pulso palpável em nenhuma artéria ,ou seja, ela caracteriza-se pela presença de estímulos elétricos regulares no ECG, porém sem a respectiva resposta do miocárdio. Freqüentemente, o ritmo é idioventricular e de baixa freqüência. Ela pode ocorrer em conseqüência de distúrbios cardíacos e extracardíacos, sendo considerada uma das formas mais graves de PCR e está associada, em geral a mau prognóstico
(Araújo e Araújo,2001).

  ECG: Qualquer ritmo ou atividade elétrica que não produza um pulso palpável é uma AESP, que normalmente aparecem com ciclo de freqüência irregular, e complexos QRS aberrantes (Knobel,1998).

Resultado: A PCR constitui a situação clínica que reflete extrema gravidade com altíssima evolução para óbito, sendo cada minuto de vital importância para um bom prognóstico, se tratando principalmente da função cerebral, ou seja, a relação sucesso/ tempo de PCR à lesão irá variar em períodos de 3 a 6 minutos após a cessação total do fluxo sanguíneo.
Deve ser realizado atendimento rápido e adequado, onde atualmente contamos com protocolos aceitos mundialmente, pois, a cada minuto há piora de 10% no prognóstico.
O fisioterapeuta Intensivista por cuidar de pacientes graves e em situações de urgência e emergência, deve estar apto a reconhecer a PCR e prestar pronto atendimento eficaz.
Em rotinas de Unidade de Terapia Intensiva e Transporte o profissional tem papel importante ao que se refere a manutenção das vias aéreas e assistência ventilatória através da avaliação, atendimento e monitorização.

O atendimento da PCR por exigir alguns procedimentos de caráter invasivos; uso de desfibriladores, dispositivos mecânicos invasivos de vias aéreas como a intubação endotraqueal, deve ser realizado por profissionais da saúde experientes, preferencialmente com formação específica, sobretudo na ausência do médico.
O COFFITO reconhecendo esta necessidade,tem formado projeto e representação de afinidade da Fisioterapia Intensiva e busca de novas regulamentações.

Conclusão: A Parada Cardiorrespiratória é uma emergência comum, porém de extrema gravidade, que estatisticamente acomete um número muito grande de pessoas, sendo em média, 350.000 por ano nos E.U.A.
Seu tratamento e prognóstico são extremamente dependentes do tempo, o qual influencia diretamente na perfusão cerebral, ou seja, quanto mais rápido e eficaz for o atendimento menos danos cerebrais poderão surgir.

  O êxito da reanimação depende do alto grau de integração da Cadeia de Sobrevivência, desafiando os fisioterapeutas a tomarem decisões rápidas, sob pressão, tendo como referência normas estabelecidas pelo ACLS para identificar a necessidade de ações críticas específicas e ser capaz de realizar no momento oportuno e adequado, com o objetivo da restauração do nível neurológico.

  Os fisioterapeutas que atuam nessas situações necessitam de um conhecimento técnico adequado devido ao uso de desfibriladores, dos dispositivos invasivos de vias aéreas, assitência ventilatória, monitores hemodinâmicos e respiratórios, indicações e contra indicações de drogas e sua utilização e estar apto junto a equipe clinica a identificar as condições que provocaram a parada cardíaca, e inciar o tratamento adequado.

  Este deve ser capaz de trabalhar com diferentes profissionais da saúde, que possuem habilidades diferentes, devendo ser flexível e compreensivo aceitando as limitações técnicas que são impostas legalmente e eticamente em sua profissão e que cada decisão é realizada pela equipe que está prestando o atendimento ao paciente.

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